Capítulo 2 - Professor e Aluna

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Capítulo 2 - Professor e Aluna

Tinha uma áurea um pouco intimidante no ar, o novo professor em si era intimidante. Sua voz em tom grave, tão certa e confiante não deixava brechas para dúvidas, ele era direto e objetivo. Mas ao mesmo tempo também era aconchegante, te incitava a entender e aprender.

Ele não havia sido rude ou grosseiro, não havia dado qualquer discurso ridículo de poder e autoridade como muitos do corpo docente faziam, não ditou suas regras ou incitou os alunos a se silenciarem. Apenas sua postura e presença eram o suficiente.

Ele discursava sobre seu método de ensino e sua avaliação sobre notas, e o que mais importava de verdade para cada aluno, e Ana - e todos os outros - se surpreendeu quando o professor não se importou ao que dois alunos bateram na porta, cerca de dez minutos depois da aula começar, pedindo permissão para entrarem mesmo com atraso, e o mesmo apenas assentiu, sem se dar ao trabalho de dar um aviso ou sermão.

Ana percebeu que podia se sentir animada pela aula de novo, e não apenas porque o professor era uma baita visão, mas sim porque no instante em que ele começou a aula de verdade, já era com seu tema favorito, e o método de ensino era muito parecido com o de Turnee, sua escrita e forma de falar dela era quase poética, o que deveria estar fazendo Ana suspirar de alívio e animação.

Mas ela não conseguia.

Estava nervosa por vários motivos, e nenhum tinha sentido de verdade. A cada vez que o olhar do professor caía sobre o seu, ela piscava muito rápido, suas mãos se embolavam e ela não entendia mais nenhuma palavra do que ele dizia.

Era tão bonito, droga!

Falando daquele jeito sobre o assunto preferido de sua vida.

Ana mordeu o lábio inferior, sentindo seu corpo entrar em êxtase, como se de fato tivesse muito prazer para apreciar, e por uma fração de segundo seu coração parou quando teve mais uma vez o olhar do professor sobre si.

Sobre sua boca.

Foi por um segundo.

Por meio segundo!

Mas estava, e ela observou o brilho diferente o seguir, e mais do que aquilo, foi ele gaguejar a palavra seguinte antes de se recompor.

Ana impediu o sorriso enorme de se abrir em seu rosto enquanto sua mente completava o quebra cabeça em descobrir que o professor estava afetado por ela também, tanto quanto ela por ele.

Okay, talvez nem tanto.

Ana estava perigosamente a beira da obsessão ali.

Mas ele estava afetado.

Por um segundo - meio - houve a faísca fugaz de desejo.

E ele simplesmente não olhou mais para ela o restante de todos os oitenta minutos restantes de aula.

_ O que foi? - Kate perguntou enquanto percebia Ana enrolando.

A aula havia acabado, e o sinal de troca de turma soou. Havia um intervalo de vinte minutos entre elas, o que geralmente deixava os alunos tomarem um litro de café para aguentar o restante da manhã. A sala já estava praticamente vazia, Kate já tinha sua mochila nas costas; mas Ana nem havia fechado o próprio notebook ainda e seu estojo continuava na mesa.

_ Pode ir na frente, eu já vou - respondeu.

Kate levantou uma das sobrancelhas, e olhou de esguelha para a mesa do professor. O mesmo estava sentado em sua cadeira, mexia no celular de forma concentrada, não parecendo dar importância para mais nada.

Sr. Grey - 50 TonsOnde histórias criam vida. Descubra agora