Capítulo 3 - " Uma Luta de Verdade "

68 8 1
                                    

O tiro dado pela pistola forjada da luz de Alfheim de Áma, sinalizou o início, de fato, da primeira rodada.

Tanto deuses, quanto humanos, muito ansiosos, quem será que faria, o primeiro movimento? Mas ambos os participantes, não pareciam indicar quaisquer sinal de ataque, ou sequer uma postura ofensiva, muito do contrário. Andaram, calma, e tranquilamente, um em direção ao outro.

— Soube de algo chamado " volundr ", me responda se vocês estão fazendo de fato, o uso disso. — questionou o deus dragão, displicentemente.

— E daí? — Questionou Ricardo, apoiando a clava em seu ombro.

— Acontece que não creio em tudo que dizem a mim até ver pessoalmente, sou alguém muito cético, entende? — disse, calmo.

— Eita, volundr? O que será que é isso expectadores? — exclamou Áma, ouvindo como a maioria, muito interessada, a conversa dos lutadores.

" Era só o que faltava... " pensou Athena, entrementes enraivecida, vendo o desleixo de Caramuru ao chegar tão perto do humano de modo tão despreocupado, e ainda não tê-la ouvido em relação ao seu alerta.

- Ei, Athenazinha, essa tal volundr por acaso é isso que estou pensando? - sussurrou o deus aranha, interrompendo o pensamento da deusa, com o mesmo sorriso forçado.

- Você é rápido para entender as coisas, por o admiro... Anansi. - respondeu ainda irritada - E eu também não esperava que esse... miscigenado, fosse ouvir-me logo de cara. Então que seja. - olhou furiosa, para Brunhilde " Maldita vagabunda "

— Ah, que pena, Hilde, nos descobriram tão rápido. — Se lamentou Mist, tomando um gole de seu suco.

— Não acho que isso seja um problema... Os deuses, ainda não sabem o que é, e Caramuru... bom, ao que me pareceu  não vai acreditar sem antes ver ao que parece. — afirmou, parecendo certa disso, reparando rapidamente, estar sendo observada por Athena, e acenou, de modo extremamente cínico e despreocupado para a deusa " parece que o início não correu como você planejava, vaca... "

- Bom, você vai descobrir agora! - exclamou Ricardo, ao mesmo tempo que com a fumaça que saiu e seu charuto, a soprou inteira, nos olhos do deus, que cegou-se momentaneamente, mas reflexivamente, o braço esquerdo em sua frente, que por sua vez, foi atingido por uma potente pancada que arremessou o deus dragão, por alguns metros de distância.

— Parece que o tão aguardado primeiro ataque, foi dado pelo nosso caro rei Ricardo, espectadores! — exclamou Áma, animada.

A poeira formada pelo rastro de destruição gerado pelo ataque, logo dispersou-se, e de pé, Caramuru estava. Ele havia comprimido os músculos da perna, desse modo, evitando com que se colidisse ou fosse derrubado.

- Meu braço... - olhou, surpreendido, para seu braço, que não se sustentou mais.
E balançando essa parte do corpo, para confirmar, ela estava completamente mole, e o deus dragão não conseguia mais ter controle dele.

Os deuses, olharam, extremamente chocados, pois parece, que a tal volundr, seja lá o que fosse, havia sido capaz de, de fato, ferir um deus.
E os humanos, agora muito mais esperançosos, e a torcida muito mais animada, com tambores e urros de apoio.

" Esse golpe que você deu agora, não foi nada mal, Ricardo primeiro. " Ressoou uma voz da clava, que só o coração de leão parecia ouvir, a voz de Geirahöo.

* minutos antes da luta -

Na sala de treinamento da humanidade, estavam Brunhilde, Mist e Geirahöo.

- Ah, que pesado - comentou Mist, que mal conseguia manter-se de pé.

- Então, Ricardo, chegou sua vez, reduza a gravidade, por favor. - Ordenou Brunhilde, calmamente.

Ragnarok - O Fio Da Última Esperança Onde histórias criam vida. Descubra agora