°•~Capítulo 9~•°

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Pov: Husker

  Assim que eu ia sair ele falou aquele negócio abafado e eu fingi não ter ouvido pra ver como ele agiria, ele é um bom ator a ponto de fingir que não disse "eu te amo" e mudar para algo diferente, eu sorri e saí do quarto, ficando com aquilo na cabeça.
  Quando eu saí do quarto, eu fui até a cozinha e preparei um lanche italiano que fiquei sabendo que Angel gosta. Enquanto eu preparava a comida, Charlie chegou perto e começou seu questionário diário.

  Charlie: "Husky! Você sabe se o Angel pode descer para jogar? A gente tava fazendo jogos como verdade ou desafio, o que é o que é, sabe, jogos mais calmos antes de ir dormir."

  Husker: "Ele querendo ou não, não pode descer... O trabalho dele esteve o matando..."

  Charlie: "Ah vamos, se um dia ele pode ir numa festa depois de ter um dia de merda... Acho que ele pode fazer isso... Né?"

  Husker: "Eu busquei ele no trabalho... Ele tava mais morto do que no dia da morte dele na terra... Talvez na próxima?" Falo enquanto termino de fazer a comida

  Charlie: "Pode ser... Mas afinal... Por que logo você está cozinhando?

  Husker: "Ah... Só um lanche pro Angel, nada de mais..."

  Eu saio da cozinha levando o lanche no caminho, até o cuzão do Alastor aparecer.

  Alastor: "Então fez um lanchinho e não ousa dividir?~ Que cruel da sua parte!"

  Husker: "Talvez se você merecesse eu faria pra você também..." Eu falo da boca pra fora, arrependendo naquele momento, ele me olha com o sorriso forçado e se aproxima, acho que ele só não fez nada porque a Charlie estava logo do lado.

  Alastor: "Ora, chaninho... Conversaremos a sós hoje mesmo sobre tal atitude..." Ele começa a acariciar minha orelha, eu deixo ele por uns segundos até sair até o quarto de Angel, tentando relaxar após aquilo.

21:50

  Assim que chego no quarto do Angel, vejo ele já com roupas mais confortáveis e dormindo, ele até que era fofo, tão fofo que mal pude deixar de passar minha mão no cabelo dele gentilmente antes de chacoalhar o ombro dele.

  Husker: "Angel... Eu trouxe comida..."

   Vejo seus olhos abrirem sutilmente antes de bocejar e se sentar na cama, eu coloco o lanche no colo dele e me sento no chão ao lado da cama como da última vez.
  Eu sinto um possível terceiro braço acariciar minha cabeça e atrás das minhas orelhas, eu tentei de tal forma segurar mas eu já estava ronronando.

  Angel: "Caralho! Foi você quem fez isso? Está tão bom!"

  Husker: "É... Foi sim... Fiquei sabendo que você curte, né?"

  Angel: "Você né conhece melhor do que eu mesmo... Obrigado, cara..."

   Husker: "Não foi nada..." Eu me apoio na cama pra ver o Angel enquanto conversamos, sua mão não se afastava de minhas orelhas ou cabeça. "Bem.. talvez se você quiser, eu posso ficar aqui até você dormir... De novo..."

  Angel: "Eu adoraria..." Ele começa a acariciar minha bochecha, meus ronronos ficando intensos.

  Nós ficamos lá conversando enquanto ele comia, até ele cair num sono. Eu já estava bem cansado, e acabei ficando sentado ao lado da cama como antes e caí num sono.

Horário interminável à visão de Husker- aparentemente faltava um pouco pra amanhecer.

  Eu acordei levemente com os sons de Angel, provavelmente se preparando pro trabalho, isso se não apenas pra começar o dia antes mesmo do dia começar.
  Quando me notei, estava na cama dele, com cobertor e travesseiro arrumados sob e sobre mim. Eu continuei ouvindo o Angel, estava tudo bem até ele se aproximar e beijar minha testa antes de sair. E assim que ele saiu eu cobri minha boca, completamente perplexo, eu me sentia quente enquanto sentia meu coração a um fio de um ataque cardíaco.
  Foi meio difícil voltar a dormir naquela hora, mas quando consegui, eu sonhei com ele, não foram muitas coisas memoráveis no sonho, só lembro que via ele sorrir pra mim. Era tão bom sentir aquilo, aquele pedaço de sofrimento dando risada e fazendo piada.

7:45

  Acordei meio sonolento, eu me espreguicei e levantei, saindo do quarto e indo até o meu. Eu troquei de roupa e fui até o bar, era cedo demais pra qualquer hospede senão Niftty estar acordado.
  Eu comecei a colocar as bebidas no lugar e limpar as taças e copos minimamente sujos enquanto assistia Niftty em sua caça.

  Momento a outro eu lembrava de Angel, quanto em vida, quando eu sonho, e não podia deixar de sorrir a essas lembranças, nem tudo me fazia me sentir assim...

  Depois de alguns minutos, o pessoal começou a acordar, alguns puxavam papo e outros pediam um maldito drink logo de manhã.
  Estava tudo indo bem, pelo menos por fora, já que eu estava fazendo o máximo e melhor que podia pra não manter contato visual com Alastor.

  /Q/D/T/
21:35

  O dia em si não foi muito legal, mas não foi merda. Eu fazia drinks e limpava taças enquanto olhava repetidamente pra porta, esperando Angel voltar, mas antes mesmo disso, o veado vermelho se aproximou.

  Alastor: "Podemos ter nossa conversa a sós agora, chaninho?~" Seu olhar me dava mais obrigação do que opção, eu suspirei e saí do bar, indo com ele até o corredor dos quartos.

  A gente se virou um pro outro até ele começar o seu sorriso psicótico. Ele se aproximou e segurou no meu queixo.

  Alastor: "Poderia repetir o que você disse ontem a noite?"

  Eu tentei fingir não saber ou não lembrar, mas ele segurou meu queixo mais forte ainda, eu me curvei mais do que eu normalmente me curvo, mas ele forçou com que eu o olhasse.

  Alastor: "Você sabe muito bem, não sabe? Ninguém é um merda sem saber..."

  Ele segurou tão forte em mim que eu me afastei por reflexo da dor, eu dei passos pra trás tremendo.

  Husker: "E-eu falei aquilo por acidente... Eu estava cansado... Eu juro..!"

  Sinto minha coleira ao redor de meu pescoço, até sentir ele me puxar e virar sua forma demoníaca.

  Alastor: "Será então um mero acidente de transmissão se eu colocar seus plenos e belos gritos a todo o rádio do inferno~ por sorte a sua não farei tal ato... Por enquanto..."

  Ele segura na corrente e a usa pra me jogar pra longe, seu sorriso demoníaco se afastou sob as sombras, além de tremer, meu coração ia a mil, então assim que pude, eu corri até meu quarto.

                           Continua...

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1085 palavras, minha única motivação é uma "visualização" no último capítulo.

𝓐𝓬𝓸𝓻𝓻𝓮𝓷𝓽𝓪𝓭𝓸𝓼Onde histórias criam vida. Descubra agora