🎞️ Cap 10: Sexta-feira

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☀️ Boruto On

Essa era a Trigésima Oitava tentativa de fazer uma colagem de fotos e nada me agrada! Não sei mais qual era o meu conceito inicial!

– Nada! – Bati minha cabeça na minha escrivaninha quase desistindo de fazer esse trabalho. – Não.Vem.Nada!!! – Bati mais três vezes.

Mitsuki não respondeu à minha frustração.
Resmunguei mais uma vez jogando vários papéis fora.

– Argh, se eu tentar te ajudar, você me deixar terminar minha leitura? – Ele me perguntou irritado. Eram quase 18 horas.

– Por favor. – Pedi. Ele deixou seu livro na cama e se levantou. Ele vestia um pijama azul claro e branco. Calça xadrez azul e branco e uma blusa com mangas compridas branca. – Como vai me ajudar a ter uma ideia?

– Fazendo quase a mesma coisa que vi num filme. – Ele segurou meus joelhos juntos.

– O que está fazendo? – Ele não me respondeu, apenas me jogou por cima de seus ombros. – Ei! Calma lá! Me põe no chão!

– Ficar de ponta cabeça pode ajudar a você ver as coisas de outro ângulo. – Respondeu.

– Outro ângulo? Estou sentindo como se minha coluna fosse se partir ao meio!

– Anda logo.

Resmunguei e o obedeci olhando as coisas envolta. Eu não estava pensando nos objetos que tinham ali, e sim no que os artistas antigos fariam. Normalmente iriam procurar um modelo inspirador.

– Acho que já deu, eu tô sentindo o sangue subindo pra cabeça. – Disse.

– Você teve alguma ideia?

– O quê? Não.

– Então não vou te soltar.

– Filho da mãe! Eu posso passar mal desse jeito!

– Então é bom você pensar em alguma coisa.

– Eii! Isso é tortura!

– Há, tu não tem noção do que é tortura. – Ele riu.

– "Tu"? E outra, como se você soubesse como torturar alguém.

– ignora isso, às vezes o sotaque ataca. Enfim, sei como torturar dolorosamente ou de forma prazerosa. Aí é escolha minha ou da vítima. Claro, nunca fiz isso, mas já vi muitas cenas cinematográficas.

– Mitsuki, você me assusta às vezes.

– Desculpa.

– Enfim, como assim "sotaque"?

– Meu pai.

– Sulista?

– ... Não sei, ele é do interior.

– Bom saber que você é metade caipira. Me põe no chão agora.

– Já teve uma ideia?

– .... Sim.

– Mentiroso. Segurar uma pessoa assim cansa, dá pra fazer isso logo? – Ele exigiu e consegui ver seu rosto.

– Espera! Me deixa ver seu rosto, rápido. – Pedi e ele não me entendeu exatamente, mas me deixou no chão. Fiquei um pouco tonto por alguns segundos.
Segurei as laterais de seu rosto e analisei na luz comum do quarto.
– Humm... Espera aí.

Fui em meu baú ao lado do livreiro e peguei uns bastões de LED.

– Vem cá, para quando é esse trabalho?

– An... O prazo é amanhã. Mas digamos que eu deixei para a última hora. – Me aproximei e liguei as luzes. – Fique parado.

Aproximei a luz perto dele em ângulos diferentes e algumas ideias surgiram na minha cabeça.

Um Mês À Vida - MBOnde histórias criam vida. Descubra agora