Capítulo 20

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AUTORA NARRANDO.

Julieta estava tremendo. Não era pra ter deixado a Carolyna ter saído viva
do seu ataque. Ela brincou com o perigo. Mexeu com fogo, e agora seria queimada! Tinha que ir embora. Não mediu o peso de suas atitudes, não queria sofrer o peso das consequências.

Iria fugir. Já bastava a polícia atrás de si, não queria a Carolyna também na sua cola. Socou as roupas dentro de uma mochila. Pegou algumas cédulas de dinheiro e também a sua identidade falsa. Isso dava para lhe manter por uns dias. Iria embora dos Estados Unidos. Iria para o México, sumiria da face da terra. Ninguém a encontraria.

Saiu do apartamento em que estava escondido. Olhou para os lados. Não tinha ninguém. O bairro não era seguro, era repleto de malandros e pessoas ruins. Achou horrível ter sido submetida á isto, mas era o único lugar que alugavam apartamentos sem muitas perguntas.

Andou apressada até o seu carro. Abriu a porta do passageiro e jogou a
sua mochila dentro. Tinha tomado um analgésico para a sua testa que tinha cortado quando o motoqueiro maluco a empurrou contra a janela. Se não fosse o motoqueiro, a Carolyna estaria morta.

Aquela mulher era um perigo para a sociedade, tinha que ser eliminada o quanto mais rápido. Porém, isso não ficaria mais nas mãos de Julieta. Que outra pessoa tentasse, ela só queria fugir do radar de Carolyna.

Fechou a porta do seu carro, e um grito escapou da sua garganta quando viu o reflexo da pessoa atrás de si. Antes que pudesse fugir, a pessoa lhe prendeu. Manteve um braço enlaçado em sua cintura, e a outra mão tampou a sua boca e nariz com um lenço úmido com uma substância muito forte.

Julieta se debateu, porém, a pessoa estava com mais força que ela. O cheiro da substância estava lhe deixando tonta e enfraquecida. Mas antes que pudesse desmaiar de vez, arranhou fortemente o seu agressor no braço, ainda escutou um resmungo de dor do mesmo. Então, desmaiou...

(...)

Um jato de água gelada despertou a
Julieta. Ela tossiu, á água tinha entrado pelas suas narinas e estava queimando. De primeiro, ficou desnorteada, não soube onde estava até que a sua mente ia clareando. Tinha sido capturada! Tentou se levantar, porém, não conseguiu, estava presa em uma tábua desconfortável em formato de cruz.

O seu corpo estava preso seguindo o designer da tábua, então, os braços abertos e as pernas retas com os pés cruzados.

- Socorro. - Julieta gritou e tentou se soltar, mas em vão.

- Pode gritar á vontade, ninguém vai lhe escutar, gracinha. - O agressor surgiu em sua frente. Ele estava com um macacão preto, e também de luvas. Julieta arregalou os olhos ao vê-lo. Engoliu á seco, e sentiu muito medo.

- Por favor, não me faça nada. - Julieta chorou. - Eu juro que se me soltar, eu vou embora e você nunca mais me verá.

O agressor deu uma risadinha.

- Você está certa em apenas uma coisa: Eu nunca mais verei você.

As suas mãos estavam ocupadas. Uma segurava um martelo, e na outra, enormes pregos. Julieta entrou em pânico ao ver aquilo.

- Não! - Gritou se debatendo. - O que você vai fazer? Por favor! Perdoe-me, eu não queria. -  As lágrimas caiam dos olhos dela.

- Errado: Você queria. Ah, se queria. - Aproximou-se mais dela, e ficou de frente. Ele a olhou com nojo. - Vamos purificar os seus pecados antes de você partir para glória?

- O que? Não! - Julieta berrou. - Não! Não!

O agressor começou a assoviar. Ignorando a gritaria de Julieta que se tornou constante. Era irritante aquela voz, mas estava gostando de ouvi-la implorar. Era em vão, não iria soltá-la.

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⏰ Última atualização: Aug 15 ⏰

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