*Capítulo* -18-

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Um mês e meio depois...

Pov Bekcy

Tinha acabado de sair do médico minha diabetes não estava muito legal essas últimas semanas confesso que não tenho me alimentado bem, e dormir também não tenho conseguido estava numa correria monstro, com a banda, visitas a minha vó que cada dia que passava perdia mais um pouco da memória e isso me matava por dentro, ajudava Freen como podia, trabalhando no bar e dando aulas de piano, tava tudo um caos e eu ainda tinha que cuidar da minha doença tenho que confessar que tinha dias que eu realmente esquecia de mim para me dedicar aos outros. 

Nesse um mês e meio já estava mais acostumada em chegar em casa e ter alguém me esperando, a nossa convivência tem sido agradável e ela tem melhorado, eu li em algum lugar essa semana que cães podem ajudar significativamente na recuperação de pessoas que sofreram algum tipo de acidente ou trauma. Os cães tem como objetivo diminuir a ansiedade e melancolia e auxiliar na recuperação dos pacientes, proporcionando alegria e descontração. Esse tipo de iniciativa é conhecido como Terapia Assistida por Animais.

Por mais que estivesse bem melhor a cada dia eu notava que Freen estava desanimada, e cabisbaixa, não ficava feliz com suas conquistas, raramente sorria e parecia não ter muita vontade de se recuperar, embora ela se esforçasse muito para faze-lo, porque como ela mesmo dizia não queria ser um estorvo pra ninguém...

Eu estava agora parada na frente de um canil esperando Engfa chegar, eu havia falado com ela sobre a terapia com animais e ela achou a ideia excelente já que ela também percebia que a irmã não andava nada bem, nós íamos adotar um cachorro juntas para que Freen pudesse ter companhia enquanto eu estivesse fora, e quem sabe um incentivo a mais para poder continuar seu tratamento.

Engfa: Desculpe o atraso cunhadinha...

Ela se aproximou e beijou minha testa como sempre fazia, confesso que já estava acostumada com esse carinho todo dela e já nem corava mais quando isso acontecia. 

Bekcy: Tudo bem cunha, eu cheguei faz só alguns minutos...

Engfa: Então bora lá?

Bekcy: Bora...

Nós duas estávamos ansiosas, e com medo sabíamos que Freen não iria gostar do que estávamos fazendo, mais se era pra ajuda-la não custava tentar mesmo que ela brigasse com a gente por isso. Uma hora depois saímos de lá de dentro com a Pink uma Golden Retriever, de pelos caramelos a coisa mais linda e fofa que eu já havia visto, ela já estava com 4 anos e era enorme, seus pelos macios e brilhantes estavam tão cheirosos que dava vontade de ficar abraçada a ela.

Ela era treinada, muito dócil e amigável eu sempre adorei animais e confesso que estava apaixonada por aquela peludinha, Engfa colocou ela em cima da caminhonete que havia pegado emprestada do pai e eu segui ela com meu carro, fomos até a pracinha que tinha na rua de trás do meu prédio onde toda tarde Freen ia para fazer exercícios em alguns aparelhos de musculação que havia ali. A fisioterapeuta disse que seria bom pra ela ir se esforçando aos poucos usando alguns deles fora das seções de fisioterapia. 

Então todos os dias na parte da tarde Engfa vinha me ajudar a descer com ela pelas escadas, nós deixávamos ela lá por uma hora e depois voltamos a busca-la. Combinei com a Engfa de ir na frente preparando o terreno e ela viria com a Pink atrás. Desci do carro e fui até onde ela estava sua cadeira estava parada perto de umas barras onde ela estava agarrada tentando se manter em pé forçando um pouco a perna machucada. 

Bekcy: Olha só já esta muito melhor...

Freen: È eu tenho tentado ficar mais tempo assim, só que dói muito. 

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