Você me chamou, e eu fui,
não por saudade, nem desejo,
apenas o tédio me guiou,
em passos sem rumo, sem pressa.Rimos e falamos de coisas banais,
assuntos que dançavam fora do comum,
como se o mundo girasse devagar
sob a luz de uma noite qualquer.Mas então, sua voz se fez firme,
e, do nada, a verdade saltou:
"Estou presa na sua mente,
e por mais que eu fuja, não posso escapar."Olhei para você, mas meu peito já era vazio,
te esperei tanto que o cansaço tomou conta,
e, no entanto, borboletas despertaram
em um espaço onde não mais existiam.Você disse que o peso te deixou,
um alívio suave em suas palavras.
E eu, meio boba e quieta,
te segui com o olhar até a porta.O silêncio se estendeu,
e antes de ir, você me deu
um beijo na testa,
como um adeus que não pediu para ficar."Mas, e ela?" Isso continuou na minha cabeça.