PERDOANDO O ADEUS

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Música: Perdoando O Adeus - O Teatro Mágico

Dessa vez não guardei as fotos para mim em segredo, fui a polícia com o Liam e entreguei as fotos. Eles pediram detalhes do rosto para fazerem um retrato falado, mas estava escuro e eu só pude ver aquele sorriso assustador. Me arrepio só de lembrar, aqueles dentes amarelados. Não consegui dormir sozinha naquela noite e acabei dormindo com a Tia Laura, o que veio a ser uma má ideia visto que ela se mexia muito na cama.  Contei ao Harry, mas pedi que ele não ficasse preocupado e que continuasse a turnê, e afirmei que estava segura. Do mesmo jeito ele mandou Paul para ficar como meu segurança particular, era estranho e legal ao mesmo tempo.

Ele me seguia a todo lugar e sempre que oferecia comida a ele, ele negava, mas eu forçava ele a comer dizendo que se ele não comesse eu ia dizer ao Harry que ele não estava fazendo seu trabalho direito. Estava agora tomando café para ir ao local do desfile, como Tia Laura me encarregou de tudo, queria chegar o mais cedo possível para me certificar de que tudo sairia conforme o planejado. Como Paul sabia dirigir, peguei o carro da Tia Laura emprestado e ele me levou até o local. Lá ninguém estava parado, e nem podia, todos corriam com as coisas para deixar tudo pronto para mais tarde. Peguei meu crachá e uma pequena prancheta, aonde eu ia Paul ia atrás, e assim eu passei o dia. Verificando tudo que chegava, o bufet, a floricultura que ficou encarregada da decoração do local, a iluminação, o palco, o som, tudo.

Faltando uma hora para o desfile começar parece que tudo começou a dar errado, algumas modelos simplesmente não cabiam nas roupas, e o costureiro estava fazendo de tudo para ajeitar, ajudei algumas a se arrumarem e assim que ia para casa tomar uma ducha e voltar, Clara a assistente principal da Tia Laura, avisou que chegaram mais algumas coisas e que eu precisava assinar. Isso significava que precisava ir até os fundos do local para assinar e pegar o que fosse que tinha chegado, Paul vinha na minha direção quando eu o parei.

Não, pode deixar que eu vou. É coisa rápida não precisa ir comigo, só vou assinar e já volto. Fica aqui e ajuda as meninas por favor! - Afirmei e ele ainda receoso concordou e se voltou para as modelos. Rodei sobre os meus calcanhares e caminhei em passos largos até os fundos do galpão, abri uma porta e percebi que tinha saído. Ali era um pequeno beco que de um lado estava uma parede e do outro um carro, atrás do carro a avenida. Estranhei e quando estava para voltar pra dentro, um pano foi colocado na minha boca e quando fiz mensão de me mexer, meus braços já estavam presos. E a última coisa que escutei antes de cair no inconsciente foi uma voz feminina dizendo: "Isso não acabou aqui"

Minha cabeça doía, e eu sentia que ela iria explodir a qualquer momento. Tentei abrir os olhos para ver onde eu estava mas eles pesavam demais, fiz um esforço e consegui abrí-los. A primeira coisa que vi foi o escuro, o negro, a escuridão me tomou e por um momento pensei estar cega. Mas ai uma porta se abriu e alguém acendeu a luz do local, era como uma sala gigante, móveis velhos e empoeirados, não havia janelas, olhei pelo meu corpo e percebi que estava com as roupas de hoje mais cedo, ou foi ontem? Não sei, eu não fazia a menor noção de onde estava, e por quanto tempo estava ali.

Tentei me mexer mas minhas mãos estavam presas atrás da cadeira em que eu estava sentada, assim como os meus pés. Olhei para a frente quando uma voz conhecida soou pelos meus ouvidos.

Bom dia bela adormecida - Olhei para a frente e vi quem eu menos queria.

Taylor. - Falei com os dentes cerrados, queria me soltar dessa cadeira e bater nela. Mas não tinha forças para isso, parece que sugaram toda a minha energia. - O que você fez comigo? O que você quer? Por quanto tempo estou assim?

Uou uou! Tantas perguntas. Bom, parece que o tranquilizante durou mais tempo que eu pensava, mas isso não importa. Você está assim a três dias, e o que eu quero? O Harry. - Ela sorriu, um sorriso aberto e falso.

Isso não vai ficar assim, eles devem estar me procurando e quando me acharem eu vou dizer que foi você! Você nunca terá o Harry! - Vi o olhar de ódio dela e em passos firmes ela  se aproximou de mim e deu um tapa forte no meu rosto. Meu rosto se virou para o lado esquerdo e senti minha bochecha direita começar a arder.

Não vou perder meu precioso tempo com você. Só vim  trazer sua companhia. Tragam ele. - Ela disse e eu olhei para a porta, Niall vinha desacordado e o homem puxava ele com o maior descuido do mundo pelo pé. Arregalei os olhos e com toda minha força, comecei a gritar o nome dele numa tentativa falhada de o acordar. - Olha aqui, eu vou te soltar. Mas se tentar alguma coisa, qualquer coisa. Você morre.

Assenti concordando e assim que um dos homens me soltou da corda em que eu estava presa eu cai no chão de encontro ao Niall. Segurei seu rosto nas minhas mãos e bati de leve tentando que ele acordasse, a risada da Taylor fez se ouvir e logo depois a porta foi fechada. Agora estávamos ali, eu, Niall, e uma pequena luz acima de nós que nos iluminava. Não aguentei mais e comecei a chorar, as lágrimas escorriam como uma cascata e iam parar no rosto de Niall, deitei ao lado dele e encostei minha cabeça no seu peito, o seu coração batia calmamente, monotonamente. E com o Tum, Tum, Tum, que se repetia como música nos meus ouvidos, eu dormi.

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Angel *-*  |H.S|Onde histórias criam vida. Descubra agora