Immortal Memories of a Targaryen

Capítulo 3

I'm sending the raven
Black bird in the sky
Sending a signal that I'm here
Some sign of life
I'm sending a message
Of feathers and bone
Just let me know I'm not forgotten out here alone

- Far from home (Sam Tinnesz)

***

"Que lugar desagradável" aqueles anos que morara em uma região praticamente isolada com sua mãe a levaram a quase esquecer como Porto Real era fedida e insalubre em todos os sentidos, principalmente para os menos afortunados, na verdade, tudo era menos fácil para eles.

A cidade estava um verdadeiro inferno por conta da festa de casamento da princesa com o sucessor do senhor das marés, frutas e verduras espalhadas pelo chão sendo pisoteadas pelas pessoas e vendedores que transitavam nas ruas oferecendo suas mercadorias a base de gritos, ou melhor, berros dividindo o espaço com os cavalos que faziam suas necessidades ali mesmo, mal sabiam eles que se as coisas tomassem o rumo de sempre estariam implorando para devorá-las, assim mesmo como estavam, esmagadas.

O grande acontecimento que envolve o casamento seria certamente a morte do Cavaleiro dos Beijos Sor Joffrey Lonmouth em decorrência do torneio para a celebração da união da futura rainha e seu consorte ou na noite do banquete, eram ambas as possibilidades possíveis e vinham pelas mãos da mesma pessoa Sor Cristan Cole, no entanto, levando em consideração o clima da cidade e dado a magnitude do acontecimento não se podia ouvir rumores ou se quer a notícia se espalhando entre os plebeus levando-a a deduzir que o torneio já havia passado e o deleitoso amante saíra com vida restando portanto a segunda alternativa.

Mas onde Sor Lomouth estaria? a resposta sempre seria a mesma, onde Leonor estivesse é claro, e era por isso que a corte inteira sabia do romance dos dois justamente por não serem hábeis em esconder e qual lugar distante para dois amantes se encontrarem se não uma praia deserta?

-Esperando alguém senhor? - surpreende Jofrrey que repousava calmamente em um monte de areia fazendo-o levantar com pressa e a quase bater em sua testa cambaleando em seguida alguns passos para trás.

-Apenas uma criança - seu rosto que antes apresentou por um curto período de tempo 'espanto' muda para a algo mais sereno, era apenas uma menina suja - se quer alguma comida eu não tenho nada para te dar.

-Quem dera eu desejasse apenas pão meu senhor.

-Eu não gosto deste tipo de coisa - ele dá ênfase na última parte - principalmente com crianças.

-Como era de se esperar de um homem honrado - expressa um pequeno sorriso - até porque mulher nenhuma pode dar ao senhor o que busca certo?

- O que disse? - ele desembainha sua espada em um movimento brusco e a aponta para a garota que permanece imóvel apenas levantando as mãos em sinal de defesa.

-É penas o que dizem as más línguas Sor.

-E pelo visto quer perder a sua.

-Em sua misericórdia não faça isso, afinal como disse antes sou apenas uma criança - ela se defende - também não poderei fazer negócios com o senhor sem ela.

-Que tipo de negócios uma menina das ruas teria comigo? - o Sor abaixou sua espada e a guardou, algo dentro de si havia aguçado sua curiosidade.

-Informações.

-Estas informações me custaram algo?

-Evidentemente os pobres não prestam favores aos ricos - debocha - sabe que não podemos ser chegados a caridade.