Parei a moto na casa do patrão e buzinei, enquanto pegava meu celular e mandava uma msg pra mina do asfalto avisando que ia demorar um pouco.
Os caras que estavam fazendo a segurança me gastaram, falando que agora eu tinha virado segurança particular, só fechei a cara boladão pra eles e buzinei de novo pra ver se a madame saía logo.
Deu uns 3 minutos ela apareceu, com um vestido que dava pra colocar na minha mão e ainda não tamparia toda, só afastei os pensamentos impuros e olhei pra cara dela.
Bravo: Tu quer ir pra onde? — Perguntei vendo ela subir na moto.
Milena: Tenho que comprar umas coisas que tô precisando, aí minha mãe deu a ideia de ir no shopping, mas não conheço nada por lá. — Falou calma e eu só acelerei a moto.
Quando chegamos no shopping eu arrumei a arma na cintura e coloquei a blusa por cima, seguindo a outra que já tava entrando em uma loja.
Meu celular vibrou e eu peguei, abrindo a mensagem e vendo outra foto da mina, passei a mão no rosto suspirando e fui até a Milena.
Bravo: Aê, eu vou ter que dar uma saída rapidinho pô, papo de 20 minutos, tu consegue ficar aqui no shopping sem se perder? — Perguntei pra ela que olhava as roupas e nem prestava atenção no que eu falava.
Milena: Não sou nenhuma Chico Bento não, sei muito bem andar nos lugares. — Falou com o nariz todo empinado e eu bufei.
Bravo: Vai, salva meu número aí pra qualquer coisa. — Pedi e ela pegou o celular do bolso, anotando.
Milena: Vê se não demora, eu vim aqui só pegar umas coisas, vou demorar não. — avisou e eu pisquei pra ela, saindo dali.
No caminho já tava batendo o arrependimento de tá deixando a mina sozinha lá sem conhecer nada, mas ela não é nenhuma tonta, não vai conseguir se perder dentro de um shopping.
Cheguei na casa da Amanda e já começamos daquele jeitinho, a maldita era boa pra caralho, sabia direitinho o que tava fazendo e eu ficava como? Satisfeito, mané.
Quando terminamos eu fui só colocando a roupa e vazando, nosso bagulho era assim e por isso que eu gostava.
Transou, foi embora, sem dor de cabeça e cobrança.
Cheguei no shopping fui atrás da doidinha, rodei um monte de loja até ver ela de longe sentada tomando sorvete com um monte de sacola ao redor.
Puta que pariu, a porra louca comprou o shopping inteiro.
Me aproximei e quando ela me viu, fez careta.
Bravo: Bora, pô? Já comprou o shopping todo. — Falei me jogando na cadeira do lado dela.
Milena: Tu tá aqui pra cuidar de mim, não de quanto eu gastei ou deixei de gastar. — Falou com um sorriso no rosto e eu fechei a cara.
Bravo: Tu gosta de dar esculacho né, vai nessa bobona. — Falei negando com a cabeça.
Milena: Tu tá fedendo a sexo, que nojo.
Bravo: Que sexo garota, fui resolver um bagulho aí.
Milena: Esse bagulho aí te deixou com um chupão no pescoço. — Falou rindo.
Bravo: Eu já tava antes filhona, de dias isso. — Meti essa e ela negou com a cabeça.
Milena: Tava nada, eu presto bem atenção em você, e não tinha nada aí. — Falou e eu arqueei a sobrancelha.
Bravo: Presta atenção em mim? Tu só anda com esse nariz empinado pô, acho que não enxerga um palmo na sua frente. — Neguei com a cabeça.
Milena: Tu que pensa, amo olhar homem bonito, e no morro tem vários. — Falou dando de ombros e pela primeira vez eu ri da sinceridade dela.
Bravo: Pixote vai amar saber disso, fica ligada não pra tu ver.
Milena: Olhar tira pedaço desde quando? — Perguntou me encarando.
Bravo: Desde que o mundo é mundo, pô. — Falei e ela fez careta.
Milena: Você é chatão, parece que tem 50 anos, ranzinza, dá nem pra conversar.
Bravo: Não é isso garota, só tô te mandando o papo, fica longe dos menor lá do morro, bagulho ali é sinistro, não tem cara pra tu não, conheço todos e tô ligado no que eu digo. — Falei na moralzinha com ela.
Milena: Tô de boa, só tava comentando mesmo. — Vi que ela ficou sem jeito e dei de ombros, só mandei o papo.
Bravo: Bora vazar vai, já dei muito mole aqui na pista. — Chamei e ela foi se levantando.
Peguei umas sacolas, e ela foi na frente com as outras.
Na real, senti que a mina nem gostou do que eu disse, tá ligado? Mas só mandei a real pra ela, mina é novinha, chegou agora no morro, não tá nem ligada como nada funciona, aí fica na emoção.
Sem contar que considero o pixote e a isabel pra caralho, então só quis dar um alerta nela mermo.
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Perdição.
FanfictionA gente pode tentar escrever o nosso destino na nossa mente um milhão de vezes, traçar mil planos, imaginar tantas coisas... e no final, a vida nos dá um choque de realidade, mostrando que não temos o controle nem mesmo de nós, quem dirá do futuro.