Parte 3

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Olá, eu voltei.

Olha, esses personagens me obrigam a escrever as coisas e o que era pra ser rápido e curto, vira um monstro de diversos capítulos gigantes... enfim, boa leitura.

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 Kim acordou com a estranha sensação de alguém brincando com seu cabelo e seus instintos o fizeram agarrar o pulso do atacante e avançar para a faca que sempre estava a seu alcance, só para o sono se dissipar e ele se dar conta que o cheiro ali era da alcova de seu irmão e ele estava a ponto de bater em Porsche.

- Acordado e consciente? - O ômega perguntou, com um sorriso, esfregando seu pulso.

Kim ficou mortificado, ter permissão para estar num ninho de um casal vinculado já era precioso e ele tinha atacado seu cunhado em vez de agradecer. Ele abaixou a cabeça em submissão.

- Peço perdão pelo ataque, não era minha intenção te ferir, Ômega. - Kim disse, formal, ele nem tentou controlar seu cheiro de vergonha profunda.

- Kim, eu estava tentando acordar um herdeiro da máfia que é conhecido pela contagem de corpos, eu sabia que era uma possibilidade. - Porsche disse. - E, eu posso me defender, se não tivesse clareado a cabeça, eu teria te batido.

- Mesmo assim, é seu ninho e eu...

- Continua muito bem-vindo, eu queria que não estivesse tão afetado pela falta de perfumação adequada que soubesse antes de acordar que aqui é seguro. - Porsche disse, soando triste. - Eu não gosto que fique defensivo mesmo na alcova do seu alfa, Kim.

O jovem alfa deu de ombros.

- Os jogos do nosso Pa me tiraram das alcovas deles antes de eu me apresentar, Hia. - Kim disse. - Acho que esse é o tempo mais longo que passo nos quartos de Kinn desde que eu tenho onze anos.

Porsche não comentou, mas, quanto mais ele descobria de seu sogro, mais ele queria que o velho fosse levado pela idade, ou por uma bala perdida. Kim se esticou e ficou chocado ao ver que já era noite.

- Me deixaram dormir tudo isso?! - Ele perguntou chocado.

- Kinn rosnou pra mim e pro Vegas quando falamos de te acordar mais cedo. - Porsche disse, com um sorriso. - Foi meio sexy.

A careta de nojo de Kim fez Porsche rir.

- Ele e Vegas estão no escritório trabalhando e só para você saber, depois que se refrescar, temos um jantar em família.

- Para acalmar Macau que Kinn não vai trancar Vegas numa das torres? - Kim perguntou, sorrindo.

- Exatamente, hoje ele me disse que a tradição era que Vegas ficasse ao lado dele para que a marcação de cheiro fosse mais forte, o que não entendo é porque não podem transar logo, isso sim é troca de perfumes efetiva.

- É tradição, o alfa precisa mostrar controle, receber um ômega disposto e mostrar que pode respeitar limites e nãos, mesmo que ele tenha dormido com ele e passado o dia ao lado do ômega. - Kim explicou. - Depois, ele vai mostrar que pode agradá-lo com presentes e ai podem vir outras coisas como recompensas pelos acertos do alfa.

Porsche revirou os olhos.

- Claro, e ai acabou?

- Não, no caso de vocês tem um anúncio formal sobre o sucesso do cortejo e você é quem dará as boas-vindas ao Vegas, mostrando que seu alfa não causou discórdia ou desconforto ao desejar um segundo ômega. Depois disso, ele pode mordê-lo.

- Pessoas ricas são chatas. - Porsche disse, vendo o cunhado terminar de ajeitar os cabelos e a camiseta amarrotada. - Xô, vá se arrumar, em alguns momentos seu estômago vai se dar conta que está morrendo de fome porque comeu pela última vez há mais de vinte horas.

As flores TheerapanyakunOnde histórias criam vida. Descubra agora