One-shots; Soukoku

Osamu Dazai

Dazai tinha uma imensa aversão por cachorros, mas pela primeira vez na vida, seu coração amoleceu ao pousar os olhos num filhotinho.

Seu pelo era creme e seus olhos castanhos e pidões, que encaravam Dazai com a esperança de finalmente sair das ruas e pertencer a um lar.

Sem ter outra escolha, Osamu suspirou.

Ele sabia que se arrependeria por tal escolha, mas assim que segurou o filhotinho no colo, era tarde demais para voltar atrás.

– Se você fazer bagunça, eu juro que te coloco na rua – disse Dazai num tom ameaçador ao cachorrinho que latiu em resposta.

E então, Osamu caminhou pelas ruas de Yokohama com um cachorrinho no colo que não parava de abanar o rabo, atraindo a atenção dos outros ao seu redor.

෴

Assim que Chuuya abriu o forno, não demorou muito para o vapor quente aquecer seu rosto e o cheiro de chocolate alcançar seu nariz. O ruivo segurou o tabuleiro utilizando luvas e depositou o mesmo no balcão. Ele fechou o forno e retirou as luvas enquanto seus olhos admiravam seu bolo bem feito.

O mais baixo se preparou para cortar o bolo, mas acabou se assustando com o barulho da porta sendo aberta bruscamente, revelando Dazai com uma caixa nos braços.

– Chuu-Chuu, cheguei! – berrou Dazai ao fechar a porta. Ele depositou a caixa no sofá e se aproximou de Chuuya com os braços abertos.

– Ah, cê jura? – o ruivo debochou após cruzar os braços e fechar a cara. – Pensei que você ainda tava na esquina.

Dazai revirou os olhos.

– Se continuar me maltratando, não vai ganhar presente – ameaçou.

– Se continuar me provocando, não vai ganhar bol- espera, como assim presente?

– O que você acabou de perder.

– Você vai ficar sem bolo.

Dazai ficou sério.

– É brincadeira, ok?

– Você é muito interesseiro – Chuuya riu. – O bolo ainda tá quente. Você precisa esperar ele esfriar, e-

– Au!

Chuuya estagnou e olhou na direção do som, que por coincidência, vinha exatamente da caixa que Dazai trouxe.

– O que foi esse barulho?

– Que barulho? Eu não ouvi nada – Dazai deu de ombros.

Sem dar ouvidos ao moreno, Chuuya caminhou intrigado até a caixa e abriu a mesma, não demorando muito para arregalar os olhos e ficar boquiaberto.

Um filhote de cachorro.

– Gostou do presente? – Dazai se aproximou com um sorriso maroto nos lábios.

Chuuya encarava o filhotinho nos olhos. Sua expressão era indescritível. O ruivo intercalou o olhar para Dazai e o cachorrinho inúmeras vezes, ainda processando tudo.

Dazai começou a se preocupar.

– Se não tiver gostado, eu posso doar pra alguém e-

– Esse foi o melhor presente que eu ganhei na minha vida.

Sem pestanejar, o ruivo segurou o cachorrinho como se fosse um bebê recém-nascido e secou as pequenas lágrimas que insistiam escorrer por seu rosto com as costas da mão livre.

– Ele é tão fofo! – Chuuya sorria como uma criança que acabava de ganhar o melhor presente de Natal de todos os tempos. – Qual é a raça dele? Em qual abrigo você o pegou?

Dazai desviou o olhar e coçou a nuca, envergonhado.

– Eu não sei. Eu peguei ele da rua.

As sobrancelhas de Chuuya se franziram.

– Sério? Ele tá tão limpinho.

– Eu levei ele num Pet Shop antes.

– Ah.

Chuuya se sentou no sofá e continuou mimando o cachorro que não parava de latir e balançar o rabo animadamente.

– Como ele vai se chamar? – Dazai perguntou ao se sentar ao seu lado.

O ruivo ficou alguns segundos em silêncio, pensando numa resposta que não demorou muito para surgir:

– Osamu Dazai.

Dazai arqueou as sobrancelhas.

– Por que meu nome?

– Ué, por que você é um cachorro.

– Idiota – o moreno cruzou os braços e fingiu estar zangado.

– E eu amo cachorros.

Chuuya se aproximou de Dazai e depositou um beijo em seu rosto, o qual ruborizou em questão de segundos.

– Obrigado pelo presente. Eu vou cuidar muito bem dele. Não é, Dazai júnior? – encarou o cachorro que latiu em resposta. – Vem, vou te dar algo pra comer.

Chuuya se levantou e saiu da sala, deixando Dazai sozinho com seus pensamentos.

Um lado de Dazai estava arrependido por ter trazido o cachorrinho para casa, pois agora terá que disputar a atenção de Chuuya, já seu outro lado não se arrependia de absolutamente nada.

Às vezes, as escolhas que achamos serem ruins, podem ser as melhores da nossa vida.

Depois desse dia, Dazai não passou a odiar cachorros tanto assim, pois graças a eles, Chuuya era feliz.

෴

hi, guys! me desculpem por ter sumido 😞

eu demorei pra postar mais do que o esperado por conta da minha semana de provas e pq eu tava me sentindo bastante desanimada e insegura com minha escrita, mas eu finalmente atualizei 😝

vou tentar atualizar plmns 1 vez por semana pq eu to com uma ideia de uma fic muito fodastica desde o ano passado e preciso colocar ela em ação XD

tambem vou tentar escrever one-shots mais longos e menos depressivos.
relevem qualquer erro de português aqui e ali. por mais que eu revise, eu sempre acabo deixando algo passar.

bom, foi isso. espero que tenham gostado e até o próximo capítulo! 😜🤎

se cuidem e bebam água!

– Joy💋