Capítulo 3

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Meu nome é Kaikoa, descendente de Maui, o lendário semideus polinésio. A minha vida é marcada pelo legado dos meus antepassados, uma herança de força e responsabilidade que aceito com orgulho e humildade. Vivo em Manakai, uma pequena ilha que é um verdadeiro paraíso flutuante no meio do vasto Oceano Pacífico.

Manakai é um lugar de uma beleza indescritível. A ilha é cercada por praias de areia branca que brilham à luz do sol, e as águas cristalinas revelam uma profusão de vida marinha. Os recifes de corais ao redor da ilha são um caleidoscópio de cores e formas, abrigando uma diversidade de criaturas marinhas. A vegetação é exuberante, com palmeiras altas e plantas tropicais que exalam fragrâncias doces. O canto dos pássaros preenche o ar, criando uma sinfonia natural que é o pano de fundo da nossa vida diária.

Minha casa é uma estrutura simples, construída com materiais naturais encontrados na ilha. O teto é feito de folhas de palmeira trançadas, e as paredes são de madeira de mangue. Minha família é composta por pessoas fortes e resilientes, que sobreviveram ao grande cataclismo que devastou a Terra.

Tenho dois irmãos mais novos, Kanoa e Leilani. Kanoa é aventureiro e sempre está explorando novas partes da ilha, descobrindo plantas e animais que nunca vimos antes. Leilani, por outro lado, é uma alma gentil e criativa, que passa seus dias criando belas obras de arte com conchas e pedras que encontra na praia.

― Kaikoa, olha o que eu encontrei hoje! - exclama Kanoa, correndo até mim com uma concha incomum nas mãos.

― Isso é incrível, Kanoa. - digo, admirando a concha. ― Você sempre encontra os melhores tesouros.

Minha mãe, Hina, é a matriarca da nossa família. Ela é uma mulher forte e sábia, com um coração generoso e uma mente afiada. Sua presença é uma fonte constante de conforto e orientação para todos nós. Ela nos conta histórias dos nossos antepassados, ensinando-nos sobre nossa herança e nossos deveres.

― Kaikoa, nunca se esqueça das lições dos seus ancestrais. - minha mãe diz, enquanto estamos sentados ao redor do fogo à noite. ― Eles enfrentaram desafios inimagináveis e sobreviveram. Nós também podemos.

Meu pai, Maui, leva o nome do nosso lendário ancestral. Ele é um homem robusto, com uma presença imponente e um espírito indomável. Ele me ensinou a usar meus poderes para o bem da nossa comunidade e a importância de proteger nossa ilha e nosso povo.

― Filho, a força que você possui é um presente, mas também uma responsabilidade. -diz meu pai, sua voz firme e autoritária. ― Use-a sabiamente e sempre para o bem de Manakai.

Os nossos dias em Manakai são preenchidos com trabalho árduo, mas também com momentos de alegria e celebração. A pesca é uma parte fundamental da nossa subsistência, e todos participam, desde os mais jovens até os mais velhos. Eu uso minha força para ajudar a puxar as redes cheias de peixe, garantindo que todos tenham alimento suficiente.

― Kaikoa, precisamos da sua ajuda aqui! - chama meu tio Haku, enquanto lutamos para puxar uma rede particularmente pesada.

― Estou a caminho, tio! - respondo, correndo para ajudar. Com um puxão poderoso, levanto a rede cheia de peixes brilhantes.

Além da pesca, cultivamos plantas e colhemos frutas que crescem abundantemente na ilha. Temos jardins comunitários onde todos contribuem, plantando e cuidando das plantas que nos alimentam. É um trabalho que nos une e fortalece nossos laços como comunidade.

― Leilani, essas frutas estão prontas para serem colhidas?" - pergunto, ao ver minha irmã examinando um cacho de bananas.

― Sim, Kaikoa. Vamos colhê-las antes que as aves as encontrem. - responde ela com um sorriso.

O despertar das profundezasOnde histórias criam vida. Descubra agora