⚠️Em revisão
Depois de todo o caos do primeiro dia, finalmente voltei para casa e pude relaxar. Plagg voava pelo quarto, aproveitando o tempo para devorar um pedaço de queijo. A confusão do colégio ainda passava pela minha cabeça... Cloe colocou um chiclete na cadeira daquela garota, e, claro, achou que eu era o culpado! Ela não percebeu que eu estava tentando tirar o chiclete antes que ela chegasse. Pelo menos, no final das contas, consegui me entender com Marinette e fazer um novo amigo.Pensando bem, o dia teve mais coisas interessantes. Parecia haver alguns alunos novos na escola, talvez de intercâmbio. Uma garota em particular chamou minha atenção... Havia algo nela, uma beleza diferente, um charme natural. Ela tinha o cabelo cacheado e olhos castanhos marcantes... mas aí balancei a cabeça, tentando afastar esses pensamentos. Eu nem sabia o nome dela.
Claro, também tinha o novo papel que ganhei como herói de Paris. Nunca imaginei que teria uma segunda vida fora do mundo da moda, que parecia ser meu destino traçado. Finalmente, algo emocionante! Gostei da liberdade de sair pela cidade como Cat Noir, pulando com meu bastão e sabendo que ninguém reconhecia "Adrien Agreste" atrás da máscara.
Exausto, me deitei e fechei os olhos. Na manhã seguinte, me preparei para mais um dia, e já estava me acostumando com a rotina de sair escondido quando meu pai apareceu e disse que eu poderia ir à escola. Fiquei tão feliz que parecia estar sonhando! Ao chegar, fui direto para minha sala, mas no corredor acabei esbarrando em alguém.
Era ela... a garota que havia me intrigado no dia anterior. O nome dela era... Eloise, acho? Parecia certo. Ela deixou a bolsa cair no impacto, e eu me abaixei para pegar e devolvi a ela. Seus olhos encontraram os meus por alguns segundos, e senti meu coração acelerar, sem saber exatamente por quê.
- Desculpe... - murmurei, entregando a bolsa de volta a ela. Aqueles olhos... havia algo hipnotizante.
Afastei-me rapidamente, mas um interesse crescente começou a surgir. Eu queria saber mais sobre ela. Mas aí veio a realidade: ela parecia ser amiga de Marinette, e depois de todo o drama do chiclete, fiquei com um certo receio de me aproximar. Então, deixei o assunto de lado... ou tentei, pelo menos.
O resto do dia foi tranquilo. Fiz novos amigos e estava mais feliz do que nunca com a sensação de normalidade. Mas, mesmo com a animação, resolvi passar o intervalo sozinho, pois o assédio por autógrafos já começava a cansar.
Decidi ir à biblioteca, o que me pareceu um refúgio perfeito para um momento de paz. Caminhei por entre as estantes, passando os olhos pelos livros quando, por entre as prateleiras, notei um brilho diferente: cabelos cacheados.
Era Eloise. Ela estava sentada em um canto, segurando um livro e totalmente absorvida pela leitura. A curiosidade voltou a crescer, e me peguei observando-a, tentando entender o que me atraía tanto nela. Ela parecia alheia ao mundo ao redor, imersa nas páginas, com uma expressão calma, quase serena.
Apenas a observando de longe, senti que talvez houvesse algo de especial naquela garota do outro lado da estante. Quem sabe, algum dia, eu teria a coragem de conhecê-la melhor.
Enquanto a observava, notei um rubor nas bochechas dela. Ela mordia os lábios levemente enquanto cruzava as pernas, parecendo tão concentrada no livro que estava lendo. Soltou um suspiro, e quando levantou o olhar, nossos olhares se encontraram. Naquele instante, o rosto dela ficou vermelho como um pimentão, e ela congelou, paralisada pela surpresa.
O tempo parecia desacelerar enquanto eu tentava encontrar palavras, mas não consegui me mexer. Era como se a sala ao nosso redor tivesse desaparecido, deixando apenas nós dois naquele momento constrangedor. Eu me perguntei se devia sorrir ou desviar o olhar, mas não consegui fazer nenhuma das duas coisas. Apenas continuei a observá-la, completamente sem saber como reagir.
