PARA SEMPRE MEU (22)

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Guilherme


Fico perdido em pensamentos, sem saber o que falar. Minha mãe só pode tá louca de imaginar que eu vou me meter em alguma coisa. Eu não tenho nada a ver com isso!

— Só queria deixar bem claro que não quero nenhum tipo de aproximação com meu pai

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— Só queria deixar bem claro que não quero nenhum tipo de aproximação com meu pai. — falo sem pensar duas vezes. — não é porque a senhora decidiu voltar pra ele, que eu vou esquecer tudo que ele me fez.

 — não é porque a senhora decidiu voltar pra ele, que eu vou esquecer tudo que ele me fez

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— Eu nunca pensei ou sequer cogitei essa possibilidade. Se você quiser fazer as pazes com ele, não vai ser eu ou qualquer outra pessoa que vai exigir isso.

— Eu não concordo... — deixo claro. — mas respeito. Se a senhora acha que isso é o melhor... Eu aceito.

— Você não vai ficar com raiva ou se afastar de mim? — nego.

— Claro que não! — afirmo. — não concordo, mas aceito. A vida é sua...

— Ah, filho. — ela dá um sorriso triste. — fico feliz. Estava com medo de você... Não sei, talvez se opor. Fico mais que orgulhosa do homem que você se tornou. — dou um sorriso e aperto sua mão que segura a minha.

Vários pensamentos povoam minha mente, um deles é como o mundo gira. Como as coisas mudam. Eu nunca ia imaginar minha mãe de volta com ele. Jamais passou essa possibilidade pela minha cabeça.

Não me resta nada além de aceitar. Eu não me acho no direito de interferir na vida dela, e mais ainda, acho sem sentindo impedir ou pedir a ela que se afaste dele.

— Clarisse sabia não é? — pergunto.

— Sim. — ela suspira triste. — ela queria muito te contar, mais seu pai pediu a ela...

— Sempre ele. — balanço a cabeça. — sempre.

— Filho! — chama minha atenção. — ele só estava com medo de você ficar com raiva e querer se afastar de mim, nada mais que isso.

— Ah, claro. Às vezes acho que eu que não presto e ele que é o certo. — começo a dobrar um guardanapo de papel distraidamente. — até a senhora perdoou ele, menos eu, o filho sem coração. — respiro fundo, e dou um sorriso sem vontade. — também o que ele te fez não é? Nada. Então não teria porque a senhora ter raiva dele...

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