Palavras cruéis

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⭒๋࣭ ⭑ 𝓐𝓽𝓱𝓮𝓷𝓪𝓼

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A dor é um sentimento curioso, mas ao mesmo tempo... inexplicável.
A dor é subjetiva, ela pode ser tanto física, como mental. Dentre elas, a que mais corrói e dói é a dor mental. É como se o nosso cérebro virasse o nosso próprio inimigo, pronto para se auto-destruir com palavras ou lembranças cruéis.

O que mais retorna em minha mente são palavras cruéis. Palavras que eu guardo a sete chaves desde a infância, não é algo legal de se fazer... afinal, com o tempo isso vai te consumindo até não sentir nada.

É como se eu tivesse ligado a opção de simplesmente não ter sentimentos nas configurações da minha cabeça. Esse peso, esse sentimento ruim com o tempo vai destruindo toda a humanidade que possui em você.. até não restar nada, até você não sentir mais nada.
Parece que as palavras tem o poder destrutivo maior ainda, não é? Quantas vezes eu já não fui dormir chorando por conta de "simples" palavras.

Ao mesmo tempo que temos a dádiva de poder nos expressar através das palavras, temos o poder de destruição em nossas mãos, ou melhor, em nossas falas. As palavras podem ser cruéis, muito cruéis.

Cruéis ao ponto de uma pessoa mudar todo o seu jeito por conta de meras palavras.
Algo bem desgraçado, eu diria.
É algo bem hipócrita vindo da minha parte. Afinal, quantas vezes eu já não me peguei tendo o mínimo de sanidade voltando em meio a uma crise explosiva de raiva, o tanto de palavras cruéis que eu já disse para quem não merecia ouvir. O tanto que eu já descontei a minha raiva em alguém, pelo simples fato da pessoa estar perto ou querer ter o mísero de contato comigo. Isso é algo que eu tenho muita raiva, não da pessoa, mas sim de mim por não conseguir me conter. Eu realmente não me orgulho disso.

Mas o ser humano é realmente um monstro humano, até porque ninguém parece se colocar no lugar do outro em momentos assim. Ninguém liga se você se sentiu ofendido ou se aquilo feriu sua alma, ninguém liga!

E se ninguém liga, o que me resta é remoer tudo dentro de mim na escuridão do meu quarto enquanto eu penso, penso, penso, penso até sentir todas as forças do meu corpo se esvairem em um desmaio.
Afinal, as palavras não são tão cruéis assim né... ou são?

Ass: Athena.
Editor: CajuIce.

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A doçura da angústia (Livro I)Onde histórias criam vida. Descubra agora