Após a morte de seus pais quando era criança, Liv Rooney Routledge precisou ir morar com seu tio, Big John Routledge e seu primo John B. O tempo passou e agora os pogues viviam a vida tranquila em Outer Banks, até o dia que Big John desapareceu mist...
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The more that you say, the less I know, wherever you stray, I follow. Quanto mais você diz, menos eu sei, onde quer que você se desvie, eu sigo.
— Taylor Swift.
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Sinceramente, não dá para entender Outer Banks sem imaginar um grande cemitério ao fundo, cheio de histórias mal resolvidas. Como já foi dito, tem os pogues. Eles são os amigos da periferia, de classe trabalhadora, aqueles que estão sempre em busca de alguma forma de se manter à tona, sem perder a essência do que são.
E é claro, não podemos esquecer os Kooks. Herdeiros de fortunas, filhos de famílias ricas e estudantes de escolas particulares. Cidadãos exemplares — entre aspas.
E ainda tem os turistas. Muitos deles são completamente sem noção. Eles vêm para Outer Banks em busca de um bronzeado perfeito, para passar uma semana de férias com a família, sem se importar com a realidade de quem realmente vive ali. Eles movimentam os passeios locais, achando tudo fascinante, como se estivessem em um filme de verão.
Na festa na praia dos pogues, essas diferentes tribos se misturavam. Todos estavam ali, conversando, rindo e se divertindo, ao redor de um grande barril de cerveja. Era o único momento do ano onde parecia não haver a separação entre classes. Eles se reuniam independentemente disso, sem se importar com o que o resto da ilha pensava.
Liv estava lá, como sempre, com seu conjuntinho de praia e óculos escuros. Ela falava com todos — ou quase todos — e não tinha dificuldade em se enturmar. Com um copo de cerveja na mão, conversava animada com algumas pogues, rindo sem preocupações, como se não houvesse um amanhã. Aquela sensação era boa, quase libertadora. Estar rodeada de gente, sem precisar pensar muito no caos que se passava dentro de sua cabeça, parecia um pequeno alívio.
Ela não sabia, mas de longe, olhos brilhantes a observavam atentamente. A cada risada, o brilho desses olhos se intensificava, como se a diversão de Liv fosse o combustível que alimentava aquele olhar. Ele já sabia há algum tempo que tinha uma queda pela loira. Uma queda? Não, era mais como se tivesse se jogado de um penhasco. E parecia que todos ao seu redor percebiam isso, menos ela.
