Capítulo 7

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GENTEEE... Por hoje é só, se vocês estiverem gostando bora comentar muitooo, e compartilhar no twitter, se tiver bastante gente por aqui, eu posto mais um capítulo de madrugada 🥹

***

Era noite e o ginásio estava quase vazio. As luzes estavam acesas apenas nas áreas de treino, criando uma atmosfera silenciosa e íntima. Rebeca estava sozinha, repetindo o salto novamente e novamente, sua concentração absoluta. Cada tentativa parecia uma mistura de frustração e determinação, seus movimentos se tornando cada vez mais fluidos, mas ainda não perfeitos.

Simone, que havia chegado para um treino adicional, entrou no ginásio e se deparou com a cena. Observou Rebeca de longe, notando a intensidade com que ela estava se dedicando. Havia algo quase hipnótico na forma como Rebeca se movia, e Simone se viu atraída para a área de treino.

Rebeca, absorta em seu trabalho, não percebeu Simone se aproximando até que ouviu o som de passos mais próximos. Ela parou, ofegante, e olhou para cima, encontrando os olhos de Simone.

"Simone," Rebeca disse, a surpresa em sua voz. "Eu não sabia que você estava aqui."

"Eu estava só passando por aqui e te vi," Simone respondeu, tentando manter um tom casual. "Parece que você está se esforçando bastante."

Rebeca forçou um sorriso. "Sim, tentando melhorar esse salto. Não está saindo exatamente como eu quero."

Simone observou atentamente por alguns momentos, vendo as tentativas persistentes de Rebeca. A determinação era visível, mas também havia um traço de exasperação. Decidiu se aproximar e, com um tom suave, perguntou: "Você gostaria de ajuda?"

Rebeca olhou para Simone, surpresa com a oferta. "Sim, por favor. Acho que estou precisando de um pouco de orientação."

Simone começou a analisar a execução do salto, aproximando-se e tocando levemente nos ombros e braços de Rebeca para guiá-la. Cada toque era como uma corrente elétrica passando por ambas, um contato breve e intenso que parecia despertar algo mais profundo.

"Faça um impulso mais firme com a perna direita e, quando estiver no ar, puxe os joelhos para o peito," Simone instruiu. "Lembre-se de manter o tronco alinhado."

Rebeca seguiu as instruções, sentindo a mão de Simone apoiando-a quando necessário. A proximidade, o toque e o calor da mão de Simone eram quase perturbadores, mas ao mesmo tempo encorajadores.

"Assim?" Rebeca perguntou, enquanto tentava o salto novamente, sentindo-se mais segura com a orientação de Simone.

"Sim, exatamente assim," Simone confirmou, tocando gentilmente nas costas de Rebeca para ajustar a postura. "Você está indo bem."

Rebeca se concentrou nas palavras e no toque de Simone, sentindo uma conexão inesperada. Cada contato parecia amplificar a emoção que ela havia tentado ignorar, e o calor da proximidade era quase palpável.

Simone continuou ajudando, movendo-se ao redor de Rebeca, guiando-a e oferecendo ajustes sutis. "Tente novamente, e lembre-se de usar a força do seu impulso para girar mais rápido."

Quando Rebeca completou o salto com mais sucesso, um sorriso de satisfação surgiu em seu rosto. Ela se virou para Simone, seus olhos brilhando com uma mistura de gratidão e algo mais.

"Obrigada, Simone," Rebeca disse, a voz um pouco embargada. "Eu realmente não sabia o que fazer sem sua ajuda."

"Não precisa agradecer," Simone respondeu, sua voz suave, mas seu olhar refletindo a complexidade dos sentimentos que estavam à flor da pele. "Eu estou aqui para ajudar. E... fico feliz que você tenha conseguido."

O momento estava carregado, a tensão entre elas sendo quase palpável. O toque, a proximidade e a cumplicidade tinham criado um espaço íntimo que era difícil de ignorar. Elas estavam cientes da linha tênue que estavam caminhando, mas também sabiam que, por ora, o que restava era aproveitar o tempo que tinham.

