Tenham uma ótima leitura queridos/as e me perdoem pelo atraso
POV: Doutor Cedrico
Algumas semanas após a data de apreensão da detetive, chegou o dia de meu chefe ver o estado da mulher, ela não estava desnutrida e nem mesmo ferida, o único dano que ela tivera fora mental - o que não foi totalmente culpa da minha equipe, já que ela era depressiva -
Antes de sua chegada fui verificar a situação da paciente, eu apenas a monitorava pelas câmeras, então fui fazer uma analise de perto. Minha sala ficava no andar superior, enquanto o quarto da paciente se localizava no subsolo do prédio, então saí de minha sala e segui o longo corredor até o elevador e apertei o botão chamando o mesmo para o andar onde eu estava.
Esperei um ponto e quando o elevador estava quase chegando as luzes de emergência se acenderam e deixaram o corredor em um tom de vermelho muito escuro, o elevador apitou avisando que já havia chegado no andar e quando as portas se abriram a detetive me acertou na cabeça com um extintor.
Não sei quanto tempo fiquei apagado, mas sei que só acordei pois fui atingido com uma boa quantidade de água sendo jogada em meu rosto.
- Ia tomar conta dela né?
Não atrevi a responder, apenas fiquei de cabeça baixa, esperava que ele gritasse comigo ou algo do tipo, mas ele chutou meu rosto e desferiu vários golpes em minhas pernas e braços.
- ONDE ELA FOI SEU LIXO?
- Eu não sei senhor...
- ENTÃO DESCUBRA!
- Irei descobrir senhor, me perdoe por decepciona-lo.
- Que se foda, ache ela imediatamente, e não esqueça que sua querida filha está presa comigo.
- Não machuque minha filha, por favor.
- Não vou machucar, eu prometo.
- Muito obrigada senhor.
- Claro, se você achar e dar um jeito de prender a Luna de uma forma definitiva, se isso não acontecer...
- Irei conseguir!
- Muito bem, bom como as coisas por aqui acabaram mais cedo que o esperado eu vou indo, até breve doutor.
E então ela saiu, meus colegas me ajudaram a ficar de pé, fiquei olhando para a porta do elevador por alguns segundos e então direcionei a primeira ordem.
- Vão atrás dela.
POV: Luna
<momentos antes da fuga>
Estava quase dando o horário que me alimentavam então decidi aproveitar a oportunidade. Com o tempo que fiquei presa, parei para observar melhor todos que via, eles pareciam saber lutar e serem bem mais fortes que eu, mas eu vou conseguir vencê-los. Pude ver a luz do corredor se acender de dentro do quarto, corri até a porta e me abaixei ao lado dela, minhas vestimentas eram brancas e o quarto todo era branco, então não seria tão difícil me camuflar naquele ambiente.
Como pensei, minha camuflagem funcionou, assim que eles abriram a porta eu corri para fora do quarto e puxei a porta, logo a fechando e trancando eles lá dentro. O corredor era imenso e completamente branco, parecia não ter fim e ser um loop infinito. Finalmente encontro o elevador, aperto o botão e então o elevador vem ao meu encontro, como esperado eles usaram o cartão de acesso e destrancaram a porta.
O elevador ainda não havia chegado então corri até o outro lado do corredor e peguei um extintor, retornei para perto da porta e assim que elas se abriram entrei. O elevador estava indo até o andar que eu havia colocado - o qual achei mais provável ser o lobby - até que o elevador é acionado, meu coração acelerou e eu segurei o extintor firmemente em minhas mãos, de repente a luz do elevador se apagou e uma luz vermelha se fez presente - acho que ativaram algum alarme - quando a porta se abriu novamente o doutro estava bem em minha frente. Olhar para aquele cara me deixou com tanto ódio que imediatamente o atingi com o extintor.
Mesmo sem saber o caminho certo eu corri, os corredores e portas eram os mesmo e não importava o quanto eu corresse o lugar não mudava, a não ser uma porta no final do corredor. Ela era uma porta branca como as demais, porém tinha uma placa vermelha cravada sobre si, e nela dizia ser a sala do diretor. Dentro daquela sala havia inúmeros monitores, esses que indicavam cada câmera do prédio, então pensei em usar as câmeras para sair daquele lugar. Pensando nisso, varri os olhos pelo comodo e vi uma pilha de folhas A4 ao lado de uma impressora, tomei uma em mãos e olhei atentamente para cada câmera, eu precisava me localizar. Na câmera 65 era possível ver a porta da sala do diretor, então segui para a câmera 66, nela eu iria dar de cara com um elevador e uma saída de emergência, fui avançando até ver a saída do prédio, eu precisaria sair da sala, seguir a direita, descer as escadas de emergência até o final e então correr até a primeira porta do lado esquerdo do corredor, e assim fiz.
