Capítulo 11

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Tem alguém aqui? Estão gostando da fic? kkkkkkkk


***

O prédio onde todas as ginastas estavam instaladas parecia mergulhado em silêncio, mas para Simone, o barulho em sua mente não cessava. A memória do que tinha acontecido no ginásio mais cedo voltava a todo instante, e cada vez que seus olhos se fechavam, o rosto de Rebeca aparecia, como um fantasma teimoso. Ela olhou para o relógio ao lado da cama: 2h15 da manhã. Era tarde, mas o sono teimava em não vir.

Pegou o celular do criado-mudo, hesitando. Era arriscado, mas ficar em silêncio estava se tornando insuportável. Abriu o aplicativo de mensagens, e depois de digitar e apagar algumas frases, enviou algo que soava casual, mesmo que o que sentia estivesse longe de ser tranquilo.

**Simone:** *Você também está acordada?

O tempo parecia se arrastar enquanto esperava pela resposta, mas, por fim, o celular vibrou.

**Rebeca:** *Sim, não consigo dormir...*

Simone se acomodou na cama, o coração acelerando um pouco. Não sabia exatamente onde queria chegar com essa conversa, mas o simples fato de estar em contato com Rebeca parecia certo.

**Simone:** *Essas camas não são lá muito confortáveis, né?*

**Rebeca:** *Verdade... mas acho que não é só isso. Muita coisa na cabeça.*

**Simone:** *Eu entendo... também não consigo parar de pensar em certas coisas.*

Ela digitou e apagou várias respostas antes de enviar essa. Queria dizer mais, mas tinha medo de parecer vulnerável demais.

**Rebeca:** *Eu também... como se algo estivesse inacabado.*

As palavras de Rebeca mexeram com Simone. Ela sentiu um nó na garganta, a tensão entre elas evidente mesmo através das mensagens.

**Simone:** *Acho que faz parte da pressão, né?*

**Rebeca:** *Sim, talvez seja isso...*

Simone sabia que estavam falando em código, se esquivando do verdadeiro motivo pelo qual nenhuma das duas conseguia dormir. Decidiu arriscar um pouco mais, sentindo que, se não tentasse, ficaria presa naquela incerteza.

**Simone:** *E se a gente terminasse aquela conversa do ginásio? Talvez ajude a colocar a cabeça no lugar...*

A resposta demorou mais dessa vez, e Simone podia imaginar Rebeca ponderando o que aquilo realmente significava.

**Rebeca:** *Você acha mesmo que ajudaria?*

**Simone:** *Não sei... mas talvez a gente precise disso para conseguir focar nas provas amanhã. O que você acha?*

Do outro lado do prédio, Rebeca olhava para a tela do celular, sentindo o coração disparar. A curiosidade e a tensão do momento, misturadas com as lembranças do que aconteceu no ginásio, a deixavam ainda mais acordada.

**Rebeca:** *Pode ser... onde você está?*

Simone sorriu ao ver a resposta, já se levantando da cama.

**Simone:** *No meu quarto. Que tal a gente se encontrar na entrada em 5 minutos?*

**Rebeca:** *Tá...*

Simone deixou o celular de lado e foi até a porta, o coração batendo mais rápido do que ela gostaria de admitir. Era um risco, mas uma parte dela ansiava por resolver a tensão que pairava entre elas. Com um último olhar para o reflexo no espelho, saiu do quarto.
Simone desceu as escadas com passos rápidos, mas hesitantes Estava nervosa, uma mistura de ansiedade e excitação tomando conta de seu corpo. Quando chegou à entrada da ala de treinamento, o corredor estava vazio e silencioso, exceto pelo som de seus próprios batimentos, que pareciam ecoar nas paredes.

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