Eloise não se movia, e a tensão crescia. Estava prestes a dar meia-volta e me esconder de novo atrás das estantes quando, num impulso, decidi sair da minha posição. Antes que ela pudesse correr ou se afastar, eu disse:
- Ei, não se preocupe. Eu estava apenas tentando fugir das pessoas... - minha voz estava mais baixa do que eu pretendia, mas era a verdade. - Não quero incomodar você.
Ela continuou olhando para mim, a surpresa ainda visível em seu rosto. O rubor nas bochechas dela não diminuía, e isso me fez sentir um misto de nervosismo e alegria. Fiquei tentando decifrar o que poderia estar passando pela cabeça dela.
Eloise finalmente pareceu relaxar um pouco, embora ainda não tivesse dito nada. Em vez disso, ela sorriu timidamente, e isso fez meu coração acelerar novamente. Para mim, cada segundo que passava parecia uma eternidade. Tentei pensar em algo mais para dizer, algo que poderia quebrar o gelo entre nós.
- Então... você gosta de ler? - perguntei, apontando para o livro em seu colo. Era uma tentativa boba, mas eu só queria ouvir a voz dela, saber o que ela pensava.
- Ah, sim... - ela respondeu, ainda um pouco hesitante. - Estou tentando entender a história. É sobre... magia e aventuras.
- Magia e aventuras, hein? Isso soa interessante - comentei, tentando parecer genuinamente curioso. Eu realmente queria saber mais, não apenas sobre o livro, mas sobre ela.
O rosto dela começou a relaxar, e ela deixou escapar uma risadinha nervosa. Eu me perguntei se estava fazendo certo ou se ainda a deixava desconfortável. Mas, ao mesmo tempo, havia algo em seus olhos que me dizia que ela estava começando a se abrir.
- É uma série que eu gosto bastante. Acho que todo mundo precisa de um pouco de magia, não acha? - disse ela, finalmente parecendo mais à vontade.
- Com certeza! Principalmente em Paris, onde as coisas podem ficar... bem, um pouco monótonas às vezes - respondi, tentando conectar nossa conversa. O calor da interação estava começando a fazer com que eu esquecesse a timidez que sempre me acompanhava.
Nosso papo fluía, e cada palavra parecia criar um laço mais forte entre nós. Ela falava sobre as aventuras dos personagens e como isso a fazia sonhar. Eu, por outro lado, queria compartilhar minhas próprias experiências como Cat Noir, mas sabia que precisava manter isso em segredo.
A conversa continuou, e percebi que havia uma química ali que eu não tinha previsto. No fundo, esperava que ela sentisse o mesmo, embora a insegurança ainda estivesse presente. E, enquanto falávamos, o mundo exterior parecia desvanecer, deixando apenas nós dois em nossa pequena bolha de conversa e risadas.
Finalmente, quando a campainha do intervalo tocou, um misto de alívio e frustração tomou conta de mim. Não queria que aquele momento terminasse, mas ao mesmo tempo sabia que deveríamos voltar à realidade.
- Foi bom conversar com você, Eloise - disse, sorrindo para ela. - Espero que possamos falar mais sobre livros e magia no futuro.
Ela sorriu de volta, o rubor nas bochechas finalmente começando a desaparecer.
- Eu adoraria, Adrien.
Com isso, a encarei, e foi como se uma nova porta se abrisse entre nós. O nervosismo havia dado lugar a algo mais leve e esperançoso. O intervalo passava rápido, mas uma coisa era certa: eu estava ansioso pelo próximo momento que teríamos juntos. E, acima de tudo, pela mágica que parecia surgir a cada palavra trocada.
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𝑶𝑳𝑯𝑨𝑹 𝑭𝑬𝑳𝑰𝑵𝑶 • 𝑪𝑎𝑡 𝑵𝑜𝑖𝑟 - PAUSADA
Fiksi Penggemar⚠️ História em revisão Uma garota brasileira chamada Eloise ganha a chance de viajar com seus colegas de classe em um intercâmbio para fora do Brasil. Patrocinado pelo Prefeito de Paris, um evento é feito com a intenção de expandir sua fama e a fam...