"Você sabe, Rebeca," começou Simone, sua voz suave, "eu estive pensando aqui... Como agradecimento pela ajuda, eu tenho uma pequena sugestão."

Rebeca, ainda ofegante e com o coração acelerado pela proximidade de Simone, ergueu uma sobrancelha curiosa. "O que você tem em mente?"

Simone sorriu, com um brilho travesso nos olhos. "Em troca da minha ajuda, eu gostaria de aprender a dançar uma música brasileira. Que tal?"

Rebeca não conseguiu conter um sorriso. "Você realmente quer aprender a dançar uma música brasileira? Não é um pedido pequeno."

Simone deu uma risadinha. "Sim, é um pedido pequeno. Eu sempre achei que dançar uma música brasileira deve ser divertido. E quem melhor para me ensinar do que você?"

O pedido de Simone, embora inesperado, parecia aliviar a tensão entre elas. Rebeca, ainda com o coração disparado, se aproximou de Simone, o calor da proximidade intensificado pelos toques sutis.

"Bem, se é isso que você quer," Rebeca disse, ajustando-se ao ritmo e ao tom leve, "vamos lá."

Ela selecionou uma música animada de Ludmila "Maldivas" no rádio do ginásio e começou a demonstrar os passos básicos. Enquanto guiava Simone, Rebeca não pôde evitar tocar levemente na cintura de Simone para ajustar a postura dela. Cada toque era suave e cuidadoso, mas fazia com que a tensão entre elas se ampliasse.

"Primeiro, você precisa sentir a música," Rebeca explicou, seu tom de voz baixo e encorajador. "A ideia é deixar o corpo acompanhar o ritmo."

Simone seguiu os movimentos, um pouco desajeitada no início, mas se esforçando para acompanhar. Rebeca, com um olhar atento e divertido, a orientava.

"Ok, agora tente balançar os quadris com mais suavidade," Rebeca instruiu, posicionando suas mãos nos quadris de Simone para ajustar o movimento. "E não se esqueça de sorrir!"

Simone riu, seu olhar se encontrando com o de Rebeca. "Você é uma ótima professora, sabia? Estou começando a entender o ritmo."

Rebeca sorriu, tocando levemente nos ombros de Simone para guiá-la em uma nova parte da dança. "Você está indo muito bem. Agora, só siga o ritmo e se solte um pouco."

O contato constante entre elas, as mãos de Rebeca em movimento sobre a cintura e os ombros de Simone, criava uma sensação de eletricidade no ar. Cada toque parecia amplificar a conexão que haviam estabelecido, e o calor da proximidade era quase palpável.

Simone, concentrada e com um sorriso no rosto, continuava a acompanhar Rebeca, e a dança se tornava cada vez mais fluida. A atmosfera no ginásio, que havia sido tão carregada momentos antes, agora estava repleta de uma energia leve e animada.

"Você está pegando o jeito," Rebeca disse, sua voz cheia de satisfação e alegria. "Acho que em breve você vai estar dançando como uma verdadeira brasileira."

"Eu vou levar isso como um grande elogio," Simone respondeu, ainda rindo. "Obrigada por me ensinar. Eu realmente aprecio."

O tempo passou rapidamente enquanto elas continuavam a dançar e a se divertir. Rebeca e Simone estavam imersas na música, e o contato físico constante parecia suavizar as complexidades dos sentimentos que ambas carregavam. Quando a música chegou ao fim, ambas estavam rindo e ofegantes.

"Eu acho que fizemos um bom trabalho," Rebeca disse, com um sorriso satisfeito. "E você também foi uma aluna incrível."

Simone, ainda sorrindo, deu uma última olhada para Rebeca. "Obrigada por tudo, Rebeca. Acho que vamos ter que fazer disso uma tradição."

Rebeca sorriu, sentindo uma mistura de alívio e tristeza por saber que o tempo que passariam juntas estava se esgotando. Mas, por ora, estavam aproveitando cada momento, e isso parecia o mais importante.

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