Doce confusão | Woosansang

☕️ | Aroma de Café

O ar da manhã estava fresco, enquanto San caminhava calmamente pelo campus da faculdade quase deserto. Embora ele estivesse atrasado para uma prova importante, isso nao o fez acelerar o passo.

Ele ajustou a mochila mais confortavelmente em seus ombros, conferindo mentalmente se havia trazido todos os materiais de estudo. A biblioteca sempre abria mais cedo, e aquele seria o local perfeito para revisar as últimas anotações antes do exame.

O sol mal tinha surgido no horizonte, tingindo o céu de tons laranja e rosa, e San apreciava a solidão que seguiu, sem bagunça ou barulhos de alunos, apenas alguns poucos que acordavam cedo.

Quando ele estava prestes a virar a esquina que o levaria até a biblioteca de, uma voz familiar interrompeu o silêncio matinal que ele tanto prezava.

— San, e aí? Pronto para arrasar na prova — Yeonjun, o alfa de cabelos rosa que parecia irradiar confiança por onde passava, se movia com um sorriso cativante e uma energia que contrastava com a serenidade da manhã.

Ele era o tipo de pessoa que parecia nunca duvidar de si mesmo, e sua presença repentinamente trazia ânimo ao lugar; ele era o único que ficava feliz acordando 06 da manhã em uma quinta feira.

San ofereceu-lhe um meio sorriso, tentando transmitir um otimismo que não sentia totalmente.

"Se eu me sair tão bem quanto você parece esperar" ele pensou, mas guardou o comentário para si.

Era hora de focar, e a influência animadora de Yeonjun poderia ser exatamente o que ele precisava para entrar no espírito certo para enfrentar o que estava por vir.

San ajustou a alça da mochila sobre o ombro novamente, sentindo a tensão nos músculos que se acumulavam não apenas pelo peso dos livros, mas tambem pelas comidas que Wooyoung insistiu que ele trouxesse.

Ele lançou um olhar de canto para Yeonjun.

— Acho que é mais fácil a prova arrasar comigo — San murmurou, um sorriso fraco dançando em seus lábios.

Seu tom baixo carregava o peso de uma brincadeira entre amigos, mas por trás do riso havia uma insegurança óbvia, um eco da ansiedade que ele tentava fugir.

Yeonjun, sem perder o passo, soltou uma risada suave.

— Ah, vamos lá, você sabe que vai tirar isso de letra — Ele deu uma tapinha no ombro de San, que foi mais encorajador do que todas as palavras que poderiam ter sido ditas — São só 32 páginas, é pouco.

— Você é tão bom em desmotivar a gente — San revirou os olhos, com uma risada.

— Cada um ajuda como pode — Yeonjun abriu o zíper da jaqueta de couro e seguiu San até a sala.