4. Harrenhal

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A névoa da manhã envolvia Harrenhal, conferindo ao castelo uma aura ainda mais misteriosa e inquietante

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A névoa da manhã envolvia Harrenhal, conferindo ao castelo uma aura ainda mais misteriosa e inquietante. O sol nascente lutava para penetrar a névoa espessa. Daenys Targaryen desceu de seu cavalo, seus olhos violetas analisando cada detalhe do castelo imenso e parcialmente em ruínas.

Os dois soldados reais que a escoltaram até ali se despediram com uma reverência respeitosa antes de montar novamente e partir, suas silhuetas desaparecendo rapidamente na bruma. Daenys respirou fundo, sentindo o peso da solidão e da responsabilidade caírem sobre seus ombros enquanto avançava em direção à entrada principal de Harrenhal.

Sua mente estava cheia de perguntas sem respostas. Por que seu pai não havia respondido às cartas de Rhaenyra? O que poderia ter acontecido com ele? A preocupação se misturava com a desconfiança, e ela não podia evitar sentir que estava sendo observada pelas paredes antigas.

O ar estava frio e úmido, e uma sensação de desconforto rastejou pela espinha de Daenys. Ela tinha ouvido histórias sobre Harrenhal – de como o castelo havia sido amaldiçoado desde a Conquista. Mas ver o lugar com seus próprios olhos era uma experiência completamente diferente.

— Olá? — ela diz.

À medida que ela avançava pelos corredores cavernosos, a sensação de opressão aumentava. O silêncio era quase absoluto, interrompido apenas pelo ocasional som de pedra caindo ou o sussurro do vento através das brechas nas paredes. Os salões grandiosos, agora cobertos de poeira e teias de aranha, pareciam ecoar com os fantasmas de eras passadas. O cheiro de mofo e decadência enchia o ar, e cada passo que ela dava era como uma intrusão em um lugar que preferia permanecer esquecido.

— Olá, Vossa Graça.

Daenys se assustou com a repentina voz feminina atrás dela. Ao se virar deu de cara com uma jovem mulher de longos cabelos pretos.

— Sou Alys Rivers, serva do castelo. Está aqui por causa do seu pai, não é?

— Sim… — Daenys balançou a cabeça. — Eu posso vê-lo? Ele ainda está aqui?

— Sor Simon Strong está agora mesmo indo acordá-lo no quarto de hóspedes. Sinta-se à vontade para esperá-lo no salão. Não deve demorar muito. É por aqui. — Alys foi na frente, esperando que a princesa a seguisse.

Daenys a seguiu até um salão onde geralmente eram feitas as refeições e reuniões. Ao chegar, ela se deparou com mais uma pessoa sentada à mesa. Era um garoto de cabelo encaracolado, com o brasão da Casa Tully cravado em sua vestimenta. Ele tinha a mesma idade que ela.

Antes que Daenys pudesse se virar para falar com a Alys, a mulher havia sumido. Nem o garoto viu quem estava com ela. Mas ele se levantou para fazer uma reverência para a princesa.

— Vossa Graça.  — Ele se curvou timidamente. — Sou Oscar Tully da Casa Tully, eu vim por um chamado de Daemon Targaryen.

— Meu pai lhe chamou? — Daenys inclinou a cabeça de lado em confusão.

𝐎 𝐂𝐎𝐑𝐕𝐎 𝐄 𝐎 𝐃𝐑𝐀𝐆𝐀𝐎, Benjicot Blackwood Onde histórias criam vida. Descubra agora