Não revisado!
Suspiro e começo a dar os primeiros passos em direção a casa que a tempos não vinha, claro, nunca deixei que ela fosse realmente abandona por mim, os empregados que contratei fazem bem o seu trabalho cuidando-a, mas agora decidi por fim que a um novo destino pra ela, como juiz ter uma imagem limpa e “humanizada” é importante, senão até mesmo essencial.
— Bom dia, senhor! O arquiteto o espera no escritório.
Olho para a senhora que decidi deixar os cuidados da casa até o momento.
— já estou indo pra lá, obrigado.
Seguindo pelo corredor enorme, observo aos poucos quadros que ainda se mantiveram ali por algum motivo, são fotos de tios da parte de minha mãe, pessoas cujo nunca vi, mas se mostraram importante para a família, para a minha máfia sendo mais claro, com o tempo descobri que são tios muito distantes, que morreram muito antes de meu nascimento ou do casamento entre minha mãe e meu tão “amado” pai, abro a porta do escritório sem cerimônia o que faz o arquiteto se assustar e ocasionalmente empurrar a cadeira pra trás com o peso de seu corpo.
Tomando a pose agora do juiz caridoso que com certeza não sou, sorrio pra ele assim que seu olhar ainda espantado chega ao meu.
E o'que me surpreende nem é o susto pela minha aparição repentina e sim o fato dela ser uma mulher, não que eu ache que mulheres não podem exercer a profissão que desejam, mas eu realmente achei que viria o arquiteto de sempre, mas aparentemente me enganei
— Ora ora, não achei que fosse uma mulher, é um prazer poder conhecê-la, senhora...
Digo assim que ela se levanta.
— avelar, mas caso deseje pode me chamar somente de Abgail, Mason.
Ela responde, mantendo um tom profissional que me agrada, não estou com cabeça pra ter que me comunicar com outras mulheres de outra forma que não seja profissional, sendo assim decido manter a conversa ainda mais formal.
— é um prazer, senhorita avelar, se não se importar pode se referir a mim como, Albuquerque.
Digo o sobrenome herdado por minha mãe dando a volta na mesa para me sentar e dou sinal para que ela se sente também, e para minha felicidade ela faz sem demora pondo sobre a mesas algumas folhas, não demora muito para que ela comece a explicar
— antes de qualquer assunto, gostaria de explicar a minha vinda, foi pelo trabalho, mas sei que estava esperando por uma outra pessoa, meu pai.
Assunto para que ela prossiga e assim ela faz com palavras sucintas, me agrada muito lidar com pessoas diretas.
— meu pai foi morto, pouco dias depois que aceitou sua proposta. Por isso eu vim, estou tomando conta dos trabalhos que ele aceitou e não poderá finalizar.
Ela explica sem mostrar um pingo de emoção sobre o assunto, ou ela não liga, oque eu duvido já que não quer deixar o nome do pai “sujo” por descumprimento dos trabalhos, ou ela é profissional o suficiente para se abalar somente por dentro e seguir em serviço, de qualquer modo não estou realmente interessado, mas ainda estou no papel de juiz bonzinho.
— MORTO? já sabe quem fez isso com ele? Meus Deus o senhor Avelar era um homem tão bom, não consigo imaginar porque mataram ele.
Digo numa falsa indignação, não me importando nem um segundo com a morte do bom velhinho.
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STALKER- o poder da obsessão
RomanceSafira é uma mulher de 22 anos, brasileira, apaixonada por direito desde a infância, filha única de mãe solteira, decide ir embora do Brasil aos seus 17 anos pra correr atrás de seu sonho, mas as coisas nem sempre são tão fáceis como parece, tudo mu...