VIII. OCTAVO: Tempus turpis.

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Taehyung sempre foi um garoto muito alegre. Ele era extrovertido, mas ainda sim conseguia ser tímido. Conversar com ele era pedir para que ele passasse horas falando de suas bandas favoritas, de filmes que amava e recitando poemas das quais admirava.

Quando ele nasceu, seu pai colocou na cabeça que ele seria chefe da família, e que deveria se esforçar para futuramente tornar-se duque, que casasse com alguma mulher da realeza britânica.

Oh, coitado do pobre homem.

Sua mãe, ao contrário de seu pai, dizia para que Taehyung nunca colocasse fé no que ele dizia, pois nunca havia sentido ou, se quer, coerência.

Ele queria poder, queria dinheiro, e ele queria realizar todos os seus desejos por seu filho. Segundo Tae Moo, Taehyung era jovem, podia se casar e ter muitos filhos. Já ele, era um velho, e sua esposa só não era mais bonita que si.

Tae Moo esquecia de que, para abrir a boca, palavras úteis precisavam sair delas. E segundo a mãe de Taehyung, a única coisa que já saiu de bom daquela boca foi no início do namoro de ambos, unicamente um gemido, nada mais.

Sempre que sua mãe caçoava de seu pai, era o melhor entretenimento que poderia ter. Soyeon era uma mulher divertida, sempre sorridente e tentando levar a graça da vida para frente. Sempre soube da sexualidade do filho, pois desde pequeno, parecia que era estampado “gay” em si.

Era impossível não perceber, e quando o garotinho loiro de quatorze assumiu que gostava de não somente um, mas dois garotinhos da escola, a mãe não ficou surpresa. O pai sabia, mas ignorava e continuava dizendo a Taehyung que ele se casaria até mesmo com uma princesa, que lhes daria uma vida digna.

Taehyung queria mesmo os vagabundos que moravam no subúrbio de Boreaul.

Naquela manhã, Taehyung estava tomando café, enquanto contava para sua mãe os preparativos para o Scaman. Aparentemente, Lalisa enfiaria Jimin e Taehyung numa vestimenta de século, onde prenderia o lenço de moedas sobre a cintura de ambos, como um romance proibido daquela época.

A mulher riu alto com a notícia, e disse estar ansiosa para ver aquela imagem. Seu filho vestido como um lorde de época, chegaram até mesmo a brincar que isso aumentaria as loucuras de seu pai de que um dia se casasse com uma princesa, duquesa, rainha ou seja lá que cargo real fosse.

──  Eu só largo o Yoongi e Hoseok quando o príncipe Charles tiver dezessete anos de novo. ──  Soyeon riu, enquanto Taehyung levava a xícara de cerâmica para os lábios.

A família de Taehyung era uma das famílias Kim's ricas, assim como a de Namjoon, porém Taehyung nunca aparentou se quer traços mimados por isso. Muitos julgavam que ele seria até mesmo um “pobre incubado”.

Mas a verdade, é que os Kim's já tiveram sim seu momento de dificuldade, e era por isso que seu pai queria tanto alcançar sempre o mais alto, o que lhe desse mais dinheiro, para que a miséria nunca mais os alcançasse.

Depois disso, Taehyung nunca esqueceu da trajetória humilde da qual viveu, onde deixou de comer para dar a alguém da rua em que vivia que precisava mais. Os vizinhos do condomínio se impressionavam e viam a diferença, a grande diferença entre Taehyung e seus próprios filhos.

O loirinho era um garoto de ouro, que passava horas conversando com as senhorinhas dali, que cuidava de seus netos e filhos pequenos a troco de nenhum real, e sempre que lhe era oferecido, ele recusava. Enquanto seus filhos faziam birra por uma pulseira de diamantes da Dior, a única jóia de valor que Taehyung tinha, mesmo sendo rico, era o anel dado por Jimin.

Claro que, usava roupas de marca e vivia sempre vestido com Chanel, Celine, Gucci e outras marcas mais. No entanto, achava as bijuterias mais bonitas e mais simples.

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