🎪 ׁ꒲𝗖𝗛𝗔𝗣𝗧𝗘𝗥 𝗧𝗛𝗥𝗘𝗘,
¡𝑰𝒏𝒆𝒙𝒑𝒍𝒊𝒄𝒂𝒃𝒍𝒆 𝒅𝒂𝒚𝒅𝒓𝒆𝒂𝒎𝒔!🤹⨾࿐ྂ
"Marés me agitam por dentro
Amor, eu sou enérgica
Sinto febre numa onda de choque"O sol mal havia nascido direito e podia-se ouvir as rodas de um skate solitário dançando na pista, os pássaros começavam a cantar. Com a brisa gélida de um verão marcando uma tempestade para vir, ela não se preocupou em tomar um banho de chuva, ela só tinha que esvaziar o pensamento intrusivo de sua mente e ficar mais leve.
Sentada na beira da pista, ela pensava novamente naquilo que passou, suma mente ainda está presa em algo insignificante que aconteceu. Melina não tinha muito tempo, após as nove da manhã, começava o aquecimento para o próximo espetáculo, seria um de seus últimos na capital paranaense.
— Melina. — A citada vê sua amiga, Victória, preocupada com ela ao entrar no local de treinamento. — Cê tá bem?
— Eu só tô um pouco quieta mesmo. — Mente. — Vai ser a mesma rotina hoje? — Troca de assunto.
— Sim, a Aline melhorou hoje, alguém vai ter que ficar de reserva. — Melina assente.
Melina ficou mal por mentir para a amiga, Victória era sua melhor amiga desde os seus primeiros passos, a garota exalava uma beleza indígena única, seus longos cabelos e sua franja era a marca registrada dela. Ambas apoiavam-se em qualquer situação, naquelas em que ambas gostariam de ser ajudadas ou em que não achavam soluções.
— Você não estava conversando com aquele garoto lá? Que estava aqui mês passado? — Victória é a primeira a questionar enquanto ambas se arrumavam.
— Sim, ainda estamos conversando. — Responde enquanto preparava seu penteado. — Mas não é isso o que você está pensando, somos só amigos que se encontraram um no outro. — Nega vendo o sorriso canteiro da amiga. — E você? Está conversando com alguém? Encontrou amigos por aqui?
— Nada disso, você me passou a perna mais cedo e não vai fugir agora. — Ri balançando a cabeça enquanto se maquiava.
— Mas eu não tenho nada de imperdível para contar. — Faz um beicinho.
— Ai, sério Lina? Eu já te disse, você não vai incomodar ninguém se mandar uma mensagem ou chegar mais perto. — Avisa com calma.
— Mas na prática não é tão assim não. — Reclama concentrada no delineado. — Por que a gente tem que fazer isso? Vai estar escuro mesmo. — Reclama removendo o delineado.
— Você não gostaria de ver certo alguém com essa cara amassada não eh? — Suas bochechas ficam coradas, para seu azar, Melina não passou o blush antes de tudo. — Não adianta negar, você fez a mesma coisa comigo e deu certo. — Gira na cadeira. — Você não pode ser tão tímida assim. Seja você mesma sem medo, não fique desconfortável. — Olha atentamente.
— E se nada acontecer como você esta falando? Como eu fico? — Diz triste aplicando o rímel.
— Lina, você tem apenas dezenove anos! Ainda tem muito tempo pela frente. — Conforta. — Eu vou estar de reserva hoje, boa sorte. — Sai do camarim.
Entre as milhares de semelhança que ambos tinham era a timidez para tomar alguma iniciativa. Demoravam para puxar o assunto e quando puxavam a hora de ir para seus respectivos lares já estava chegando.
Não demorou muito para que Melina terminasse de se maquiar e vestir um abrigo, por garantia que não iria sujar o collant. Ela saiu em direção ao seu trailer compartilhado com o irmão, e se deparou com risadas vindo do lado de fora, e viu figuras de Victória, seus pais, outros conhecidos e também viu a figura de Augusto animada segurando três claves.
— Melina, achamos alguém para te substituir agora. — Victoria ri enquanto vê a figura da amiga se aproximar.
— Augusto não sabia que você era acrobata! — Melina ri.
— É, se eu fosse você iria me cuidar. — O garoto vai na onda da citada anteriormente.
— Então eu posso ir nos malabares. — Contradiz.
A conversa fluiu até o horário do espetáculo começar, com Augusto indo para a plateia e Melina aquecendo e treinando o seu número. Ela viu o brilho eufórico vindo do amigo, que viu o trio de malabaristas lhe passarem dicas válidas, já que a mesma havia dito que faria os malabaristas orientarem o jovem pois ela não era tão profissional no número.
— Você foi ótima hoje. — Ele diz ou chegar perto da garota sentada na grama perto da tenda.
— Espero que não tenham dito minhas negatividades para você. — Ri se lembrando da situação anterior.
— Eles falaram muito bem de você. — Ri confortando a jovem. — Nunca tive amizade com alguém do circo, como é fazer o que você faz?
— Depende do dia. — Resmunga. — Às vezes a preguiça diz mais alto, mas é normal.
— Seus pais já eram do ramo? — Indaga enquanto seus olhos não saem da jovem olhando para a Lua.
— Sim, meu pai era de um outro circo, meio que os dois circos se uniram depois. — Retira um sanduíche de uma bolsa. — Quer um? — Ele aceita, por gentileza. — E você, skate sempre presente na vida?
— Desde os sete. Meu primeiro skate foi aqueles baratinhos, minha mãe achou que no início era só bobeira minha. — Informa.
— E o que você achou dos malabaristas? Eles te ensinaram direitinho? — Seu tom é curioso.
— Eles me falaram que você fazia malabares junto com eles. — Ri.
— Eu fiz por um tempo quando menor, quebrei meu pé e fiquei longe do trapézio por um tempo. — Diz nostálgica. — Se você me achou uma professora boa, posso te ensinar a fazer com facas ou até fogo, é bom para manter a mente ocupada. — Olha atentamente para o amigo. — Eu não vou ficar muito tempo na cidade, mas você me disse outro dia que aprendia comigo, mas com uma condição, qual?
— Promete que não vai ficar brava se eu te perguntar algo? — Ela nega curiosa. — Por que você parou de andar de skate?
- quero opiniões, sempre serão bem vindas!
- teorias, comentários?
- amo vcs, guerreiros que curtem a história, estão todos no meu heart💕
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝐏𝐨𝐧𝐭𝐞𝐬 𝐈𝐧𝐝𝐞𝐬𝐭𝐫𝐮𝐭𝐢𝐯𝐞𝐢𝐬, Augusto Akio
RomansaOnde Melina encontra um novo motivo para praticar aquilo que mais ama.