As Maravilhas do Casamento (ou não)

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                 Pov First

Ainda estava de olhos fechados quando ouvi uma voz irritante soar no fundo do meu subconsciente.

__ First, acorde!

__ Pelo amor de deus, me deixe em paz! __resmunguei ainda de olhos fechados, torcendo para que ele fosse embora e me deixasse dormir em paz. Já não bastasse ele ter ficado grudado em mim a noite toda.

__ Vem, eu fiz o café da manhã. __ insistiu.

__ Não quero. __ meu tom era sonolento e até um pouco manhoso, mas eu só queria poder dormir sem ninguém para me atrapalhar. __ Puta que pariu, me deixe em paz! __ ordenei quando ele começou a me bater com o travesseiro.

__ Levanta logo, porque eu não fiz o café da manhã á toa! __ falou ainda me batendo e eu tapei a cabeça com o travesseiro.

__ Eu te odeio. __ falei com a voz abafada. Eu não ligava se as minhas palavras o magoaria, eu nem queria que ele estivesse aqui.

__ Tudo bem.. me desculpe por te acordar. __falou com a voz baixa. Segundos depois eu ouvi ele saindo do quarto e suspirei finalmente podendo voltar a dormir.

Minutos calmos depois eu ouvi a porta do meu quarto ser aberta novamente e eu bufei. Logo em seguida, senti uma grande quantidade de água ser jogada em cima de mim e levantei em um pulo. Quando finalmente consegui raciocinar o que estava acontecendo, vi Khaotung parado ao lado da minha cama com um balde na mão e um sorriso atrevido no rosto.

   Eu vou matar esse garoto.

__ MAS QUE PORRA, KHAOTUNG! QUAL É O SEU PROBLEMA? __ gritei me levantando da cama, que agora estava totalmente ensopada, assim como eu.

__ Eu só queria te deixar desperto, amor!!. __ falou sorrindo. __ Agora vem tomar café da manhã. __ pegou suas muletas e saiu do quarto novamente.

Eu fiquei lá, pingando água no chão, com uma cara de ódio que não causava efeito nenhum nele. Khaotung era atrevido, petulante e com certeza não tinha medo de mim. E incrivelmente insuportável, não via a hora desse moleque embora.

O atrevimento dele me fascinava, ele era tão determinado e não se abalava com as minhas ofensas e nem grosserias, mesmo sendo só um rapaz de 22 anos. Eu com certeza não conhecia muitas pessoas assim.

Já que eu agora não iria mais poder dormir, porque graças ao doido  do Khaotung tinha transformado minha cama em  uma piscina, eu fui para o banheiro tomar um banho.

Menos de 20 minutos depois eu fui para cozinha. Khaotung estava lá com uma xícara de café e o seu rotineiro sorriso petulante no rosto.

__ Você vai ter que limpar aquela bagunça no meu quarto. __ comentei enquanto me sentava e me servia de um pouco de café.

__ Justo. __ respondeu se levantando com um pouco de dificuldades por causa do gesso. __ Quer panquecas?

__ Não. __ Khaotung pegou uma panqueca que estava em uma frigideira e colocou no meu prato me fazendo revirar os olhos. Era incrível a facilidade que ele tinha em me contrariar.

__ Coma, First. Não faz bem trabalhar de barriga vazia. __ disse com uma voz amena. Só o fato de ele se preocupar com a minha alimentação já era bastante estranho e diferente. Além da minha mãe, ninguém nunca se preocupou comigo dessa forma.

Mas eu não podia me deixar enganar por um rostinho bonito e algumas panquecas, que apesar de estarem realmente muito boas, não me fariam gostar dele.

Enquanto eu comia em silêncio, Khaotung ficou mexendo no seu notebook enquanto tomava café. Foi nesse mesmo instante que eu percebi que não sabia quase nada sobre o homem que infelizmente agora era o meu marido.

Recem casados ( FIRSTKHAO)Onde histórias criam vida. Descubra agora