XII. DUODECIM: Tempus explet.

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Mais uma vez, a mesma história a se repetir no dia seguinte. Haviam se passado alguns dias desde que aquelas pedras foram implantadas em seus peitos e impressionaram-se com a agilidade, destreza e inteligência que da noite para o dia, lhe foram proporcionadas.

──  Eu me sinto um gênio. ──  Disse Jungkook, após terminar um circuito de 30 metros em 25 minutos.

──  Uma vez na vida e outra na morte. ──  Seokjin disse, sorridente, recebendo um ataque do mais velho.

──  A pedra realmente ajudou vocês. ──  Lalisa disse, pulando do alto do mezanino num pouso perfeito a frente dos garotos.

──  Acho que podemos nos virar bem com isso. ──  Jimin proferiu, sorridente e ansioso.

──  Essa é a ideia, querido. ──  Rosé disse, piscando para o sobrinho.

──  Vocês… ──  Lalisa ergueu a cabeça, e de repente, sua visão embranqueceu. A mulher caiu contra o chão, num baque alto, e de repente toda a claridade do salão tornou-se um breu imenso.

Os garotos desesperaram-se, assim como as mulheres que os conduziam para a sala atrás do palco de teatro, onde havia luz e seus pertences. Lalisa estava sendo carregada, e ainda sim, não acordava de forma alguma.

Já dentro dos pensamentos de Lalisa, algo estranho estava acontecendo.

Estava em uma floresta escura, era familiar. Sentada sobre o chão, encostada sobre um tronco de árvore que havia detalhes lindos em dourado. A mulher lutou para erguer o próprio corpo, sentindo-o estalar à medida que também o sentia latejar. Era simplesmente insuportável, toda aquela situação era insuportável.

Seu corpo parecia estar quebrado de tanta dor, Lalisa gritava mas ninguém aparecia. Foi quando acidentalmente seus dígitos tocaram contra os desenhos majestosos da árvore, tornando-a parcialmente oca.

Com as pernas trêmulas, Lalisa caminhou para trás até finalmente se encostar em uma outra árvore ali perto. Seus olhos se arregalaram quando a majestosa árvore tornou-se um grande ser. Capa preta e um sorriso amedrontador.

──  Bonum est iterum congredi, Lalisa Manobal. (Que bom nos reencontrarmos, Lalisa Manobal.) ──  A grande figura disse, satisfeito.

──  Quid mecum vis? (O que você quer comigo?) ──  A voz da mulher ressoou sobre os ouvidos da criatura, que soltou uma risada diabólica.

──  Tempus cursus, mus parum. Spero te exspecto occurrens est. (O tempo está acabando, ratinha. Espero que esteja ansiosa para nos encontrarmos.) ──  Forsitan tu et amici tui verum hunc ducem tandem adorabunt. (Talvez você e suas amiguinhas finalmente se curvem ao verdadeiro líder disso.)

──  Numquam, Setrum! Diabolicam creaturam debes habere ad gehennam. (Nunca, Setrum! Criatura diabólica, você deveria ter ido para o inferno.) ── Lalisa tentou se aproximar de alguma forma, contudo, seu corpo continuava preso a árvore atrás de si.

──  Catulos tuos necesse est percutere me. Per omnia haec bene vale. (Seus cachorrinhos precisarão me vencer. Boa sorte em atravessar tudo isso, pirralha.) ──  Com uma risada assombrosa, a figura despedaçou-se conforme o vento batia entre as árvores.

A mulher olhou ao redor, finalmente seu corpo desprendeu-se da árvore e agora podia caminhar pela floresta. As pernas ainda eram meio bambas, contudo, um pouco mais tarde pode ter um belo vislumbre de uma brilhante cachoeira, logo atrás de alguns arbustos. Maravilhada, aproximou-se, ainda tonta enquanto desviava de todo o mato e então agora podia ouvir o relaxante som da água corrente, passando por uma pedra e descendo como cascata do topo da montanha.

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