cap 3

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- e se

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- e se.. - kuroo pegou a rosa que estava dentro do vasinho sobre a mesa de vidro a segurando em sua mão e se apoiando com a outra na mesa - muito brega.. - a colocou entre os lábios - melhor.. - murmurou ainda com a flor na boca - mas que porra! - precisou a soltar quando um dos espinhos machucou a sua gengiva - para o quê infernos eu fui inventar isso? - Kuroo parecia uma criança birrenta quando bateu os seus pés no chão repetitivas vezes reclamando e se sacudindo inteiro.

Queria subir no último andar daquele prédio e pular.

Maldita foi a hora em que resolveu escutar o seu melhor amigo e ir atrás de "uma boa foda" como diria koutaro.

Aquele sábado havia sido aterrorizante para si, sequer havia conseguido trabalhar de forma certa, os seus dedos procuravam de forma quase que instintiva qualquer coisa que pudesse tocar ou bater contra a sua mesa ou atécontra si mesmo, como os papéis que haviam sofrido em suas mãos, havia perdido a conta de quantas vezes havia tido a sua atenção chamada pelo amigo por estar no mundo da lua, longe de mais em seus próprios pensamentos.

Mas o quê poderia fazer se não conseguia de forma alguma segurar e controlar os seus sentimentos e emoções?

Estava quase se corroendo de nervosismo e ansiedade, não conseguia parar de pensar como seria durante a noite.

Seria muito estranho?

Inconveniente?

Ele o acharia pervertido?

Escroto?

O denunciaria para a polícia?

Precisava urgentemente o agradar!

Odiava deixar uma má impressão nas pessoas, justamente por isso saiu do trabalho mais cedo naquele dia, logo após do almoço -ser herdeiro do dono tinha lá as suas vantagens- foi para o seu apartamento e limpou absolutamente tudo, não deixou sequer uma marquinha de sujeira no chão ou algum tapete levemente bagunçado, a sua casa estava cheirosa e muito bem organizada, havia até mesmo feito o jantar:

Duas peças de Salmão com moljo branco e aspargos enrolados em tiras de Bacon, ambos os pratos estavam postos a mesa e devidamente cobertos com os cloche's, ao lado tinha o vinho branco envelhecido e duas taças, não havia mais absolutamente nada para fazer além de esperar ele chegar e justamente isso estava o fazendo surtar tanto.

Não queria de forma alguma ser grosseiro ao ponto de levar o "kitten" para a sua casa unicamente para transar, achava isso uma falta de educação,  e sinceramente,  sabia que não sentiria alegria alguma caso ele apenas realizasse os seus desejos pelo dinheiro que iria o pagar, afinal, para si, não existia prazer melhor do que causar prazer em outra pessoa.

E justamente para isso precisava que ele estivesse ao menos confortável em sua presença. 

Queria poder conversar, conhecer melhor, o fazer rir e apenas aí realmente revelaria o que queria.

E caso ele não aceitasse? Bem, aí talvez tranzassem da forma "baunilha" o pagaria conforme foi prometido e depois tentaria encontrar outro alguém que aceitasse os seus gostos.

Era isso!

O plano de sua vida sexual já estava completamente montado em sua cabeça. 

Apenas lá mesmo já que fora daquilo tremia mais do que vara verde ao vento.

- eu vou muito me matar. - finalmente desistiu de segurar a rosa, afinal, não faria o menor sentido o esperar ali em uma pose que para si seria "sensual" já que teria que abrir a porta para o garoto entrar, e o atender com uma flor na boca parecendo um cachorro segurando o osso estava fora de questão. 

Ergueu as mangas de sua camisa branca e social até os cotovelos, foi quase automático a vestir após o banho junto da calça jeans escura, o seu cabelo estava arrepiado como sempre e o coração batendo na garganta como nunca, jurava que as suas mãos estavam suadas e apenas por desencargo da consciência as secou na calça antes de arrumar pela trigésima vez os talheres ao lado dos pratos.

Em sua geladeira uma torta deliciosa de chocolate os esperava, as vezes era muito grato por sua mãe ser dona de uma rede de restaurantes espalhados por toda sua cidade e várias outras, por sorte além do dinheiro também havia herdado os dotes culinários da mulher.

Não se orgulhava de muitas coisas, mas sabia que na cozinha era incrível!

Se sentia basicamente aquele áudio "a mãe sempre me disse que o homem que se casar com eu, ele ah de ter uma vida direta, é que eu tenho mãos de fada na cozinha.." e sabia muito bem que a sua "habilidade com as mãos" ia bem além do fogão. 

Ele jogava vôlei. 

As suas mãos nasceram para as bolas.

- ele chegou. - disse para si mesmo quando a campainha tocou, era mesmo tudo real.

Já havia deixado a entrada do garoto na portaria autorizada, arrumou a blusa no próprio corpo lambendo as costas da mão e cheirando, apenas uma garantia de que estava com um bom hálito, praticamente se cheirou por inteiro verificando se ainda tinha cheiro de perfume, após confirmar que estava completamente limpo e cheiroso foi até a porta tentando ter passos calmos.

As suas mãos tremiam.

Sentia medo de que a sua voz falhasse pelo nervosismo que sentia e parecesse um adolescente entrando na puberdade.

Se forçou a ter postura respirando bem fundo em um mandamento direto para que o seu coração parasse de martelar a sua garganta e gritar animado dentro de seu peito.

Não conseguiu.

Com a mão na maçaneta girou a chave, abriu a porta e quase desmaiou.

Aquele ser.. ele era mesmo real?

Os cabelos estavam um pouco acima dos ombros, longos, lisos e loiros quase que dourados, os olhos brilhosos com cílios longos, as bochechas pálidas e vermelhas, o corpo menor que o seu coberto pela jaqueta longa e a calça apertada.

Ele havia crescido.

Tinha ficado ainda mais bonito do que se lembrava.

- gatinho..?  - murmurou confuso e surpreso, aquilo não podia ser mesmo real.

- kuroo?

Puta merda.

🙄😘😄

A mamãe voltou ♡♡♡

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