O processo não foi rápido, então assim que sai corri em direção as arvores para me esconder caso eles estejam próximos, quando finalmente me vi fora de perigo ouvi ao longe um motor de moto. Sabendo do risco da pessoa que estra vindo ser cúmplice eu corri até a estrada e interceptei a passagem do veiculo, a pessoa freia rapidamente e para a poucos centímetros a minha frente, e então desce da mota e vai até perto de mim.
- Meu Deus, o que você faz aqui uma hora dessa? Você está bem? O que aconteceu? - pergunta preocupada e tira o capacete.
Era uma mulher loira e baixa, ela me parecia familiar de alguma forma, e esse sentimento de familiaridade me deixou muito relaxada de repente e eu sinto uma tontura na cabeça, estava quase caindo quando ela me segura e me sacode.
- Você não pode desmaiar, eu estou de moto, não posso te ajudar se dormir. - incapaz de responder apenas concordei.
- Vou fazer com você como faço com meus irmãos, - ela vai até sua moto e abre o bauleto que havia na traseira da moto e pega uma corda com ganchos - eu vou passar isso pela sua cintura e vou prender em mim, mas você tem que se segurar, está bem?
Concordo novamente e vou até sua moto, com o auxilio da garota eu subo na moto e logo ela se junta a mim e me prende a si, quando ela deu partida e eu pude sentir o vento fresco em meu rosto sorri, como não fazia a um longo tempo. Eu estava livre.
<>
Não sei por quanto tempo apaguei e nem mesmo onde eu estava, mas sabia que estava segura. Ao meu redor havia um ambiente aconchegante e comum, com uma vista linda para um lago, me levantei com calma da cama e vi a garota loira sentada perto da porta, ela estava dormindo e roncando um pouco alto, era uma visão fofa até.
Esperei até que ela acordasse e então questionei onde estávamos e porque ela ter me levado lá sem me conhecer, a resposta me surpreendeu mais que o esperado, ela disse que estava voltando da casa de uma amiga em comum que tínhamos e que me viu por coincidência.
- Que amiga?
- Carmen.
- Você a conheceu? - minhas mãos começaram a tremer
- Você não se lembra de mim? - sua voz saiu em tom triste
- Me desculpe, eu não lembro.
- Não tem problema, quase não nos falávamos mesmo, eu sou a Sofy, eu era uma das melhores amigas de Carmen, eu que passei o endereço da localização dela naquele dia.
- Que dia?
- Ah, não foi você que falou comigo, foi o outro cara, eu ajudei pois vi você no carro, no dia que Carmen foi presa.
- Me desculpe, mas eu não posso continuar no mesmo ambiente que você.
- Não vá, eu não toco mais nesse assunto.
- Esse nem é o problema, eu não posso olhar pra você e pensar que destruí sua vida também.
- Quem te disse isso?
- Carmen morreu por minha culpa.
- Então você é o assassino da rosa?
- Que? Não!
- Bom, você disse que é sua culpa, então pensei que era.
- Eu não matei de fato, ma-
- Esse lance de se culpar é deprimente, então para com isso! Ela não vai voltar se você se culpar e as pessoas não vão se tranquilizar se você fizer isso.
A expressão dela não parecia fofa como antes, ela estava seria e me olhava de forma quase que mortal.
- Me desculpe por isso.
- Que isso, não me ofendeu. - ela sorriu de repente e se levantou indo até uma mesa, pegando o capacete e as chaves da moto.
- Você vai sair?
- Você não tem que ir pra casa? Acho que seu amigo da policia precisa descobrir o que você estava fazendo naquela rua, aquelas horas da noite.
- Sim, ele precisa.
Foi isso gente, peço desculpas para um ser em especifico pela demora na atualização e espero que você tenha gostado do capitulo, até o próximo.
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Rosa Sangrenta
Mystery / ThrillerLuna, uma detetive especializada em perícia e combate corpo a corpo, estava atrás de pistas, para prender um suspeito de comandar um massacre que causou a morte 50 pessoas, dentre essas 14 crianças (na faixa etária de 5 a 8 anos), 16 adolescentes, o...