Este capítulo contém: Palavrões e Hetcomp (heterossexualidade compulsória).
Se você não gosta ou tem gatilho com este tipo de conteúdo, não leia.Você foi avisado.
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Chuuya não conseguia manter a calma.
Seu peito subia e descia. Uma gota generosa de suor escorreu por seu rosto corado pela raiva. Ele estava ofegante, mas estar cansado não o impedia de continuar dizendo poucas e boas para o motivo de sua confusão e noites mal dormidas.
- O que você realmente sente por mim, Dazai?! - Chuuya berrou. Gritar torturava sua garganta exausta, mas ele não se importava.
Dazai ficou em silêncio, encarando qualquer coisa que não fosse os olhos fuzilantes de Chuuya. Ao contrário de Chuuya, Dazai estava calmo, e isso irritava o ruivo mais ainda.
- Me responde, porra! - exigiu. - O que você sente por mim? Se é que você sente algo por mim. - Chuuya riu consigo mesmo, se segurando para não desabar.
- Para com isso, Chuuya.
- Não, eu não vou. - apontou o dedo na cara do moreno. - Eu tô cansado de ser tratado como segunda opção! Uma hora você diz que me ama, outra diz que tá confuso, e depois... - ele suspirou, sentindo seu peito doer ao ser atacado por lembranças dolorosas. - fica com outras garotas.
- Eu já disse que te amo.
- Não, Dazai, você não me ama. - Chuuya sorriu sarcasticamente. - Eu só sou um brinquedinho o qual você tem vergonha de mostrar aos outros!
- Eu não tenho vergonha de você, porra!
- Então por que não me assume?
Dazai ficou em silêncio.
Chuuya vacilou.
- Seu filho da puta...
Chuuya respirou fundo, fechou os olhos e mordeu o lábio inferior com força para conter sua raiva e não desconta-la em Dazai.
Para não se emburrecer mais ainda, o ruivo virou as costas e tomou a decisão mais dolorosa de sua vida.
Se afastar da pessoa que amava.
Perceber que Dazai nunca foi a pessoa certa foi uma das piores dores, mas Chuuya não é o tipo de pessoa que corre atrás, mas sim que se coloca em primeiro lugar e toma a decisão que acha ser a melhor para si mesmo, por mais dolorosa que seja.
Passos firmes e determinados ecoaram pelo recinto silencioso até se aproximarem da porta. Chuuya pousou a mão na maçaneta, decidido a sair por aquela porta sem olhar para trás e seguir uma vida a qual Dazai não estaria nela, porém o ruivo estagnou ao ouvir o som que jamais pensou que ouviria um dia vindo daquela pessoa.
O som de um choro.
Dazai estava chorando.
Pela primeira vez.
Assustado com tudo isso, Chuuya se virou lentamente, observando um Dazai chorar como uma criança pequena.
- Snif...
O moreno secou com as costas das mãos as lágrimas que insistiam em sair, mas assim que percebeu o olhar de Chuuya sobre si, ele agilizou o trabalho.
Dazai raramente chorava, e quando chorava, ele detestava. Ainda mais na frente de outras pessoas.
Chuuya suspirou.
- Não dificulte as coisas. Vai ser melhor pra nós doi-
- Você não entende! - Dazai gritou.