- Podemos perguntar para eles. Mas se vamos anunciar precisamos definir o que é isso...
- Mas prometemos na praia que nn iriamos rotular. Estamos em uma linha de ficantes até casadas.
- Apesar de tudo Lu, estamos vivendo um casamento. Podemos dizer que estamos namorando e falar sobre o que esta acontecendo na nossa vida. Mas tenho receio deles matarem o Igor antes da gente ter oportunidade de falar.
- Seus pais devem me odiar Valentina... ja tenho receio deles me verem, imagina quando souberem que a gente esta namorando. Apesar da ideia estupida foi minha eu desisto dela vai ser difícil e doloroso.
- Acho que vc tem razão, vai ser difícil mas é necessário Lu. Apesar de tudo são meus pais.
- Eu sei, nn estou dizendo que iremos viver as escondidas para sempre, só estou falando que estou receosa. E acho que é melhor eles absorverem a noticia do Igor e da Duda e em outra oportunidade nós falamos.
- Irei perguntar a opnião do Igor e se ele concordar nós retiramos o band-aid da ferida de uma vez okay?
Concordo com a cabeça.
A semana passou voando. Nn tínhamos muito como fugir da rotina, ela nos engolia e tornava tudo monógamo de mais.
Estávamos nos arrumando para o jantar na casa dos pais da Valentina. As crianças ja estavam prontas e eu e a Valentina estávamos acabando de nos arrumar. Mal havia soltado a voz durante todo o dia, minha ansiedade consumia minha voz.
- Vai ficar tudo bem Lu, eles vão entender.- Ela deposita um beijo na minha bochecha e volta a se maquiar.
Igor achou ótima a ideia de abrirmos totalmente o jogo com eles, o que de mal isso poderia acarretar eu nn sei, mas imaginava que eles nn seriam tão compreensivo.
Chegamos com os seguranças e vejo que Valentina apertava cada vez mais meus dedos.
- Amor esta doendo.- Digo tentando desvencilhar as nossas mãos.
- A minha confiança foi embora, podemos voltar?- Via que os seus olhos estavam apreensivos. Apesar da Valentina ter toda a marra de garota independente uma parte dela, como de qualquer outro filho, torcia pela aprovação dos pais.
- Nn da mais tempo de desistir. Vamos.
Valentina é a primeira a descer do carro, logo após os seguranças, logo depois dela as crianças e eu por ultimo. Vejo os olhos da mãe da Valentina chocados, parecia que havia acabado de ver um assombração. Dou um sorriso tímido e sou praticamente arrastada pela Valentina pelas mãos na direção dela.
- Boa noite Luiza.
- Boa noite, tudo bem com a senhora?
Ela acena com a cabeça e sua cara fechada melhora um pouco ao ver as crianças entre as minhas pernas. O pai de Valentina me da um sorriso acolhedor mas nada fala.
- Tudo bem Any e Jonathan?- A mais velha se abaixa para cumprimentar as crianças.
Os pequenos acenam com a cabeça e lhe entregam um abraço de cumprimento.
Entramos e a mesa já se encontravam todos sentados em seu devido lugar, por medida de segurança fomos orientadas a chegar por ultimo. Nn entendia muito bem do pq mas ja estávamos quebrando a quarentena de segurança e fazer isso era o mínimo. Me sento ao lado da Duda e ela rapidamente segura a minha mão como se agradecesse a nossa presença lá.
As crianças estavam jantando em uma mesa menor e um pouco afastada da nossa, com toda certeza era o melhor pois provavelmente o clima e o dialeto nn seria o mais adequado para eles.
- Sejam todos bem vindos.- O pai da Valentina se levanta e vejo o seu semblante acolhedor.- Após muito tempo é um prazer te rever Luiza... e vejo transparecer no rosto dos meus herdeiros que aguardam falar. Vamos todos jantar e logo após começamos a falar sobre o motivo desse jantar.
Eu mal conseguia comer e via de relance que Igor, Duda e Valentina também nn.
- Estamos saciados pai.- Diz Igor se levantando.
- Pois bem meu filho pode começar a falar. - Dessa vez a mãe da Valentina exclama depositando o seu talher sob o prato.
- Eu e a Duda estamos namorando a 8 meses e...- Vejo ele engolir seco.- a algum tempo ela descobriu que estava gravida de uma menina... eu vou ser pai.
