A Arte de começar de novo

Não Rotulada

Vcs duas são muito importantes para a nossa historia.- Diz Igor abraçando de lado Duda e depositando sua mão na barriga da mesma.- Nn tem jeito melhor para descobrir o sexo do bebe se não em uma noite chuvosa com as madrinha dele ou dela comendo uma pizza.

Dou um sorriso para eles e eu e Valentina abrimos o envelope onde estava estampado o sexo do bebe...

Logo que vimos sorrimos uma para a outra. Duda estava quase pegando a mão do Igor pq a mão dela já nn havia mais unhas.

- Eu vou arrancar esse papel da mão das duas. Dá para vcs falarem.- Igor diz ansioso.

- É.... uma menina.- Falamos eu e a Valentina ao mesmo tempo.

Igor começa a pular feito um canguru e puxa a irmã para um abraço. Eu e Duda nos abraçamos no chão mesmo.

Após os ânimos se acalmarem eles sentam.

- Vcs ja escolheram o nome da nossa afilhada?- Valentina diz animada.

- Pensamos muito e em como podemos homenagear toda a nossa historia. É a nossa pequena Alana Vitoria.

- Qua lindo o que significa?- Digo emocionada.

- Alana significa Resistencia, Conquista e Vitoria como o nome já diz é vitoriosa. E nossa historia até aqui se baseia nisso, nossa filha é uma resistência e homenageia as dindas dela com o nome "vitoriosa".

Logico já estava em mil lagrimas, Valentina estava pelo mesmo caminho.

- E vcs já marcaram a reunião para apresentar a pequena para os nossos pais?

- Os meus nn precisam.- Digo rindo e sendo acompanhada por Igor. Mas Duda e Valentina só me olham com cara feia.

- Cedo de mais Luiza.- Valentins

Já se passava das 23:00 quando no meio do papo vejo um pequeno ser no meio da escada. Olho para todos e aponto com a cabeça para a pequena Any que observava a gente atenta, aquele assunto definitivamente nn deveria ter plateia por uma criança. Todos cortam o papo e continuamos a observa-la, que permanecia sentada e me encarando.

- Teve pesadelos meu amor?- Any me olha e nega com a cabeça. Ela recebe aquela interação como um convite e se aproxima de mim e se joga no meu colo.

Sua mão vai direto para dentro da minha blusa. Any poderia ter desmamado mas a sua mão sempre que estava doente buscava o conforto do pele a pele.

- Caramba vc esta pegando fogo.- Todos colocam a mão na testa da pequena comprovando a minha teoria, ela estava com febre, eu levanto em um pulo.

- Fica aih amor. Vou pegar a caixa de primeiro socorros.

Me sento novamente e vejo Duda observando assustada.

- Ela vai ficar bem Duda, torcemos para que seja apenas uma virose e que só ela tenha pego.

- Mamãe. Dodoi.- A pequena aponta para a cabeça.

Olho para a ponta da escada novamente e vejo Jhony parado também. Ótimo momento para todo mundo ficar doente.

- Vc tbm ta com dor meu amor?- Ele acena com a cabeça e vem para o meu lado.

Duda e Igor se despedem para que possamos cuidar das crianças. Medimos a febre e Jhony estava com 38.9 e Any 39.

- Luiza a febre esta muito alta.- Valentina diz preocupada, ela estava com o Jhony no colo.

- Já mediquei eles Valen. Só basta a gente dar um banho gelado. Subimos com as crianças e enquanto a Valentina dava um banho na Any eu orientava o Jhony que chorava devido o frio.

Foi um verdadeiro caos. Após tudo isso elas foram dormir na cama com a gente. E minha cabeça nn parava, o relógio marcava 2:45 e estavam todos apagados.

Levanto da cama e vou para a varanda do quarto. A brisa que corria pelas arvores era gelada apesar de estar sendo um pouco incomodo ainda estava me permitindo relaxar. Minha cabeça ainda voltava a permanecer no assunto "e se a Valentina por me amar acha que tem a mesma obrigação que eu tenho pelas crianças" e se eu estiver sendo injusta com ela e seu futuro?.

- Poxa papai e mamãe vcs podiam me dar uma ajudinha.- Digo olhando para as duas estrelas que brilhavam e se destacavam mais que os outros.

- Esta tudo bem Lu?- Tomo um susto olhando para trás e vendo uma Valentina com uma cara amassada me olhando.

- Vc quase me infartou Valentina. Por um momento achei que eram meus pais me respondendo.- Ela da uma risadinha e senta no meu colo. Ela abraça meu corpo e se aconchega por ali mesmo, ao mesmo tempo ela tomava o maior cuidado para que eu nn me machucasse.

- Te acordei?

- Acabei me acostumando com o seu calor na cama, foi difícil continuar a dormir sem vc lá.- Ela boceja do jeito mais fofo possível, o que me tira um sorriso verdadeiro.

- Desculpa... minha cabeça nn me deixa dormir.

- Aconteceu algo? Medi a febre das crianças e esta em 37.6 dos dois.

- Nn é só isso... eu só estava pensando em como vai acontecer as coisas depois que todo esse caos acabar.

- Esta preocupada com a gente?- Ela fazia carinho no meu rosto enquanto eu continuava a observar aquela escuridão de arvores.

- Sim... Vc promete que quando as coisas nn funcionarem mais vc me avisa? Ou se vc se sentir sobrecarregada por algo em relação a como as coisas estiverem fluindo... eu só tenho medo de que vc veja o quanto essa realidade de cuidar de criança é difícil e veja que nn é isso que vc quer para o seu futuro.

- Confesso que no começo isso me assustava Lu, mas se tornou tão natural e vc + as crianças tornam tudo mais leve e mais feliz. Do mesmo jeito que eu aprendi a te amar uma parte de mim criou um amor por eles também... a rotina será difícil Luiza, mas eu prometo dar o meu máximo por vcs pela nossa família.- Eu retribuo o sorriso que ela estava nos lábios.

- Nossa família é?

- Sim meu amor. Vcs terão que me suportar por bastante tempo, só saio daqui expulsa.- Ela me deu um selinho e se levantou.- Agora vem para dentro Luiza, está muito frio aqui fora. Já basta as crianças doentes vc precisa estar na linha de frente para combater esse virus, por isso, vc nn pode adoecer.

Me levanto e acompanho ela até a cama.

Na manhã seguinte sou acordada com um monte de beijos. Abro os olhos e vejo um lindo café na cama.

- Olha mamãe a gente te fez café da manhã.- Vejo os três sorrindo.

- A gente nn entrou em um consenso do que iria fazer então a gente fez tudo que os ingredientes da cozinha permitiam.- Valentina fala ajeitando Any e o Jhony para que nós três possamos tomar café juntos.

- Muito obrigada eu amei.- Eu abro os três e começamos a degustamos o café juntos.- Escutei o telefone tocando de manhã esta tudo bem?

- Esta sim era o Igor, ele ligou para avisar que marcou a reunião com os meus pais para anunciar a gravidez. Ele disse que esta morrendo de medo..

- Vc acha que deveríamos anunciar...tudo isso?- Nn sabia como definir o que estávamos vivendo.- Ou deixamos esse momento para eles e marcamos outro dia? Valentina parecia estar pensativa. As crianças prestavam atenção no desenho que passava na televisão.

- Podemos perguntar para eles. Mas se vamos anunciar precisamos definir o que é isso...

- Mas prometemos na praia que nn iriamos rotular. Estamos em uma linha de ficantes até casadas.

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