Capítulo 1 - O Início do Fim

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A humanidade, embora ainda não saiba, encontra-se em risco total, de extensão. Entretanto, esta por sua vez, não é devido a uma catástrofe ambiental, como desastres naturais, e tampouco, por intermédio de outra espécie animal que veio a os eliminar...

Não!

A ameaça dessa vez vem de onde a humanidade menos poderia esperar, ou melhor... dos deuses! Após mil anos, estes reuniram-se outra vez, para decidir a sobrevivência, ou a extinção completa da humanidade...

No Coliseu de Valhalla, inúmeros deuses e semideuses dos mais diferentes tipos de panteões e mitologias conhecidas e desconhecidas, estavam enfileirados lotando as arquibancadas.
Eram audíveis inúmeros burburinhos e fofocas, além de comentários sobre a pauta da reunião esse dia.

Zeus, que fora eleito o líder da assembleia, estava de pé, bem no centro do Coliseu, e havia uma mesa com um martelo a sua frente.
logo atrás do mesmo, seu dragão negro de mais de oito metros de altura, descansando ao redor do deus.

Zeus, um velho muito decrépito, fazia uso de um terno branco com gravata dourada, e sua longa barba Branca, mais parecida com uma nuvem chegava quase até o chão, assim como seus cabelos.

- Pois bem, indo direto ao ponto, senhores... O que acham em relação à humanidade? - Questionou o deus dos raios, batendo com sua bengala de madeira no chão, calando a todos.

- Ainda pergunta, senhor Zeus? - da primeira fileira, exclamou Athena, deusa da sabedoria.
Veste uma túnica grega violeta combinando com seus olhos, além disso,  seus cabelos castanhos claros e ondulados, amarrados num rabo de cavalo.

- Todos nós, andamos insatisfeitos com a humanidade, não é verdade, deuses?! - Vociferou Athena, acompanhada de aplausos e gritos de concordância de todos.

- Uma pena que mesmo com o sacrifício do ex líder do panteão Abraâmico, que se ofereceu e morreu para purificar os pecados deles, não aprenderam e voltaram ao erro... Eu, que da última vez os defendi, e fiz a sugestão do sacrifício, peço desculpas a todos. - do outro lado, Toth, deus da sabedoria e do intelecto egípcio, desculpou-se.
O egípcio veste uma túnica roxa, adornada em detalhes prateados, e faz uso de uma enorme cabeça de Íbis, como máscara.
Veio como representante oficial do deus Rá ( que por sinal, nunca dava as caras nesse tipo de reunião ).

- Não precisa se desculpar, amigo Toth! Todos sabemos que a culpa não foi sua. - consolou Ganesha - que estava acomodado num banco bem mais alto que os demais, acolchoado - recém nomeado líder do panteão Hindu. Observava da primeira fileira, ( como sempre, comendo Modaks, especiarias culinárias indianas feitas  a base de farinha de arroz, açucar mascavo e cocô ralado, das quais é viciado. )
   O deus é um híbrido de elefante,  e possui uma pele rosada e suave como pêssego. Alem disso veste um calção laranja, e na opinião da maioria, faz uso demasiado  de adornos como colares, anéis, coroas de ouro e cintos, todos tão bem lustrados que reluziam de modo com que até mesmo incandeasse a visão de quem olhasse por muito tempo.

Amaterasu no Mikoto, outra recém eleita governante, é líder  panteão Japonês. Permanecia imponente e placida no topo, com seu kimono branco florido, cabelos com penteados dignos de uma nobre japonesa, e seu disco solar, reluzente, chamativo e brilhante em suas costas.

Ladeada de sua conselheira, Benzaiten, com seu kimono rosa com detalhes azuis, e cabelos rosas como algodão doce. A mesma agradavelmente começou a tocar sua biwa, o que agradou a todos, e indicava que a líder japonesa, pretendia iniciar sua fala:

— Senhor Zeus, sei que, a reunião hoje mal começou, mas acho notório o fato de estarmos apressada, e unânimemente decididos. Nesse caso, peço que realize de uma vez a votação — concluiu, no mesmo instante que Benzaiten encerrou abruptamente seu toque.

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