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"Sirius? Por favor, por favor... Preciso de você... Irmão?"

"Regulus?" - uma voz distante soou em sua cabeça e Regulus pensou que poderia chorar de alívio naquele momento - "Onde, em nome da magia do mar, você se enfiou?"

"Fui capturado por um navio pirata..."

"Porra..." - Regulus sentiu o navio balançar suavemente, seu irmão estava tentando afundá-los, mas eles estavam longe demais do mar de Slytherin para isso.

"Estamos no mar de Hufflepuff, seus poderes não são fortes o suficiente aqui..."

"Então tente ficar vivo até que eu consiga te alcançar"

"Não foi por isso que eu te chamei... Eu... eu preciso de você... por favor..." A voz de Regulus vacilou, quase se apagando. "Eles o mataram, Sirius... Eles mataram o amor da minha vida..." Seus olhos estavam perdidos, como se a dor estivesse além do que qualquer palavra pudesse expressar "Eu não sei o que fazer... Não sei nem como respirar sem ele... Eu me sinto como... como se eu estivesse morrendo também..." Suas mãos tremiam descontroladamente como se o mundo ao seu redor estivesse se despedaçando. "Por favor... me diga o que fazer...". As lágrimas, finalmente, escaparam, caindo no convés encharcado. O mar ao redor deles balançou o navio violentamente, Sirius deveria estar absolutamente possesso de raiva nesse momento.

"Vamos fazer o seguinte... Você vai dizer a eles que as águas ao redor da ilha são traiçoeiras, que os ventos são imprevisíveis e que as correntes podem mudar num piscar de olhos. Convença-os de que precisam diminuir a velocidade, ficar atentos... que esse navio pode se partir se eles não tomarem cuidado." Sirius parou por um momento, um sorriso irônico certamente surgindo em seu rosto. "Agora escute bem, Regulus: garanta que sua alma gêmea esteja ao seu lado a todo momento. Não deixe que eles o afastem, nem por um segundo. Quando vocês estiverem perto o suficiente da ilha, vou criar uma onda gigantesca, tão brutal que ninguém vai ter tempo de reagir. Esse navio vai se despedaçar como se fosse feito de papel. Eles não vão nem saber o que os atingiu."

Regulus sentiu um frio na espinha, mas manteve o foco. "E o que eu faço quando a onda vier?"

"Quando a água engolir o navio, você vai segurar firme sua alma gêmea, não o solte por nada nesse mundo. No caos, as sereias podem tentar puxá-lo para as profundezas, e se você o perder de vista... elas não vão mostrar misericórdia. Você tem que tomar cuidado, Regulus... Eu vou coordenar tudo, colocar as sereias em posição, prontas para afundar qualquer um que tente escapar. Não vai sobrar nada além de destroços e corpos."

Sirius fez uma pausa, sua voz mais baixa, quase sombria. "Depois que tudo estiver acabado e o mar levar o resto... você e sua alma gêmea estarão seguros na ilha. Lá, tudo vai ficar bem. Confie em mim. Eu prometo."

"Eu te amo"

"Eu também te amo. Sinto muito que eles tenham feito isso com você..."

Regulus ergueu a cabeça de repente, arregalando os olhos e suspirando dramaticamente, tudo para que os piratas ao redor pensassem que ele estava num processo de conexão profunda com a magia do oceano.

Ele então apontou para o sul, na direção do território das sereias. O capitão Riddle sorriu satisfeito, ordenando que mudassem a rota do navio - nós precisamos tomar cuidado, há uma magia poderosa protegendo o tesouro do oceano, o mar ao redor da ilha é selvagem, com ondas enormes e ventos fortes o suficiente arrancar as velas dos navios...

- O comensal da morte é completamente capaz de suportar uma tempestadezinha, esse é um dos maiores navios dos quatro mares...

- E eu posso garantir que você nunca enfrentou a magia do oceano antes - Regulus nem mesmo piscou com o olhar que o capitão Riddle lançou em sua direção, mantendo sua expressão completamente impassível.

Between Waves and SecretsOnde histórias criam vida. Descubra agora