TRYING DOESN'T HURT | VHOPE

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O dono desta drabble quis manter o anonimato!
TW: no-romance, bromance, baixaria demais 🤭

TRYING DOESN'T HURT

Taehyung não era a pessoa mais sociável de todas.

Inclusive, quase desistiu de tudo ao descobrir que teria a companhia de um colega de quarto na república onde passaria seus próximos... cinco anos?

Bom, ele não chegava a ser um completo introvertido, mas havia uma extrema dificuldade em estreitar relações. Sempre foi assim, desde a adolescência, caso sua memória não estivesse falha.

É que lhe dava nos nervos só de pensar em ter que cruzar com outro ser humano pela manhã e trocar palavras quando gostaria apenas de não ter que interagir. Era apavorante a ideia de não poder cantar alto durante o banho, zanzar nu pela casa, conversar sozinho ou pior, precisar conviver amistosamente com alguém.

Felizmente, Hoseok não era tão terrível como pensou.

Seus olhos gravaram a imagem do rapaz com tatuagens espalhadas no pescoço e braços, um sorriso grande e roupas largas. E a primeira impressão foi nada além de desconfiança. Hoseok parecia despojado e desenvolto demais... meio intimidador.

Contudo, no fim das contas, Taehyung descobriu que ele era bom em respeitar seu espaço. Entendia seus limites, embora não tivessem nem um coleguismo ainda. Hoseok passava a maior parte do tempo fora da república, não atrasava com sua parte das contas, era organizado, cumpria as tarefas domésticas divididas entre os dois, e até deixava Taehyung jogar em seu videogame.

Então, ainda que houvesse uma demora para adquirirem intimidade, após um ano morando juntos, agora podiam dizer que sim, eram bons amigos.

As conversas deixaram de ser sobre a falta de alimentos ou produtos de limpeza em casa, e passaram a ser sobre as próprias vidas. Ao invés de se reduzirem a meros "bom dia" e "boa noite", agora saíam juntos para beber nos bares ao redor do campus, ou jogavam juntos em casa nos finais de semana mais apertados financeiramente.

E falando sobre intimidade, ela faz com que as relações mudem naturalmente. É como uma consequência óbvia.

Quanto mais íntimos, mais sabiam um do outro, mais descobriam um do outro, mais se sentiam à vontade na presença um do outro.

Ou melhor, Hoseok se sentia hiper à vontade. Taehyung apenas lidava com isso.

E assim, os dias começaram a se tornar... difíceis.

Taehyung percebeu o quanto Hoseok gostava de andar de cueca, se exibindo por todo canto como se não fosse nada. Tomava banho com a porta meio aberta, se trocava na sua frente, e ainda, levava pessoas para casa.

E foi em uma dessas que Taehyung descobriu que Hoseok era assumidamente homossexual.

Isso não era um problema, ou ao menos, não deveria ser.

Hoseok também descobriu que Taehyung era hétero, embora nunca tenha o visto com mulher alguma. À princípio, achava que era a timidez do amigo que o fazia tão recluso, mas bastou a passagem do tempo para Hoseok compreender que havia algo além.

Havia algo além naquele olhar, nos gestos, nas falas maquiadas, na coloração de suas bochechas e no tremor de suas mãos. Taehyung escondia algo e Hoseok não precisava pensar muito para entender que mexia com ele.

E porra, era recíproco. Na verdade, Hoseok quase enlouqueceu a primeira vez em que viu aquela obra de arte. Todavia, era paciente. Se manteve contido em seu papel de melhor amigo, mas sempre deixando rastros.

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