Voltou para os meus braços,
Mas por que ainda estou vazia?
Seu nome ecoa no peito,
Mas a saudade não se alivia.
“Você voltou, mas por que parece que falta algo?”
Quatro meses se passaram,
E ainda sou só metade,
Te faço minha prioridade,
Mas você, será que me tem de verdade?
“Eu te coloco na frente de tudo, mas será que sou apenas mais um detalhe?”
Diz que precisa do meu abraço,
E isso me aquece a alma,
Mas sua ausência foi tão constante,
Que o vazio já não se acalma.
“Você disse que precisa de mim, mas por que sinto que você nunca está por completo?”
Estou aqui, te esperando de novo,
Mas sinto que algo se perdeu,
Será que ainda somos os mesmos,
Ou será que já nos despedimos sem saber?
“Te reencontrar deveria ser o fim da saudade, mas tudo parece igual, inacabado.”
O tempo nos moldou, nos afastou,
E agora, quem somos?
Esse amor que nos conecta é forte,
Mas também estranho, meio torto.
“Você sente essa confusão também, ou sou só eu que me perco em nós?”
O medo bate à porta, e eu abro,
De mãos dadas com a esperança,
Teu toque ainda me acalma,
Mas será que o tempo nos cansa?
“Por que, quando estamos perto, sinto que ainda estamos tão longe?”
Entre a falta e o que resta,
Somos os mesmos, mas diferentes,
Nessa dança entre o passado e o agora,
Nosso laço é forte, mas pendente.
“Eu tenho medo de que, no fundo, já tenhamos nos perdido... sem perceber.”
