Minha perdição

20 3 1
                                    

⭒๋࣭ ⭑ 𝓐𝓽𝓱𝓮𝓷𝓪𝓼

.
.
.

Muitos vão achar que esse é um texto romântico, pelo contrário, é como um desabafo meu.
Perdição... o que seria perdição?
Seria algo que dê certa forma tem tanta influência sob ti, que acaba por te influenciar... de forma negativa ou positiva.
A minha seria a raiva, infelizmente esse é um dos sentimentos que mais me influenciam e sempre fez parte da minha vida. De uma coisa eu posso ter certeza por conta disso, a raiva é um dos únicos e o único sentimento que eu tenho certeza que jamais me abandonaria e que eu sempre vou sentir.

Podem me chamar de explosiva ou de pavil curto, mas é algo real.
Talvez isso possa ser uma tortura com si próprio por pensar coisas assim? Provável, mas.. quem liga não, é?
Dizem que o nosso pior inimigo é a nossa própria mente, mentira não é.
Nossa mente consegue sabotar nós mesmos com pensamentos negativos, trazendo memórias traumáticas de volta, mortos que estavam enterrados a muito tempo voltando para atormentar nossas almas.

É perigoso ter tanta intimidade assim com a raiva, tudo pode lhe dar gatilho, a qualquer momento você pode explodir de raiva, sem aviso prévio.
Aquele sentimento de queimação que tanto me domina, um calor subindo pelo meu corpo, uma fúria crescendo em meu peito sem parar deixando meus membros dormentes, uma vontade de descontar essa fúria o mais depressa possível, essa sensação dominando minha mente e tornando-me cega de raiva, sem poder diferenciar as pessoas ao meu redor, uma tontura querendo me derrubar e infelizmente, toda essa fúria sendo vomitada para a pessoa mais próxima a mim..
Eu com certeza não me orgulho disso, não mesmo, o pior sentimento do mundo é você ter um ataque de raiva perto de alguém que não possui culpa ou que está tentando te ajudar, depois que a fúria cessa, o calor vai passando deixando-me gélida, a racionalidade voltando para controlar a minha mente e a culpa me atingindo tão forte, como uma facada brita em meu peito, o sangue que esguicha de meu peito é como a culpa e a vontade de pedir desculpas, mas a faca alojada é o sentimento de orgulho e razão que me sufoca.

Talvez seja uma comparação bem ruim, mas somente aqueles que já ficaram cegos por esse sentimento vão saber como funciona.
Aquele gatilho que nos acende como faíscas, e fazem com que nossa mente exploda de ódio como uma bomba. Eu gosto de sentir raiva, pois eu sinto como se eu estivesse ainda mais viva, eu sinto que posso libertar toda a frustração que mutila meu peito e acaricia minha alma como um abraço acolhedor. Mas ao mesmo tempo odeio sentir raiva, pois a qualquer segundo eu posso chegar ao meu limite, a qualquer milésimo de segundo posso acabar gritando com alguém, derramando todo o meu ódio sob ti, corroendo-lhe e mostrando para ti o monstro que eu realmente sou.
É... eu realmente sou a minha própria perdição.

Ass: Athena.
Editor: CajuIce.

Pág.7

A doçura da angústia (Livro I)Onde histórias criam vida. Descubra agora