Você amou cada verso que escrevi para você,
mas não amou quem os criou.
Minha paixão te assustava,
enquanto tua indiferença me dilacerava.
Te amei profundamente, e você retribuiu com dor,
numa intensidade que espelhava meu fervor.
Eu declarava ao mundo o meu amor por ti,
e você, indiferente, não ouvia o meu clamor.
Dei tudo que tinha,
mas você não quis tudo.
O brilho dos meus olhos ofuscava o teu olhar frio,
meu coração pulsava por nós dois,
enquanto o teu apenas batia por si mesmo.
Os sonhos que construímos desmoronaram
nas palavras não ditas, nos gestos ignorados.
Passei noites em claro, pensando em nós,
enquanto você dormia tranquila, alheia à minha agonia.
Busquei em teus braços o consolo,
mas encontrei apenas o vazio.
Gritei por socorro em um silêncio que só eu ouvia,
e você, impassível, seguia sua vida.
Esperava que a primavera trouxesse renovação,
mas o inverno de tua alma persistia.
Amei teus defeitos, teus erros,
e você, só viu o que faltava em mim.
Agora, aqui terminamos,
sem cerimônia, sem adeus, sem nada a mais.
É o fim de uma história escrita com lágrimas,
em páginas que agora se fecham.
Seguiremos caminhos diferentes,
levando conosco os fragmentos do que poderia ter sido.
Adeus, meu amor, sem olhar para trás,
sem promessas, sem esperanças, apenas a lembrança
do amor que um dia nos uniu e agora nos separa.
