Capítulo 18

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Uma obra de arte. Tenho que admitir que
o meu lado criativo fosse maravilhoso. Contemplei a minha obra com admiração, mas não por muito tempo, alguém poderia chegar ou me ver. Fui embora a passos apressados, o dia estava clareando e era muito arriscado. Cheguei á minha casa quase uma hora depois. Estou exausta. Minha escapula tinha recomeçado a doer, e também o meu ânus. Como Priscila tinha prometido, eu sentiria dificuldade de andar, ela estava certa.

Fui diretamente para a área de serviço, retirei as luvas negras e joguei dentro da máquina para lavá-la. O sobretudo de Igor que estava no cesto da roupa suja me chamou atenção. O peguei e cheirei, sentindo um forte perfume que não era do meu marido. Eu conhecia aquele cheiro... De quem?

Vasculhei os bolsos em busca de alguma coisa, mas não encontrei absolutamente nada.

- Procurando alguma coisa? - Igor perguntou atrás de mim, me assustando.

- Por Deus! Você me assustou. - Retruquei
e joguei o sobretudo dentro da máquina
de lavar. - Estava olhando os bolsos antes
de colocar para lavar, você tem mania de deixar dinheiro e relógio dentro dos bolsos. - Inclinei-me e peguei o sabão em pó, derramei na máquina.

- Tinha me esquecido que você é uma esposa muito abdicada. - Igor falou com ironia, passou as mãos em meus braços e subiu para os meus ombros, á próxima coisa que senti foi um beijo em minha nuca.

O meu corpo se arrepiou involuntariamente. Não sei o que ele estava querendo em ser carinhoso. Talvez, quisesse desviar a minha atenção. Eu não esqueceria o cheiro desse perfume tão conhecido. Ele colocou os meus cabelos para o lado e roçou os lábios em minha pele.

- O que foi isso em sua escapula? - Perguntou-me com a voz espantada.

Desvencilhei-me de suas mãos e me virei para frente, o olhando diretamente nos olhos. Ele parecia realmente preocupado comigo. Coisa que muito tempo não fazia.

Igor estava usando apenas um samba-canção. O seu peitoral estava exposto, o meu marido malhava nas horas vagas, então, os seus músculos eram firmes e bonitos de se ver. Em outro momento, ficaria babando naquela imagem. Hoje, é irrelevante aos olhos.

- Um acidente estúpido de trabalho. - Respondi sem entrar em muito detalhe. Não tinha pensado em uma mentira boa para isto.

- Mas você está bem? - Igor ainda me olhava.

- hum.

Ele sorriu, sua expressão ficou aliviada. Então, voltou a tocar em mim, nas laterais do meu corpo e segurou-me firmemente. Roçou a sua barba em meu pescoço e soltou um beijo em minha jugular, enquanto, as suas mãos começaram a passear livremente pelo o meu corpo. Não demorou muito para eu entender o que ele estava querendo.

- Igor... - Tentei me soltar dele. - Eu estou cansada e... - Ele não me deixou terminar porque colocou um dedo em meus lábios para que eu calasse a boca.

Sua mão subiu até meu ombro, deslizou a alça do meu vestido e depositou um beijo em minha pele.

- Faz tanto tempo que não fazemos nada.
Estou com vontade de amá-la e vou fazer
isso. - Ele murmurou, dando uma mordida um pouco forte em meu ombro.

Eu não queria ser amada por Igor. Eu
não queria mais nada com ele. Porém, não o impedi de fazer o que quisesse comigo. Estava esgotada da luta corporal com Priscila, não tinha energia para lutar contra o meu marido. Suspirei e virei a minha cabeça para o lado. Igor interpretou isso como um passe livre.

Não me beijou. Apenas abaixou a parte de cima do meu vestido, expondo os meus seios. Roçou a barba em meu mamilo, um por um, e depois um beijo grosseiro. Os meus mamilos incharam-se. Eu tinha prazer nos meus seios, e independente de ser Igor ou outra pessoa que tocasse, eu sentiria prazer de qualquer forma. Soltei um leve gemido por isto.

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