Revendo nossas mensagens,
o tempo insiste em me pregar peças.
Me sinto tola, perdida nas lembranças,
incapaz de apagar o que não cessa.
Não adianta o que eu faça,
o passado se recusa a partir!
Não quero lembrar, pode me trancar.
meu coração precisa de um alívio, um fim.
Pede alguém pra te ajudar,
pois não quero mais me machucar,
nem te ferir com esse amor perdido.
Que insiste em se esconder no fundo do meu olhar.
Eu preciso de você,
mesmo que agora sejamos estranhos..
Dois corações distantes, desencontrados,
lutando contra as sombras do que um dia fomos.
É estranho como a vida nos separa,
mesmo quando ainda há tanto a dizer,
os silêncios entre nós são pesados,
como um abismo que não posso atravessar.
Mas eu me agarro às memórias,
como quem segura areia nas mãos,
vendo tudo escorrer entre os dedos,
impotente diante do que já não pode ser.
E, mesmo assim, me pergunto,
será que um dia voltaremos a nos encontrar?
Ou estamos destinados a vagar,
como fantasmas do que um dia amamos, sem rumo, sem lar?
Não quero mais viver nessa incerteza.
Nem carregar o peso do que não foi.
Mas o medo de te perder para sempre
me prende, me sufoca, e já não sou quem fui.
Eu preciso de você,
mesmo que agora sejamos estranhos,
mesmo que nossos mundos se afastem,
ainda sinto o eco do seu nome em meu peito.
Mas talvez seja hora de aceitar,
que às vezes o amor precisa se despedir,
mesmo que a dor nos consuma,
e o vazio nos acompanhe até o fim da linha.
Somos estranhos novamente,
dois desconhecidos num mar de saudade,
mas, por mais que tente,
não consigo te apagar da minha realidade.
E talvez seja porque, no fundo,
você nunca realmente foi meu.
