The Price Of Flesh (Ren)

〔Mix de sentimentos〕

⚠️ATENÇÃO⚠️
Esse capítulo contém tópicos sensíveis, como: abuso sexual e algumas cenas adultas, caso não se sinta a vontade por favor não leia!

Boa leitura <3

Ainda na mesma noite, você se deu conta de que mal conseguiu pregar os olhos, ainda encolhido(a) na cama de forma depressiva e com a dor das costuras queimando em seu corpo, da sanidade baixa corroendo sua alma, se você tivesse força o suficiente concerteza quebraria a cerâmica da privada de seu cativeiro e cortaria o próprio pescoço, doeria menos do que continuar vivo(a) no final das contas. Em meio à aquele turbilhão de pensamento em sua cabeça a porta se abriu, te fazendo congelar no lugar fingindo estar dormindo, escondendo seu corpo nos finos lençóis que lhe foram oferecidos e rezando para que ele fosse embora e te deixasse em paz, aqueles passos lentos e pesados se aproximando enquanto a porta de aço se fechava atrás do mesmo, você tentando ao máximo regular sua respiração acelerada para esconder seu estado desperto e alerta.
Um som de vidro sendo colocado no chão pode ser ouvido e logo Fox se abaixou ao seu lado, olhando para baixo e não parecendo notar nada estranho em você, gentilmente puxou seu lençol para baixo, revelando seu corpo fragilizado e frio, mexendo em sua carne sem roçar as unhas afiadas na tentativa de não te machucar antes da hora, e vendo as feridas ainda abertas ou tratadas de mal forma ele começou a cuida-las mais uma vez, porém longe das câmeras.

O soro gelado em contato com sua pele te fazia suspirar baixo, não de dor, mas sim de alívio, você precisava daquilo e finalmente pode receber um pouco de tratamento adequado daquele homem cruel, mesmo que ele fazendo curativos com gaze e esparadrapos doesse um pouquinho mais que o desejado. Mesmo dando seu melhor em sua atuação de pessoa apagada, ele pareceu notar e começou a falar:

– Você sabe que fingir dormir não vai me fazer ir embora, não? — comentou com sua voz em um tibre suave, que invadia seus ouvidos e te fazia querer gritar e agredi-lo, mandando-o ir embora e te deixar em paz pelo resto da semana, do mês, do resto de sua vida.

– ... Eu sei.

– Por que sua voz parece tão sensível? Mal te machuquei hoje.

– Mas você vai, gente do seu tipinho sempre faz isso. — Sua voz estava irritada e seu cenho se mantia franzido, mas isso não impediu Fox de abanar a longa cauda dele pelo chão, varrendo a poeira para longe.

– Você que escolheu vir comigo, a culpa é sua, eu não te forcei a nada em momento algum. — Ele se inclinou em sua direção, com um sorrisinho nos lábios e com as presas à mostra. – Se você tivesse ido com o Derek ou até mesmo com a Celia, eles já teriam te feito de boneca a muito tempo, você é apenas um gato assutado e beem dramático(a)... — Disse ele passando os dedos em sua bochecha, afastando o cabelo de seu rosto e colocando atrás de sua orelha, e isso faz seu sangue ferver, um mix de emoções explode dentro de si, raiva, dor, ansiedade... Tudo contribuiu para que você se virasse, se sentasse no colchão e empurrasse ele para longe de você com a maior força que conseguisse, mesmo não sendo muita.

– Saia de perto de mim! Você é repugnante em todos os aspectos, não importa se eles me fariam de escravo sexual ou qualquer merda que você esteja insinuando, essa porra toda continua desumana! — Você grita, fazendo o sorriso do rosto dele sumir por um momento, enquanto ele te olhava fixamente. Seu sangue gelou sabendo que havia cometido um erro terrível, mas para sua surpresa ele não fez nada, o que era ainda pior.

– Decidiu ficar rebelde do nada? Interessante no mínimo... — Fox se debruçou por cima de você novamente, te prendendo contra a parede com as mãos em seus ombros, com as garras afiadas ameaçando perfurar sua pele. – Já te disse o quão fascinante você é para mim? Tudo em você me atrai, sua rebeldia, seu ódio de tudo, sua obediência ocasional, você consegue ser uma criatura maravilhosa mesmo com tantas imperfeições óbvias que vão contra tudo que eu prezo, mesmo tentando me machucar e falhando miserávelmente é tão divertido te ver tentando, acho que gosto muito da sua infelicidade...