07 - 𝐍uvens de desastre

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boa leitura


 POV: Luna


  Quando vi o nome de Carmen cravado na lapide me desesperei, saí de meu quarto as pressas e fui até a sala pegar a chave do meu carro. Meu peito apertava e meu corpo suava frio, minha mente viajava e tudo que eu pensava era em Carmen. A velocidade na qual eu dirigia era muito alto, mas eu não me importava, precisava chegar o mais rápido possível na delegacia e então procurar por Carmen.

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  Quando avistei a delegacia me senti eufórica, estacionei o carro e saí em direção a recepção. No momento em que entrei na delegacia vários colegas me olharam, provavelmente fora pela minha feição apática e preocupada.


  - Oi clear, você poderia me dar acesso a ala das celas? Preciso falar com Carmen.

  - Olha, eu posso ver se consigo algo, mas não garanto nada.

 - Desde de que você consiga me pôr lá dentro é suficiente.

 - Vejamos, você pode ficar por 5 minutos.


 Quando clear completa sua fala a energia acaba e as luzes sinalizadoras de saídas são ligadas.


 - O que ouve? - Olhei ao redor e todos estavam surpresos

 - Eu não sei, nunca rolou um apagão antes. - Exato, nunca teve nenhum apagão, e se essa for a deixa do assassino?

 - Clear, vem comigo até as celas, pode ser uma tentativa de fuga ou algo do tipo.


  Clear e eu estávamos indo até a subsidiaria da delegacia quando esbarramos com Louis e um companheiro nosso, eles estavam com algumas lanternas em mãos e pareciam ter vindo das celas. Questionei qual fora o local de onde vieram e eles disseram vir das celas, porém a energia acabou e eles resolveram pegar algumas lanternas e parar para olhar o gerador, Clear disse que estávamos indo até as celas, pois suspeitávamos de uma possível fuga. Imediatamente eles nos seguiram, no momento em que entramos no prédio fui automaticamente à procura de Carmen. Olhei em todas as celas, faltava apenas uma, meu coração acelerou e minha palma suava, o ar não era devidamente enviado para meus pulmões e eu me sentia vazia. 

 Com o nervosismo dominando meu corpo e mente tive os passos cortados, andei em uma velocidade agonizante, me restava alguns passos para poder chegar na próxima cela. No ultimo passo vi uma pequena trilha de um liquido se esvair pela cela, segui a trilha com os olhos e vi a origem da mesma, o corpo de Carmen estava jogado no chão e coberto por seu sangue. Sobre sua cabeça tinha uma rosa feita de seu sangue, foi o mesmo assassino de antes.

 Meu corpo pareceu pesar uma tonelada, uma onda de culpa e incapacidade me atingiu, se eu tivesse dirigido mais rápido ou se eu tivesse ligado para alguém da delegacia isso não teria acontecido. Meus pés seguiram até Carmen e meus olhos lacrimejavam, encostei em sua pele branca - e agora gélida - e senti falta de seu calor, não consegui conter as lagrimas e desabei. Abracei Carmen sem me importar com o sangue ou com os avisou de Clear e Louis sobre as minhas digitais, chorei como nunca havia chorado antes, Carmen estava em meus braços morta, e eu prometi que jamais deixaria isso voltar a acontecer.

 Louis imobilizou meus braços para trás de meu corpo e me tirou de perto do corpo morto de minha amiga, guiou-me para longe da cena e então me abraçou. Seu abraço era apertado e seu corpo tremia igual ao meu, me agarrei a ele e passamos longos minutos chorando, Louis era o único que conhecia minha dor. Não permitirei que nada aconteça com ele, o único amigo de verdade que me restou.


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 POV: Louis


  Estava junto de Luna enquanto nossos colegas faziam seu trabalho na cena do crime, Luna - agora desacordada - dormia em apoiada em meu ombro, sua situação me preocupa muito, já perdemos um amigo antes e ela não lido muito bem e agora? Como será que ela irá lidar? Será que terei que pedir para ausenta-la das atividades policiais ou até mesmo que ela se aposente como policial? Não deixarei que ela continue nesse caminho escuro, ou ao menos, não sozinha.

 Estava muito tarde então acordei Luna e disse que a levaria para casa, porém ela insistiu em permanecer na delegacia até que houvesse alguma pista sobre o homicídio de Carmen. Foi ai que me lembrei de algo.


 - Lu, posso saber o que você fazia na delegacia sendo que está suspensa?

 - Eu sabia que Carmen estava correndo perigo e vim para cá.

 - E como é que você soube?

 - Recebi uma encomenda.

 - Encomenda? E o que tinha dentro?

 - A lapide dela.


 Agora tudo fez sentido, aqueles imundos a alertaram sobre a morte de Carmen e ela saiu as presas para salva-la.


 - Será que foram os assassinos que enviaram?

 - Obviamente foram eles, aqueles desgraçados.

 - Lu, quero que você vá para a sua casa e descanse, por favor.

 - Eu não vou, ficarei aqui com você e vou ajudar nas investigações

 - Não-

 - Essa merda de suspensão está me deixando louca, eu não vou me afastar desse caso nunca mais, entendeu?

 - Entendi.

 - Não me afaste, por favor. Isso é tudo que tenho.

 - Não irei.


 Luna me abraçou e foi até sua sala e se deitou por lá mesmo, eu sabia que ela não iria para casa e que não me escutaria, então é melhor ter ela por perto para que eu possa ficar ciente de tudo que elas passar.

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 Algumas horas depois, fui até a casa de Luna para pegar a lapide, quando entrei em seu quarto fiquei abismado. O quarto dela estava um caos, tudo jogado pelo chão e várias folhas sobre a escrivaninha. Luna não era do tipo que vivia em um ambiente desorganizado, a situação atual dela estava me preocupando fortemente.

 Luna não estava em seu estado de sanidade, preciso dar um jeito nisso, antes que ela estrague tudo.





 hellou guys!! sorry a demora, espero que gostem do capitulo de hoje. Até o próximo.



Rosa SangrentaOnde histórias criam vida. Descubra agora