Capítulo Seis
Maurício
— Bastante. — resmungou se sentando no outro sofá, em uma distância considerável.
— Tú sabe muito bem que se não fosse por algo muito importante, eu jamais botaria os pés aqui, não é? — perguntei.
— Tenho certeza.
— Pois então. — cruzei as pernas e apoiei minha mão no queixo. — eu queria entender o porquê de ter falado tanta merda, o Gui escutado e agora está triste, sofrendo porque o pai, um filho da puta que não vale nada, abriu a boca pra falar merda... — sorri. — me explique isso por favor? — pedi gentilmente.
— Eu não fiz por mal! — afirmou. — eu... Eu... — suspirou e fechou os olhos. — foi uma fatalidade ele ter ouvido.
— Claro que sim. — disse eu, enquanto dobrava as mangas da minha camisa social até a altura do cotovelo. — seria melhor ele viver iludido com o pai não é? — indaguei. — achando que tú o ama de verdade e que a mágoa que ele ainda sente, era sem sentido...
— É claro que eu amo o Guilherme! Ele é meu filho.
— Imagina se não amasse... — comecei a rir.
— Eu bebi um pouco e acabei falando demais, o casal é um amigo meu...
— Me poupe dos detalhes. — fiz um gesto com as mãos. — eu só vim aqui mesmo porque me dói vê o meu marido sofrendo daquele jeito por uma pessoa que não merece nada a mais que o seu desprezo. — ele tentou falar mas não permiti. — portanto, acho que chegou a hora de tú esquecer que ele existe... Não é mesmo?
— Se for o que eu tô imaginando... — começou a rir. — eu não vou sair da vida dele, e pode ter certeza absoluta disso.
— Eu não teria tanta certeza...
— Ah não? — foi irônico e dei um sorriso torto.
Se esse cara soubesse o tanto que eu não o suporto, não daria esse sorrisinho desgraçado e irônico.
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PARA SEMPRE MEU
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