Rosa Sangrenta

05 - 𝐒urgem novas pistas

boa leitura

- Exatamente.

- Eu não posso ficar acampando na floresta, tenho um caso para resolver.

- E eu tenho um filho para encontrar, você acha que eu irei ficar sentada numa barraca apreciando o canto dos pássaros com meu filho desaparecido?

- 3 dias, apenas 3 dias.

- Tempo suficiente.

Após ter uma curta conversa com Ellen (mãe de Louis), Luna foi ate sua casa e avisou a sua mãe que ela iria ficar fora por uns dias, mas que qualquer coisa fora do normal acontecesse era para ligar para ela rapidamente. Luna subiu ate seu quarto e arrumou uma mala pequena, juntou alguns alimentos enlatados e pegou o básico para se acampar. Luna se reencontrou com Ellen no inicio da trilha, ambas mulheres seguiram o caminho ate acharem um local bom para montarem a barraca, a noite chegou cedo naquele dia, entao elas se deitaram e permitiram-se descansar.

A floresta estava envolta em um manto de névoa matinal, que se arrastava preguiçosamente entre as árvores como um fantasma silencioso. Luna e Ellen haviam passado a noite em uma pequena clareira, a luz das lanternas projetando sombras dançantes ao redor de sua barraca. O frio da madrugada havia sido penetrante, mas o desejo de encontrar Louis havia mantido Ellen e Luna firmes. Luna acordou cedo e foi a primeira a se levantar. Ela preparou uma rápida refeição e fez um café quente, esperando que Ellen se levantasse. Ao preparar a comida, Luna não pôde deixar de pensar nas mensagens que Ellen lhe contara sobre Louis, seu filho desaparecido. A dor e o desespero na voz de Ellen eram uma constante em sua mente. Ellen saiu da barraca, ainda com os olhos inchados e cansados. A noite de sono pouco reparador havia sido difícil para ela, mas havia algo na determinação de Ellen que a mantinha firme. Elas passaram a manhã explorando a floresta, seguindo algumas trilhas e verificando cada pista possível, mas o dia passou sem grandes avanços. No início da tarde, Luna decidiu explorar uma nova área da floresta que parecia promissora. Elas estavam em um terreno menos denso, onde a vegetação parecia mais esparsa, permitindo uma visão mais clara ao redor. Enquanto caminhavam, Luna avistou algo incomum perto de uma grande árvore antiga. O objeto estava parcialmente enterrado sob uma camada de folhas secas.

Era um celular.

Luna se agachou e cuidadosamente desenterrou o aparelho. Com uma expressão de esperança e apreensão, ela ligou o celular. A tela acendeu, revelando um fundo escuro e uma série de mensagens não lidas. O coração de Luna acelerou enquanto ela navegava pelas mensagens. Havia conversas recentes que indicavam pânico e frustração, mas uma mensagem em particular chamou sua atenção. A última mensagem era uma coordenada GPS. A localização parecia estar a uma distância relativamente curta da área onde estavam. Luna compartilhou a descoberta com Ellen, cuja expressão mudou de esperança para uma preocupação ainda mais profunda.
As duas mulheres seguiram a trilha indicada pelas coordenadas. A caminhada foi longa e cansativa, com a floresta se tornando cada vez mais silenciosa e opressiva. A sensação de estar sendo observada aumentava a cada passo, e o medo de encontrar algo horrível pairava sobre elas. Finalmente, chegaram a uma pequena cabana abandonada, escondida entre árvores espessas. A estrutura estava em ruínas, com telhas quebradas e janelas estilhaçadas. Luna fez um sinal para Ellen ficar atrás enquanto ela avançava com cautela. Ao entrar na cabana, uma sensação de frio e desolação tomou conta do ambiente. A luz do dia filtrava-se de forma esquisita através das janelas quebradas, criando padrões estranhos no chão. Luna e Ellen examinaram a área com atenção. No canto de uma das paredes, algo fez o coração de Ellen parar. Havia uma mensagem, desenhada com sangue. A parede estava coberta por uma flor intricadamente desenhada, feita com o sangue de alguém. No centro da flor, havia um nome escrito: "Louis"