⭒ ּ ۪ ' 𝐓𝖧𝗢𝗨𝐆𝐇𝖳𝖲 [ 𝗛𝗲𝗿𝗺𝗶𝗼𝗻𝗲 𝗚𝗿𝗮𝗻𝗴𝗲𝗿 ]

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─── Narradora.

A sala onde os Comensais da Morte se reúnem está envolta em sombras densas, com o ar carregado de tensão e a promessa de violência iminente. As paredes de pedra, frias e imponentes, são iluminadas apenas por velas flutuantes que projetam um brilho fraco e trêmulo.

Mabel Winslow entra na sala, tentando manter uma postura firme, mas seu coração bate acelerado. Este é o momento pelo qual ela não queria, a prova de sua lealdade ao Lorde das Trevas. Ela sente os olhos dos outros Comensais sobre ela, avaliando-a, julgando-a.

No final da mesa, estava ele, sentado em um trono negro, está Lord Voldemort. Sua presença domina o ambiente, seus olhos vermelhos brilhando com uma malícia fria. Ele observa Mabel por um longo momento antes de falar, sua voz sibilante cortando o silêncio como uma lâmina.

―Mabel Winslow ― começa Voldemort, com um tom suave, mas letal.
― Você deseja provar sua lealdade a mim. Muito bem. Hoje você terá essa oportunidade.

Ele faz uma pausa, deixando o suspense aumentar antes de continuar.
― Entre nós, há um traidor. Alguém que ousou desafiar minha autoridade e trair nossa causa. Sua tarefa, Mabel, é simples: mate o traidor.

A sala parece ficar ainda mais fria quando as palavras de Voldemort ecoam pelo espaço. Os Comensais da Morte permanecem imóveis, e Mabel sente a pressão esmagadora dessa primeira missão.

Mabel não queria matar o homem, ela nem sabia se era capaz de matar alguém.

Voldemort levanta uma mão esquelética e faz um pequeno gesto. De repente, um dos Comensais da Morte, ainda encapuzado, é empurrado para frente por dois outros. Ele cai de joelhos diante de Mabel, o capuz deslizando de sua cabeça para revelar um homem de rosto pálido e olhos cheios de medo.

― Este é o traidor ― Diz Voldemort, sem emoção. ― Prove sua lealdade, Mabel, Mate-o.

Mabel sente o peso da varinha em sua mão, o poder que ela detém, e o significado do que está prestes a fazer. Ela olha para o homem ajoelhado, cujos olhos suplicam por misericórdia, mas ela sabe que não pode haver piedade. Ela ergue a varinha, sua mão tremendo levemente, e diz as palavras fatais:

― Avada Kedavra.

Uma luz verde ofuscante sai da ponta de sua varinha e atinge o homem no peito. Ele cai morto no chão, e um silêncio sepulcral recai sobre a sala.

Voldemort observa a cena, seus lábios se curvando em um sorriso frio.
― Muito bem, Mabel. Você provou seu valor. Bem-vinda, de fato, aos Comensais da Morte.

Mabel não conseguia parar de encarar o corpo, a garota estava desacreditada com ela mesma. Ela fez algo terrível, não deveria ter tirado a vida daquele homem.

Mas afinal, Mabel não tem escolha.

Elizabeth percebe o estado de sua filha, e puxa a garota para longe do corpo.

― Você foi bem, continue assim, não nos decepcione ― Seu pai sussurra em seu ouvido, Mabel assente.

A reunião continua, porém, Mabel estava distante dali, ela não conseguia e nem queria prestar atenção nas coisas que Voldemort estava dizendo.

[...]

― Você fez o certo, cumpriu sua primeira missão. Não tem com o que se preocupar agora ― O pai da mesma diz enquanto tenta tranquilizar a garota. Mas essas palavras só pioraram a situação.

― Não, eu não fiz o certo! Pare de agir como se isso não fosse nada! Eu matei uma pessoa! ― Mabel diz pouco exaltada. Os pais continuam com seus olhares frios, parecendo não se importarem muito.