Capítulo 2 aniversário

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                                                                    BÁRBARA MATTOS

Entreguei meu manuscrito para a editora e eles ficaram de analisar e me dar uma resposta em breve. O Denis queria me levar em casa mas sei que ele já estava atrasado para o trabalho e não quis atrapalha-lo ainda mais então disse a ele que tinha umas coisas para fazer na rua e depois iria embora de metro. Meio relutante ele concordou. Assim que ele saiu com o carro eu caminhei na direção contrária e fui para o metro. Era horário do almoço e estava cheio, tive que ir em pé segurando no apoio de mão. De repente vejo vir da minha direita um homem maravilhoso. Seu semblante era sério e seu olhar assassino estava fixo em alguém atrás de mim. Mas ele era lindo. Olhei para trás e voltei  os olhos para ele quando aproxima-se e diz sério e com um olhar mortal para o homem logo atras de mim.                                                                                                  

----Devolve. Agora.

O olhar e a voz grossa eram tão mortal e autoritária que até eu procurei se não tinha algo para devolver a ele. Foi quando vi minha bolsa aberta e senti falta do meu celular. Olhei para trás e mau tive tempo de assimilar alguma coisa por que o bonitão surpreendeu o sujeito atrás de mim batendo a cabeça dele contra um apoio de mão e pegando meu celular que estava na cintura do sujeito. O cara fica tonto e cambaleia para trás. Ele estende o aparelho para mim e eu fico admirando aqueles olhos verdes  o rosto simétrico a barba bem feita.Agora seu olhar tinha suavizado um pouco. De onde surgiu esse homem? Ele limpa a garganta e diz:

----O que foi borboleta?

Ele viu meu pingente no pescoço e minha capinha de celular com desenho de borboletas azuis deve ser por isso o apelido. Peguei meu celular dizendo:

----Obrigada.

O sujeito recupera a compostura e tira uma faca da cintura apontando para o bonitão dizendo:

----Você já era playboy.

As pessoas perto se afastaram ao ver a faca. Eu estava meio encurralada não tinha para onde correr o bonitão voltou a olhar sério para o sujeito e disse:

----- Larga isso ou você vai se machucar.

O cara deu uma risada e partiu para cima do bonitão que sem nenhuma dificuldade conseguiu desarma-lo e ainda bateu novamente com a cabeça dele no apoio de mão. Chutou a faca para de baixo do banco e deu um mata leão no sujeito até ele perder a consciência e deixa-lo no chão. Não sei o que me surpreendeu mais, suas habilidades, sua beleza, seu corpo bem trabalhado por baixo da camiseta justa ou o seu olhar em mim. Seu olhar parecia querer dizer muita coisa e quando ele se aproximou pude sentir o cheiro do pós barba e de um perfume amadeirado delicioso.

----Tudo bem borboleta?

Faço que sim. Trocamos um olhar, ele passa por mim roçando de leve seu corpo no meu sem desviar o olhar e vai para a porta de saída. O metro tinha parada e eu nem tinha percebido. As pessoas começaram a sair e eu ainda estava imóvel olhando ele seguir pelas laterais dos trilhos,desaparecendo nas escadas. A porta fechou e eu desci na próxima estação. Os guardas da próxima estação recolheram o sujeito desmaiado. E eu estava tonta, devo estar muito tempo sem pegar ninguém e por isso aquele homem me deixou daquele jeito apenas com um olhar.

                                                    ESTEFANO CATTANEO DONATELO

Cheguei na oficina para pegar a minha moto estressado por ter que andar de metrô. Não consigo fingir que não estou vendo nada e sempre acabo tento que bater em algum idiota. Quando o mecânico me vê diz:

----Que cara é essa Dom? Chupou limão no café da manhã?

Conheço o Júnior a anos, sempre arrumo o que preciso com ele. É de confiança ,um cara corpulento de meia idade. Ele está sempre sorrindo e de bom humor. Diferente de mim.

---Estou de boa. A minha máquina está pronta?

----Sim. Está zero bala.

Ele apontou para um canto da oficina e vi minha DucatiCorse preta brilhando. Sorri por dentro. Amo velocidade e tenho um apego por essa máquina. Ele me deu meu capacete que eu tinha deixado ali e as chaves. 

                                                             BÁRBARA MATTOS

O relógio marcava 21 horas quando terminei de me arrumar. Hoje fiquei de sobre aviso até as 20 horas, amanhã fico no hospital das 7 da manhã as 7 da noite por isso estou indo na intenção de voltar o mais cedo possível.

Me olhei no espelho usava uma calça jeans clara bem justa as corpo que deixava minha bunda empinada e a cintura bem fina, na parte de cima coloquei um tomara que caia branco que modelava meus seios fartos e me deixava com um colo bonito sem ser vulgar. Minha borboleta ainda estava no pescoço e nos pés optei por sandálias de salto.Fiz um rabo de cavalo nos cabelos por que não tive tempo de lavar.Não tinha a mínima vontade de sair para comemorar o dia de hoje mas tenho amigos maravilhosos e não quero decepciona-los. O Dênis buzinou em frente ao prédio ao sair do quarto encontrei a Isabela calçando suas sandálias na sala.

---- Vamos logo antes que eu desista.

Minto. Por que não faria isso com eles.

Algum tempo depois estamos em uma balada. Eles me arrastaram para cá e fomos direto para o bar. Pedi uma tequila e disse:

--- Já que tenho que sobreviver a esse dia, vamos beber.

O Denis aproxima-se do meu ouvido dizendo:

---- Não esqueça que você trabalha amanhã.

---Culpa de vocês que me arrastaram para cá.

Mostrei meu copo para ele e bebi um bom gole. Depois me virei para a pista. O lugar estava cheio. A Isabela encontra um conhecido e sai de mãos dadas com ele. Trocamos um olhar e o dela dizia: ---Vou me dar bem hoje.

Eu sorri para ela o Denis me convidou para ir pra pista dançar. Em certo momento eu avisei para ele que iria ao banheiro e sai em meio as pessoas. Pedindo licença para uns e empurrando de leve outros. De repente eu chego na lateral da pista e vejo o bonitão do metrô. Ele me olhava de um jeito perturbador. Fiquei imóvel , uma ou outra pessoa passava no nosso meio mas nem um dos dois desviou o olhar. Ele estava com as duas mãos no bolso do jeans preto, usava camiseta branca e uma jaqueta preta de couro por cima. Estava bem gato. Dei uns passos a frente encurtando nossa distância. Quais as chances de eu encontrar esse bonitão de novo? Talvez fosse o momento de fazer alguma loucura....Acho que estou escrevendo ficção demais. Relaxa Bárbara esse cara pode ser um marginal. Ele tem cara de mau. Uma cara linda mas ainda assim ele tem um olhar perigoso. Ele deu dois passos a frente. Agora ninguém mais passava no nosso meio. Ele então aproxima-se do meu ouvido dizendo:

----Que coincidência borboleta.

Sua voz grossa no meu ouvido fez subir um arrepio por todo meu corpo.

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O caveira e a borboletaOnde histórias criam vida. Descubra agora