Cidade dos anjos

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Nao sabia o que fazer entao me aproximei de vagar e vi pelo olho magico uma mulher que olhava para trás e continuava batendo na porta.
- Sr e Sra Thompson sou eu. Poderia entrar por 5 minutinho? Acho que tem um homem me seguindo. Sei que o carro nn esta aih mas ouvi o barulho do chuveiro.- mais batidas fortes na porta.- por favor ele esta se aproximando.
Pode ser uma estranha mas era uma mulher, nn gostaria de estar no mesmo lugar que ela então eu logo abri.
Ela entra confusa quando me ve e eu rapidamente fecho a porta e a tranco.
- Vc nn é a senhora Lucia.
    - A nao ser que eu tenha cara de velha com certeza nao.
    - Nao tem mesmo.- Ela me encara de cima a baixo.
Ela era muito linda, muito mesmo. Sua beleza transparência aquela roupa de roça.
- Muito prazer eu me chamo Valentina. Eu moro na casa ao lado. Acho que vc deve ser a neta do George e da Lucia.
- Sou eu mesma, muito prazer eu sou a Luiza.- estendo a minha mão segurando ainda a toalha que cobria meu corpo desnudo.
Escuto o choro da Any. Nao sabia o que fazer, nn sabia se ela era confiável, entao nao podia deixar uma completa estranha sozinha na sala, no meu primeiro dia na casa dos meus avós.
- É é é... eu preciso atende-la. Acho que você pode ficar a vontade...
Corro para o quarto torcendo aos céus para que ela nao tenha acordado o Jhony. Aproveitei e troquei de roupa o mais breve que consegui. Any ja havia se acalmado com minha presença só resmungava querendo sair logo do berço.
Assim que peguei ela desci ao encontro da tal Valentina.
- Acho que eles ja foram.- ela disse me vendo se aproximar com á neném no colo.
- Esta tudo bem? Eles estavam te seguindo a muito tempo?
- Esta sim. Eu nunca os vi por aqui. Irei avisar aos nossos vizinhos tomarem cuidado com as meninas e emitir um alerta para os policiais locais, eu tirei uma foto do carro.
- Isso não me parece muito receptivo para quem acabou de chegar por aqui.- Digo apertando Any ainda mais sobre meu corpo.
- Fique tranquila Luiza.
Any esfregava a cabeça sobre meu peito evidentemente querendo mamar.
- La vamos nos novamente.- Ja havia 3 noites que era um drama para Any dormir a noite sem o peito. Ela perdia pelo cansaço.
- Ela mamava ainda?- Valentina perguntava receosa.
- Sim. Esta sendo difícil para ela se acostumar sem o peito. Não acho que era pelo leite e sim pelo aconchego. Acho que nn durmo direito desde que eles se foram.- nao fazia ideia pq eu estava me abrindo para aquela completa estranha, mas me parecia a coisa certa a se fazer.
- E pq vc nn amamenta ela?- Diz Valentina como se fosse óbvio.
Eu nn sabia o que fazer. Me parecia querer tomar um lugar que nn me cabia.
- Me aparenta ser errado. Eu posso fazer isso?
- Claro que pode. Meu irmão adotivo chegou la em casa com 3 meses. Minha mãe amamentou desde o primeiro dia. Tomou um chá com umas ervas que minha avó havia lhe passado e bum leite. Ela ordenhava leite umas 4 vezes ao dia de tanto leite que deu. Deve dar certo no seu caso também.
- Nao sei... me parece ser errado?
- Errado é deixar a nenem chorar sendo que vc pode acabar com essa angustia. Olha esse é meu número.- ela me entrega um papel.- me chama no WhatsApp, assim que eu ver a minha avó eu te mando a receita. E eu ja vou indo, obrigada por me abrigar. Até logo.
E ela foi embora, nao me deu a chance de retrucar.
Uns 10 minutos depois meus avós chegaram. Ajudei-os a dês abastecer o carro e ajudei minha avó a guardar as compras.
- Aconteceu algo mais cedo e acho que a senhora deveria saber.
- O que aconteceu querida esta tudo bem?
- Por agora sim. Estava saindo do banho quando escuto alguém batendo na porta. Havia uma moça que procurando vcs,  disse que havia alguém a seguindo e perguntando se poderia entrar. Eu permiti e ela se identificou como Valentina.
- Ha querida que bom que a deixou entrar. Ela é uma boa menina, ela cresceu conosco praticamente. Sua família trabalhava bastante e ela acabava passando bastante tempo por aqui com seus irmãos.
- Que bom, achei que estaria encrencada. Gostaria de fazer uma pergunta, não sei muito bem como falar sobre isso.
- Claro querida, nn precisa nem perguntar se pode perguntar.- arranco uma risada sincera, da senhora de um metro e meio que estava preparando a janta.
- Comentei bem por cima com a Valentina que estou tendo problemas com o sono noturno da Any por conta do desmame brusco. Ela me questionou pq eu nn a amamentava ja que isso ainda está afetando bastante a pequena. Eu nn sei se isso é o certo a se fazer.
-  Querida eu super apoio essa ideia de vc começar a amamenta-la, isso irá demandar um esforço mas sei que vc é capaz. Acredito que ela irá passar a receita do chá que a avó dela fez para que o leite da mãe dela descesse.
- Se não estivesse tão no interior juraria que teria uma escuta por aqui. Estou aguardando ela me enviar, disse que sua avó está procurando.
- Me passe os ingredientes assim que achar os ingredientes. Que amanhã pela manhã passo para comprar.
Deixo minha avó em paz e vou atender Any que estava chorando no meio do corredor a minha procura.
Pego-a e vejo claramente os sinais de sono. Mãozinha esfregando o olho, qualquer coisa a irritava e certamente os piscares dos olhos mais pesados era a melhor das evidências.
Subo com ela e a deito no meu colo.
- nao quero tomar o lugar da mamae Any só quero que essa situação seja menos doloroso e traumático para você.

A Arte de começar de novoOnde histórias criam vida. Descubra agora