𝐏𝐨𝐧𝐭𝐞𝐬 𝐈𝐧𝐝𝐞𝐬𝐭𝐫𝐮𝐭𝐢𝐯𝐞𝐢𝐬, Augusto Akio

彡 ೃ🛹 ‧₊𝟎𝟎𝟎:𝓟rólogo

🤹 ׁ꒲𝗖𝗛𝗔𝗣𝗧𝗘𝗥 𝗢𝗡𝗘,
¡𝑵𝒆𝒘 𝑯𝒐𝒓𝒊𝒛𝒐𝒏𝒔!🎪⨾࿐ྂ

 ❝Buscando um novo rumo que faça sentido nesse mundo louco❞

2019

A movimentação ao redor do terreno era intensa, com famílias se divertindo enquanto aguardavam ansiosamente sua vez na fila. A música ecoava dos alto-falantes, enquanto algodão doce, bebidas e pipocas circulavam de um lado para o outro. Animadores faziam o possível para que todos se sentissem em casa.

Do outro lado do estacionamento, ela observava a cena com um misto de expectativa e inquietude, em um pequeno cubículo que chamava de quarto. Estava pronta há tempos, esperando o show começar. Tinha adiantado suas tarefas, ajudado na cozinha e na montagem, dando o seu melhor, pois sabia que era tudo o que lhe restava.

— Hoje tá mais cheio. — Uma voz masculina se fez presente no ambiente, era seu pai, Henry.

— Todos os dias. — Contradiz Melina. — Não deveria estar de olho no Miguel? Ele não é muito confiável em ficar sozinho nas motos. — Menciona seu irmão, enquanto abraçava mais o casaco que estava em sua volta.

— Eu vim te dar boa sorte. De novo. — Abraça a filha, ambos ficaram abraçados por bons segundos. — Sabe, eu sei que você não queria ouvir sobre esse assunto mais uma vez. — Melina resmunga. — Eu e a sua mãe vimos que tem um torneio de skate nessa cidade durante o período que estamos aqui. — Melina o observa. — Seria legal se você estiver lá, Miguel certamente vai querer se inscrever. Sabe, nunca é tarde para retornar.

— Eu sei. — A garota faz uma pausa. — Mas eu realmente preciso de um tempo, foi uma coisa muito repentina.

— Sem pressão, só queríamos ver seu sorriso e determinação que nem era no skate novamente, sabe? — Ambos sorriem. — Agora vá! Está anoitecendo.

Apesar da apresentação ter sido linda e rápida, Melina não conseguia evitar o nervosismo diante da multidão. Ela fazia parte dos acrobatas e, ocasionalmente, se juntava ao grupo de malabaristas, embora sua verdadeira especialidade fosse a acrobacia. Era a primeira vez do ano que o circo se apresentava na cidade, e o público encheu a grande tenda de risadas e aplausos calorosos.

Na mesma noite, Melina permaneceu para ajudar a limpar o local. Mesmo com um público respeitoso que cuidou do próprio lixo, os trabalhadores se esforçavam para deixar tudo impecável para o show do dia seguinte.

— Nosso pai já deve ter contado para você. — Miguel falou primeiro, ambos estavam deitados na grama, pois ainda era verão e naquele dia foi um dos mais quentes do ano. — Eu vou competir. — Melina sorriu pela vontade do irmão. — Eu gostaria que você fosse, sabe? Para conhecer novas pessoas, um novo ciclo. E também para que eu me ache tendo uma irmã que nem você.

— Cara, você é o garoto do Globo da Morte, você só mesmo atrai uma multidão. Eu vi as garotas aplaudindo olhando para você. — Ri quando o irmão cora. — Eu vou dormir se não eu fico até amanhã comentando com você sobre esses olhares, viu? — Se despede indo para o seu trailer.

Ela acordou cedo, antes mesmo do sol nascer. Não sentindo mais a necessidade de dormir, levantou da cama para se preparar para sair e visitar a cidade. Vestindo um conjunto de calça e casaco da Adidas preto e branco, juntamente com uma regata banca e calçando tênis da mesma marca. Procurando por algum meio de locomoção, Melina apenas encontrou o seu surrado skate.

O sol já havia nascido quando a brisa quente começou a soprar, trazendo consigo o som dos pássaros, que iniciavam suas cantatas matinais. Como um coral sincronizado, os carros aqueciam seus motores, marcando o início de mais um dia útil da semana.

Ela notou os caminhões atravessando a rodovia e, intrigada pelo movimento incomum, decidiu satisfazer sua curiosidade. Não lembrava de ter visto nenhuma divulgação sobre eventos na área.

Ao se aproximar, o som explosivo de "Break Stuff" e a visão de pessoas indo e vindo em seus skates deixaram claro do que se tratava: um evento de skate estava em pleno andamento. As pessoas olhavam para a pista maravilhados, o som das rodas dos shapes pareciam ganhar do som da música, jovens em todos os lados, determinados em entregar o melhor deles.

— Ei moça! — Uma voz feminina animada a chamou. — Você vai competir? — Indaga. Era uma garota com pele bronzeada e cabelos ondulados, vestida com um estilo parecido com o de Melina.

— Eu só tô aqui de visita. — Melina responde educadamente, tanta do manter o tom por causa do barulho.

— Se você não tiver ninguém para ficar com a gente.  — Ela a convida. — Sou Isabela a propósito.

— Melina. — Acena com a mão. — Tem certeza que posso ficar com vocês? Não quero ser um encômodo nem gerar um clima.

— Certeza absoluta! — Engancha o seu braço com o de Melina. — O pessoal e super gente boa, adora conhecer gente nova. — A conforta. — Pessoal, essa é Melina, ela veio de passagem então vamos mostrar para ela como somos fera na torcida e no skate!

— Esses eventos acontecem com frequência? — Melina indaga após se enturmar perfeitamente.

— Depende da vontade do prefeito, sabe como é. — Um garoto a responde rindo da menção do político.

— Mas você é de qual cidade? Não reconheço o sotaque. — Uma outra garota questiona.
— Sou de todos os lugares. — Responde simples. — Mas eu fiquei um longo tempo em São Paulo. Vocês vão competir?

— Hoje não, estamos aqui na torcida de um amigo nosso. — Outro garoto responde. — Ele se chama Augusto, é gente boa também. — Sorri. — Ele já vai se apresentar, pessoal. — Ele chama o restante do grupo assim que olha o celular.

Vai na fé mesmo🙌

Sinto que isso vai flopar que nem o restante das minhas histórias aaaa