Silencio. Absolutamente nenhum barulho. Após 2 minutos a Duda começa a gargalhar como se estivesse ouvido a piada mais engraçada do mundo.
- Desculpe...- Ela tentou controlar mas foi acompanhada pela Valentina.- Perdão mesmo senhor e senhora Albuquerque é que... quando eu descobri a gravidez eu nunca imaginaria estar aqui nesse momento.
- Como assim vc ia abortar?- Diz a mãe da Valentina em um tom de voz um pouco mais alto.
- Nn senhora. Quando eu soube eu entrei em pânico, eu e o Igor já havíamos conversado que nn queríamos filho e depois da... enfim, quando eu contei via o mesmo medo que eu tinha nele mas ao contrario do que eu imaginava ele falou que estava feliz, só me pediu um tempo para contar para os senhores sobre a nossa pequena Alana Vitoria.
Silencio novamente. Nn conseguia ler sequer uma linha de expressão dos meus sogros, eles estavam assustados e tentando digerir a informação.
- As pessoas próximas a mim estavam sendo ameaçadas de morte por um homem que quer a minha parte nas empresas do meu pai, por isso eu fugi com as crianças. Era tudo muito perigoso e eu nn podia deixar a Valentina passar por isso. Sei o que eu fiz com ela foi errado mas eu juro que tinha boas intenções... fomos para o Rio de Janeiro e lá tomei um tiro e no meio disso tudo eu e a Valentina começamos a namorar.- Deixo sair tudo que estava entalado na minha garganta.
- Tudo que eu fiz pela Luiza e os sacrifícios que a Luiza fez por mim foi porque além de tudo nós nos amamos. Sabemos que nem sempre será o suficiente mas uma parte de mim sabe que estamos destinadas a ficar juntas, apesar de tudo...- Valentina procura os olhos dos pais.
- Eu nn esperava isso.- Diz o pai da Valentina limpando a garganta.- Nós precisamos de um tempo para processar toda essa informação.
Nada. Nenhum grito. Nenhuma palavra de baixo calão profetizada a nós. Apenas eles levantando da mesa e indo até o escritório. E nós 4 não entendendo nada. 40 min e nada deles voltarem, Any estava no colo da Valentina e vejo ela bocejando
- Amor temos que ir, ela esta muito cansada.- Aponto para a pequena que piscava devagar.
- Será que eles vão sair de lá hoje?- Duda pergunta bocejando também e acalmando a pequena que chutava agitadamente a sua barriga.
- Acho que quebramos nossos pais Valentina.- Igor diz rindo.
- Acho que já vamos mesmo Tico. Any quando nn dorme bem ninguém lá dorme também.- Ela diz se levantando e indo depositar um beijo na bochecha do irmão.
Ouvimos o barulho da porta do escritório se abrindo e os dois saindo de lá, expressão neutra.
- Desculpe fazer vcs esperaram tanto tempo... nós conversamos e apoiamos vcs, apesar de nn ser isso que a gente sonhava para o futuro de vcs dois. Igor meu filho vc é muito novo e esta na faculdade, sabe como direito necessita de dedicação assim como um bebe, mas acreditamos que a Eduarda te apoie vc continuar com seus estudos, assim como ela em algum futuro próximo conseguirá seguir com seus sonhos também. E que esse filho prospere ainda mais a vida de vcs. Luiza e Valentina, o mesmo serve para vcs, filha vc também esta na faculdade esperamos que vc consiga dar 100% de vc e ainda com o apoio de alguém que vc ame ao seu lado. - A matriarca da família se pronuncia.
- Confesso que ficamos um pouco chocados que do dia para a noite a nossa família de 5 foi para 10, mas nós apoiamos vcs. Só queremos que tenham cuidado, principalmente vc Luiza que está passando por um momento tão conturbado e perigoso. Caso precise de alguma orientação jurídica estou aqui.
- Muito obrigada mesmo, eu estou fazendo o possível para que esta situação se resolva o mais breve possível e o mais seguro também. Eu amo a Valentina e eu nunca estaria contraria aos seus desejos e realizações.
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A Arte de começar de novo
FanficApós uma trágica noite, Luiza se vê obrigada a começar de novo em uma cidade no interior junto com seus 2 irmãos. Mesmo sem ter tido contato a 4 anos com seus avós. O destino lhe cruza com a mulher mais bela que seus olhos ja viram. Será que em meio...