*Capítulo* -23-

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Pov Bekcy

Estávamos deitadas no sofá cama, ela abraçando minha cintura e com o nariz enterrado no meu pescoço como sempre  fazia nesses últimos dias, mais dessa vez eu não conseguia dormir estavam com milhões de pensamentos na cabeça. Uma nova casa eram mais gastos, um bebê eram mais gastos, uma cachorra, uma vovó. Dios santo será que nosso dinheiro daria pra cobrir todas as despesas que teríamos, Com os show que eu vinha fazendo todos os finais de semana eu realmente estava ganhando bem...

Mais gora com um bebê, eu não sei até quando poderia continuar nos palcos ainda mais com esse mal estar que eu andava sentindo frequentemente.

Freen: Sem sono?

Me assustei ao ouvir aquela voz arrastada perto do meu ouvido.

Becky: Que susto!! Como sabe que estou acordada? Estou de costas pra você.

Freen: Sua respiração...

Bekcy: Minha respiração? o que tem?

Freen: Ela muda quando você dorme...fica mais calma e serena tô sentindo seu peito subir e descer com tanta rapidez que não tem como não notar que esta acordada. 

Bekcy: Sério que repara nessas coisas?

Freen: Eu reparo em muitas coisas Rebecca....

Dios santo o jeito que aquela mulher falava meu nome era tão sexy, eu não sei porque não me perguntem mais, ela era a única que fazia meu nome parecer uma palavra espetacular saindo de sua boca. 

Freen: Quer conversar? 

Suspirei e me virei de frente pra ela, que levantou um pouco o troco e apoiou a mão na cabeça me encarando, a sala estava escura mais nem tanto graças a luz da lua que batia na varanda e deixava o ambiente um pouco mais claro. Eu continuei deitada de lado mais agora virada de frente pra ela a encarando, ela estava tão linda, e tão perto...

Becky: Só estava pensando se nosso orçamento vai dar pra pagar o aluguel e mais as despesas da nova casa. 

Freen: Ei...não se preocupe com isso, vai dar tudo certo vai ser bom pra gente. 

Becky: Nem nos meus sonhos mais loucos eu podia imaginar isso um dia.

Freen: Isso o que?

Becky: Que eu me casaria, e me mudaria para um casa maior, que eu ia ter uma cachorra, é tudo tão surreal as vezes. 

Freen: Eu também não acredito que tô passando por tudo isso, eu sempre sonhei mais a realidade agora parece mil vezes melhor que o sonho. 

Becky: Não tem medo que tudo isso acabe? As vezes eu sinto uma dor grande no peito com medo de acordar e tudo ser um sonho...

Freen: Confesso que sim... ainda mais na nossa situação, por isso eu tenho tentando aproveitar cada segundo de tudo isso que temos vivido...

Eu queria tanto confessar que estava apaixonada por ela, eu não sei porque raios eu não conseguia, as palavras parecem que entalavam em meu pescoço e nada saia...Ela me  olhava com tanta intensidade que parecia que podia ler minha alma, será que ela não conseguia ver meus sentimentos? Talvez assim eu não precisasse falar nada. 

A respiração dela tava tão perto, era um cheiro de menta tão gostoso, o silêncio tomou conta de nós duas, mais eu não conseguia desviar o olhar daquela mulher nem por um segundo, notei que os olhos dela caíram para minha boca e um friozinho passou pelo meu estomago, ela queria me beijar isso eu tinha certeza, mais será que ela faria? 

Continência ao AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora