06 - 𝐀rcando com as suas decisões

51 11 97
                                    


boa leitura


   POV: Louis


  Eu estava trabalhando no caso quando recebi uma ligação de Luna solicitando ajuda. Ela estava dizendo que havia encontrado um corpo na floresta. Pela descrição dela, isso tinha a ver com o caso que estávamos trabalhando. Posteriormente, fui até o delegado e disse que precisaria de alguns agentes, pois um homicídio havia ocorrido.  Como o caso era de urgência, eu e os demais policiais não demoramos a chegar.  As viaturas não passavam pela trilha que havia ali, então seguimos o restante do caminho a pé. Não demorou para avistarmos uma barraca de acampamento. Quando chegamos perto da barraca, vi Luna ao lado de uma mulher que, no momento, eu não conseguia lembrar quem era.


  - Luna, onde aconteceu o homicídio?


  Luna olhou nos meus olhos e se levantou, deixando a mulher de lado e seguindo caminho à frente. Ela andou por uma trilha quase que escondida e parou quando viu a cabana.


  - Você conhece aquela mulher, Louis?


 - Não, mas ela me parece familiar. Por quê?


- Nada importante. Vamos em frente.


  Seguimos Luna até a cabana. Como eu era o encarregado da equipe naquela operação, entrei primeiro. Assim que adentrei a cabana, um cheiro de mofo e sangue atingiu minhas narinas. O cheiro, embora ruim, era suportável.  Comecei a olhar o lugar e alguns cômodos. Havia um quarto com a porta aberta, então entrei nele. A primeira coisa que avistei foi uma flor de lótus na parede, e logo abaixo dela estava o corpo de um garoto, sem vida. Após verificar o restante do local, pedi que os agentes entrassem e iniciassem o trabalho deles. Enquanto eles trabalhavam, resolvi fazer algumas perguntas a Luna e à mulher que estava com ela. Fui ao encontro delas, mas não fui bem recebido.


 - Podem me dizer o que aconteceu?


 - Não conseguiu descobrir ainda? Mas você é realmente um inútil!


 - Fique calma, Ellen, não é assim que as coisas funcionam. Louis, nós não sabemos como aconteceu, estávamos procurando por ele na esperança de que ele estivesse vivo e que tivéssemos alguma dica sobre o caso.


 - Você está aqui como agente?


 - Estou, até porque sou uma agente.


 - Uma agente que está de folga e afastada do caso. Não era para você estar aqui!


 - Pelo amor de Deus, Louis, não compreende a situação?


 - Você que não compreende. Estamos no caso mais difícil da nossa carreira, uma amiga presa, pessoas queridas mortas, e claramente não estamos mentalmente bem. E você quer fazer tudo sozinha? E se você se machucar tomando decisões precipitadas?


 - A única pessoa afetada serei eu. Não preciso da sua preocupação, preciso que me apoie e me ajude com tudo que puder.

Rosa SangrentaOnde histórias criam vida. Descubra agora