Nove anos se passaram desde a última vez que os irmãos Pevensie e Aurora estiveram em Nárnia.
Agora, apesar de não terem se esquecido da maravilhosa terra mágica, vivem uma vida mais normal: com filhos, trabalho e problemas cotidianos.
Mas as coisas...
Aurora ficou parada, enquanto viu com o canto de seu olho um vulto atrás de si.
Com um movimento rápido, a loira pulou em cima do vulto, colocando a mão no pescoço de...
-Edmundo? - arfou Aurora, surpresa.
-Hm, você esperava o Conde Drácula? - disse ele, rindo um pouco. - Ai. Meu Aslam, você é forte mesmo estando grávida!
-Eddie, desculpe, eu não sabia que era você! - a loira saiu de cima dele, ajudando-o a se levantar. - Te machuquei?
-Não, eu vou sobreviver. - brincou o moreno. - Ok...você se importa de me contar o motivo desse golpe?
Respirando fundo, Aurora contou o que tinha acontecido.
Edmundo, intrigado, foi até o Guarda-Roupa, vendo o gelo nas bordas do móvel.
-Estranho. - ele arfou. - Muito estranho.
-Sabe, a voz...parecia muito a voz de Jadis. - sussurrou sua esposa, igualmente intrigada.
Abrindo a porta do Guarda-Roupa, Edmundo sentiu o mesmo vento frio e seu rosto foi iluminado pela mesma luz azul que Aurora tinha mencionado.
Até que veio a voz.
Edmundo.
O moreno franziu o cenho, não sem deixar de ficar um pouco assustado.
Sabe, eu adoraria ver você sofrer, não só de dor física.
Que tal seu filho?
-Não. - arfou o moreno. - Não.
-Ed? - chamou Aurora, que não estava ouvindo nada, apesar de estar vendo a luz e sentindo o vento.
Que tal com um punhal que é velho conhecido seu...?
-Você, quem quer que seja, não vai fazer isso. - esbravejou Edmundo, rangendo os dentes enquanto um leve suor frio tomava conta de seu rosto.
A voz riu.
Será que não?
Bem...não importa agora. Por enquanto, eu vou embora...deixando você com uma dor física.
Na verdade, duas.
Depois de um clarão azul, tudo se apagou, ficando em completo silêncio.
Edmundo sentiu uma dor lancinante em seu abdômen, seguida de outra igualmente forte em um canto de seu lábio inferior.
Ele fechou a porta do Guarda-Roupa, levando em seguida a mão até o abdômen, onde estava sentindo dor. Na mesma hora, percebeu que sua camisa estava molhada de algo quente.
Sangue.
Sentindo outra forte dor, o moreno cambaleou um pouco, e Aurora segurou em seu ombro, preocupada.
-Ed! Está tudo bem? - sussurrou ela. A luz da lua iluminou a sala, e ela viu o sangue na camisa dele, assim como em seus lábios. - Meu Aslam, o que aconteceu?!
-Eu acho que as cicatrizes abriram. - arfou o moreno, soltando um gemido fraco.
-Você aguenta andar até o quarto? Posso limpar seu sangue.
-Posso tentar. - Edmundo gemeu outra vez.
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Depois de andar devagar, tentando ao máximo não desmaiar de dor, finalmente Edmundo entrou junto com Aurora no quarto.
Deixando-se cair na cama com um baque surdo, o moreno sentiu tudo ficar escuro.
-Eu vou pegar uma bacia com água. - disse Aurora, preocupada. - Tenta aguentar, meu amor.
Essa foi a última coisa que ele ouviu antes de perder os sentidos, enquanto a dor o consumia fortemente.
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O capítulo foi curtinho mas em breve eu solto mais, não me matem 😁
Não esqueçam da estrelinha 💗
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